Ellza Souza (*)
A entrada na arena do levantador de toadas Davi Assayag sem sua guia sensual e bela e sem o seu já famoso óculos escuro, me deixou animada. Achei que ele estava enxergando “todas” agora. Mas a índia que o acompanha logo chegou para pegar sua mão e dançar a seu lado dando energia para esse incrível cantor que por uma fatalidade ficou cego. Não é fácil a tarefa de cantar mais de duas horas numa apresentação como essa cheia de fumaça, barulho e animação. Mas todos os levantadores ou amos dos bois Caprichoso e Garantido têm vozes poderosas e em nenhum momento aparentam fraquejar.
No último dia a primeira apresentação foi do Caprichoso que colore a cidade e a arena de azul. Em seguida o Garantido avermelhou e empolgou a galera. Ambos com suas imensas alegorias muito bem feitas por artistas que já ganham renome nacional. Dentro daquele pequeno estádio os bois fazem miséria na arte de demonstrar os seus enredos “Magia que encanta” do Caprichoso e “Miscigenação” do Garantido. As parintinenses sinhazinhas e cunhãs porangas, belíssimas moças encantam o tempo todo com seus bailados e figurinos de muita criatividade. Aliás cada boi tenta fazer o melhor, talvez hoje um pouco exagerado no luxo mas ainda marcado por um jeito artístico de contar mitos e lendas dos povos amazônicos.
No ano passado fui à festa em Parintins pois tinha muita curiosidade de conhecer o festival do lado de dentro do Bumbódromo. Achei bonita a festa mas apontei algumas dificuldades em relação ao ganho social da população. Vi de perto o lixo, a prostituição, a precariedade de lanchonetes e restaurantes talvez pelo fato de ser o lugar dos lisos que ficam na fila longas horas para entrar. Os convidados vips passam em grandes ônibus luxuosos direto para seus camarotes e não enxergam essa bagunça. Sei que algumas grandes empresas colocam seus nomes no evento e faturam alto com a festa portanto acho que o mínimo que deveriam fazer era limpar a cidade no final de tudo e dar um destino certo para tanto plástico e papel espalhado nas ruas. Se isso não for feito sabemos que todo esse material que leva muito tempo para degradar vai se embolar com os peixes no rio Amazonas, que banha toda a cidade.
Parintins tem aproximadamente 100 mil habitantes. O lugar é uma ilha chamada de Tupinambarana de incontáveis belezas naturais e um povo pacato mesmo descendendo de bravos guerreiros que por ali viviam antes da chegada do explorador português. Lá todos são “parentes” um jeito carinhoso de tratar o amigo. A comida, as pessoas, a infraestrutura é boa para a pequena cidade mas não consegue administrar os problemas que advém com a chegada de tantos visitantes na época do festival.
Ainda bem que o grande rio, o calor, o carapanã, a falta de estradas, dificulta o acesso, senão do jeito que o povo daqui gosta de uma festa os mais de um milhão da capital iam buscar na ilha um pouco de fantasia para agüentar melhor o “tranco” do seu caótico cotidiano. Se Deus quiser vou ao festival no ano que vem para observar se as coisas mudaram por lá. Aqui vai de mal a pior.
(*) É jornalista, escritora e articuladora do NCPAM/UFAM.
A entrada na arena do levantador de toadas Davi Assayag sem sua guia sensual e bela e sem o seu já famoso óculos escuro, me deixou animada. Achei que ele estava enxergando “todas” agora. Mas a índia que o acompanha logo chegou para pegar sua mão e dançar a seu lado dando energia para esse incrível cantor que por uma fatalidade ficou cego. Não é fácil a tarefa de cantar mais de duas horas numa apresentação como essa cheia de fumaça, barulho e animação. Mas todos os levantadores ou amos dos bois Caprichoso e Garantido têm vozes poderosas e em nenhum momento aparentam fraquejar.
No último dia a primeira apresentação foi do Caprichoso que colore a cidade e a arena de azul. Em seguida o Garantido avermelhou e empolgou a galera. Ambos com suas imensas alegorias muito bem feitas por artistas que já ganham renome nacional. Dentro daquele pequeno estádio os bois fazem miséria na arte de demonstrar os seus enredos “Magia que encanta” do Caprichoso e “Miscigenação” do Garantido. As parintinenses sinhazinhas e cunhãs porangas, belíssimas moças encantam o tempo todo com seus bailados e figurinos de muita criatividade. Aliás cada boi tenta fazer o melhor, talvez hoje um pouco exagerado no luxo mas ainda marcado por um jeito artístico de contar mitos e lendas dos povos amazônicos.
No ano passado fui à festa em Parintins pois tinha muita curiosidade de conhecer o festival do lado de dentro do Bumbódromo. Achei bonita a festa mas apontei algumas dificuldades em relação ao ganho social da população. Vi de perto o lixo, a prostituição, a precariedade de lanchonetes e restaurantes talvez pelo fato de ser o lugar dos lisos que ficam na fila longas horas para entrar. Os convidados vips passam em grandes ônibus luxuosos direto para seus camarotes e não enxergam essa bagunça. Sei que algumas grandes empresas colocam seus nomes no evento e faturam alto com a festa portanto acho que o mínimo que deveriam fazer era limpar a cidade no final de tudo e dar um destino certo para tanto plástico e papel espalhado nas ruas. Se isso não for feito sabemos que todo esse material que leva muito tempo para degradar vai se embolar com os peixes no rio Amazonas, que banha toda a cidade.
Parintins tem aproximadamente 100 mil habitantes. O lugar é uma ilha chamada de Tupinambarana de incontáveis belezas naturais e um povo pacato mesmo descendendo de bravos guerreiros que por ali viviam antes da chegada do explorador português. Lá todos são “parentes” um jeito carinhoso de tratar o amigo. A comida, as pessoas, a infraestrutura é boa para a pequena cidade mas não consegue administrar os problemas que advém com a chegada de tantos visitantes na época do festival.
Ainda bem que o grande rio, o calor, o carapanã, a falta de estradas, dificulta o acesso, senão do jeito que o povo daqui gosta de uma festa os mais de um milhão da capital iam buscar na ilha um pouco de fantasia para agüentar melhor o “tranco” do seu caótico cotidiano. Se Deus quiser vou ao festival no ano que vem para observar se as coisas mudaram por lá. Aqui vai de mal a pior.
(*) É jornalista, escritora e articuladora do NCPAM/UFAM.
5 comentários:
Ado,ado, ado...cada um no seu qudrado.
Quem tem que cuidar do lixo de Parintins e das políticas públicas de proteção ao cidadão é a Prefeitura.
Aos patrocinadores e apoiadores: GOL, COCA-COLA, BRADESCO, ELETROBRAS, BAND, etc, cabe a missão de bancar a festa que não é barata, pagar impostos e gerar empregos.
O governo parintinense tem o hábito de pedir sempre e cada vez mais.
Você tem o hábito de transferir para a iniciativa privada o que é a terefa da administração púlica.
Ado,ado, ...
nao to nem ai na imagem aparece o A de AMAZONINO MEU GOVERNADOR
O "A" É DE AMAZONAS, SE FOSSE "A" DE PREFEITO....OS ADJETIVOS SERIAM OUTROS,TIPO, ABSTD,ARRGT,ANAFABT,ALCDR.
Quem e vç seu filho da pu... pra me chamar de tudo isso mas vou descubir quem vç e seu vag... ful...rap... bad me aguarde
Te acalma que vou te presentear com um garrafão de soda cáustica p/ fazeres gargarejos para lavar essa tua boca imunda que defeca mais que fala. Que nojo.
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