terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

SOS ENCONTRO DAS ÁGUAS NO FSM


O movimento SOS Encontro das Águas chamou atenção dos participantes e da imprensa internacional que cobria a 9ª. versão do Fórum Social Mundial (FSM), em Belém do Pará. A abertura do FSM foi no final da tarde de terça-feira (27).

A coordenadora da Articulação dos Movimentos das Mulheres (AMA), Socorro Papoula, foi entrevistada por órgãos de imprensa de todo o mundo, dentre eles por uma das emissoras de TV italiana presente no evento, para explicar do que se tratava o SOS Encontro das Águas.

A AMA é um dos integrantes da Associação Amigos de Manaus (Amana), movimento que congrega várias entidades de classe, instituições públicas e cidadãos e cidadãs em defesa do meio ambiente e de uma cidade melhor de se viver.

Entre as mais de 90 mil pessoas que atravessaram o centro da cidade de Belém, durante a caminhada que marcou a abertura do Fórum, Socorro Papoula explicou que o SOS Encontro das Águas é um movimento que se posiciona contrário à construção de um porto à altura de um dos pontos turísticos mais apreciados do Estado do Amazonas, o Encontro das Águas, um ponto em frente da cidade de Manaus, onde os rios Amazonas e Negro se encontram sem, porém, misturar suas águas amareladas e negras. “Um patrimônio do povo amazonense e da humanidade”, disse Papoula.

A construção do chamado Porto das Lajes promoverá um desastre ambiental, afetando tanto a natureza quanto a população que vive no local: cerca de 40 mil pessoas. “Essa população vive da pesca, que realiza nas águas dos rios, que também lhes serve de lazer e entretenimento”, disse a militante.

O projeto do porto é privado, mas conta com o apoio institucional da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e do governo do Estado do Amazonas.

A caminhada de abertura do fórum trazia bandeiras de mais de uma centena de nacionalidades, das mais diversas tribos urbanas e indígenas, de trabalhadores urbanos e rurais, das mais diferentes matrizes ideológicas de esquerda, de vários segmentos sociais que lutam pelo reconhecimento e por melhores condições de existência, deles próprios e da sociedade em geral, traduzido em três palavras de luta, “outro mundo possível”.

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