domingo, 23 de setembro de 2012


O DONO DA BOLA

O político de senso transtornado, que busca resolver tudo na força e no grito, desde criança é violador das regras sociais

A política também serve como refúgio para abrigar as mais diversas espécies de homens e mulheres com personalidades transtornadas capazes de se apoderarem da alma do povo para desenvolver ainda mais as suas habilidades e competências quanto à mentira, dissimulação e o cinismo. Esta natureza mordaz ganha forma a partir do momento em que esses atores vão se afirmando como sujeitos de vontade no processo de inserção social. Para esse fim, usam dos meios mais sórdidos para tirar proveito da situação em disputa fazendo imperar a sua vontade.

É o caso do político que, ainda criança, mimado pela família tinha os melhores brinquedos, mas não tinha com quem brincar, quando organizava as partidas de futebol bancava todos os meios desde que não fosse contrariado em sua vontade. Esse processo de socialização é muito importante para se compreender a formação de uma determinada personalidade. Visto que os jogos são formas de representações sociais e por isso trazem em seu desenho e arte as regras instituídas que regulam a forma de comportamento do sujeito em sociedade.

O futebol é um bom exemplo para se analisar as habilidades e competências de determinados sujeitos. A regra no campo vale para todos. No entanto, o político de senso transtornado, que busca resolver tudo na força e no grito, desde criança é violador das regras sociais, arma para comprar o árbitro do jogo e assim conseguir a vitória por meios ilícitos.

No carteado também não é diferente, suas habilidade estão mais para o crime do que para o lúdico e assim vai crescendo como sujeito predador na sociedade e o pior é que a família e seus aduladores exaltam como exemplo de sucesso. Chegando ao ponto do pai entronizar na arena política por acreditar que nesse contexto o crime compensa para realização de seus negócios.

Nesse mundo político da direito à esquerda, da situação à oposição, da ditadura à república dos trabalhadores, tem transitado como bom moço, valendo-se da velha regra do futebol, considerando a defesa do time acima de tudo, como se assim tivesse, no entanto, sabe-se que quando contrariado em seus interesses econômicos, o bom moço, persegui pessoalmente seus opositores na política e na sociedade como verdadeiro predador que é.

No time reina a unidade pautada pela diferença dos seus jogadores, que coletivamente se mobilizam para afirmar em campo suas habilidades e competências em respeito à regra instituída. Na quadrilha e na máfia a regra é outra, todos se esforçam para agradar o chefão, que de forma bestializada e autoritária grita com os servidores para cumprir os seus mandamentos, ao contrário, além de violentar a vontade da maioria, é capaz de sair de campo levando a bola por acreditar que sem ele ninguém é capaz de jogar, de pensar ou de governar o Amazonas.

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