quarta-feira, 5 de setembro de 2012


RESPEITO A NOSSA PÁTRIA MÃE

                         A ditadura militar deixou marcas profundas na cultura da nação brasileira e na prática das políticas públicas. Desde o Estado Novo (1937) e do golpe de abril de 1964, a cultura política nacional sofreu grandes impactos no desenvolvimento de suas organizações sociais e no fortalecimento das instituições democráticas, vivendo sob o medo, terror e morte. O autoritarismo militar, além de manchar a nação, institucionalizou modus que se reproduzem até hoje no Estado Democrático de Direito, principalmente, em determinados segmentos como educação, imprensa e no movimento sindical. Na educação, o dirigismo se fez presente a partir da “grade das disciplinas” impostas, tendo por fim o controle absoluto do comportamento e do modo de pensar dos estudantes, professores e de toda a academia. É desta herança autoritária que se origina o hábito de marchar na semana da pátria, reduzindo os estudantes e a nação em soldados como nos velhos tempos de chumbo, contaminando também o próprio carnaval popular no formato das marchas das escolas de samba. Até quando os governantes irão reproduzir esta prática? Obrigando as crianças e jovens a marcharem na semana da Pátria como exército dos excluídos, podendo muito bem expressar nosso amor pelo Brasil por meio dos valores artísticos como expressão de nossa diversidade cultural. Em Manaus, a barbaridade maior, é o poder público incentivar a militarização das escolas, transferindo a gestão e toda prática pedagógica educacional de algumas escolas a Polícia Militar. Só tem uma explicação: é a leseira em marcha assolando as políticas públicas do Amazonas. Em resposta, o grito dos excluídos.        

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