Ellza Souza (*)
Todos sabemos que a saúde mental no Brasil é um caos e no Amazonas não poderia ser diferente. Nem todos sabem mas entre a sanidade mental e a loucura existe uma tênue passagem. Nascemos saudáveis quase sempre mas podemos passar para o outro lado em qualquer etapa de nossas vidas. Basta um golpe adverso em nossa atribulada vida para partir o delicado fio que nos mantém “normais”. Ao visitar o maltratado Hospital Eduardo Ribeiro e as pessoas que o procuram em busca de pacificar suas mentes alvoroçadas dá para entender que nem sempre precisaram de remédios para viver. São doentes psiquiátricos, são dependentes químicos cujas drogas os lançam no burburinho incompreensível de suas mentes, são histórias de toda ordem de quem está ali procurando ajuda e tratamento para viver com dignidade.
E o que encontram? Funcionários (incluindo aí alta e baixa patente) despreparados para atender qualquer tipo de público quanto mais esse pra lá de especial. Claro que existem muitos abnegados que contra todas as condições adversas com que se deparam, persistem em estender a mão a esses pacientes completamente invisíveis para a sociedade. É fácil colocar um gestor ou sei lá o nome que se dê a quem “agüenta as pontas desses pepinos” que vai empurrando os problemas mas não os resolve nunca numa incompetência administrativa governamental. Entra governo e sai governo e o caos instalado no setor é “coisa de louco”.
Estou cada vez mais assustada com a situação da saúde brasileira. Os prédios são até bonitos e bem acabados quem está para se acabar são os doentes que precisam dos pams, dos postos, dos pronto socorros, da Santas Casa (que aliás pede misericórdia), do Sistema Único de Saúde que se não fosse a burocracia e a cara feia dos atendentes serviria e muito para amenizar a tão difícil vida do trabalhador que neste Brasil Sem Miséria não pode nem comprar sua dentadura e tem que se sujeitar a ganhar a sua de um político que eleito vai desviar os recursos que deveriam ir para a saúde, educação, merenda escolar, transporte público, segurança.
Para esquecer um pouco as agruras de uma existência nem sempre fácil, no dia 1º. de julho vai acontecer o arraial no Hospital onde foi a Chácara O Pensador do governador Eduardo Ribeiro. Na ocasião se apresenta a quadrilha “Alucinados na Folia” com muitos “passos” treinados exaustivamente pelos doentes, sãos e afins. A festa será entre 15 e 18 horas da sexta feira e todos podem comparecer para dar o seu apoio ao próximo que precisa de pelo menos um olhar com dignidade e esperança.
(*) É jornalista, escritora e articulista do NCPAM/UFAM.
Todos sabemos que a saúde mental no Brasil é um caos e no Amazonas não poderia ser diferente. Nem todos sabem mas entre a sanidade mental e a loucura existe uma tênue passagem. Nascemos saudáveis quase sempre mas podemos passar para o outro lado em qualquer etapa de nossas vidas. Basta um golpe adverso em nossa atribulada vida para partir o delicado fio que nos mantém “normais”. Ao visitar o maltratado Hospital Eduardo Ribeiro e as pessoas que o procuram em busca de pacificar suas mentes alvoroçadas dá para entender que nem sempre precisaram de remédios para viver. São doentes psiquiátricos, são dependentes químicos cujas drogas os lançam no burburinho incompreensível de suas mentes, são histórias de toda ordem de quem está ali procurando ajuda e tratamento para viver com dignidade.
E o que encontram? Funcionários (incluindo aí alta e baixa patente) despreparados para atender qualquer tipo de público quanto mais esse pra lá de especial. Claro que existem muitos abnegados que contra todas as condições adversas com que se deparam, persistem em estender a mão a esses pacientes completamente invisíveis para a sociedade. É fácil colocar um gestor ou sei lá o nome que se dê a quem “agüenta as pontas desses pepinos” que vai empurrando os problemas mas não os resolve nunca numa incompetência administrativa governamental. Entra governo e sai governo e o caos instalado no setor é “coisa de louco”.
Estou cada vez mais assustada com a situação da saúde brasileira. Os prédios são até bonitos e bem acabados quem está para se acabar são os doentes que precisam dos pams, dos postos, dos pronto socorros, da Santas Casa (que aliás pede misericórdia), do Sistema Único de Saúde que se não fosse a burocracia e a cara feia dos atendentes serviria e muito para amenizar a tão difícil vida do trabalhador que neste Brasil Sem Miséria não pode nem comprar sua dentadura e tem que se sujeitar a ganhar a sua de um político que eleito vai desviar os recursos que deveriam ir para a saúde, educação, merenda escolar, transporte público, segurança.
Para esquecer um pouco as agruras de uma existência nem sempre fácil, no dia 1º. de julho vai acontecer o arraial no Hospital onde foi a Chácara O Pensador do governador Eduardo Ribeiro. Na ocasião se apresenta a quadrilha “Alucinados na Folia” com muitos “passos” treinados exaustivamente pelos doentes, sãos e afins. A festa será entre 15 e 18 horas da sexta feira e todos podem comparecer para dar o seu apoio ao próximo que precisa de pelo menos um olhar com dignidade e esperança.
(*) É jornalista, escritora e articulista do NCPAM/UFAM.
3 comentários:
O POVO QUER E NELE CONFIA TPL JA
PENA Q O POVO É IGNORANTE COMO VC ANÔNIMO E VOTA NELE! O BRASIL AINDA TEM DE EVOLUIR MUITO, E PARAR DE COLOCAR EM UM PEDESTAL ESSES POLÍTICOS POBRES DE ÉTICA E MORAL.
Temos de cuidar melhor de nossos doentes e não deixa-los a margem da sociedade, são pessoas que está lá e não animais esperando pelo abate.
Senhores políticos, vejam o que fazem o POVO está de OLHO!
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