sábado, 25 de junho de 2011

AS LETRAS VOAM NA TERRA DO GUARANÁ

Antes da partida para Maués, saindo do aeroclube de Manaus, registrou-se a presença do poeta Dori Carvalho, Astrid Cabral, Tenório Teles e o professor Ademir Ramos, que foram participar das mesas de discussões do Flifloresta de Maués, como manifestação dos festejos de aniversário da cidade, que completou no dia 25, 178 anos de vida citadina. Outra caravana capitaneada pelo escritor Abraim Baze partiu de barco para se integrar a festa da arte, literatura e cultura na bela cidade do médio Amazonas.

Os escritores fizeram a festa expondo seus trabalhos e interagindo com os alunos, professores e cidadãos que compareceram aos encontros literários para conhecerem os autores e confrontarem ideias e obras. Nessas mesas de discussões, os questionamentos foram intensos com foco na leitura, na informação, numa perspectiva da cidadania participativa.

No todo, o debate foi mediado com a boa apresentação dos professores locais, como também dos artistas e músicos que interagiram mostrando competência e habilidade instrumental. Em destaque Vladimir Rossi, Natanael Lavaredo e Roberto Paiva. Mestres e doutores da boa música dos mauesenses. Outros talentos tiveram participação mais efetiva no palco das festividades em praça pública cantando louvores a cidade de maués e ao seu povo. O pico foi a meio noite, no raiar do dia 25, quando houve queima de fogos por alguns minutos para celebrar simbolicamente os 178 anos da cidade de Maués.

Ellza Souza (*)

Festejar o aniversário de uma cidade com literatura, música, poesia, com histórias de quem tem história para contar, é no mínimo diferente e instigador. Assim fez Maués a 267 quilômetros de Manaus em linha reta ou 356 pelo rio, para comemorar seus 178 anos de história citadina, nos dias 22, 23 e 24 de junho, encerrando os festejos no tão comemorado dia de São João (25). É mais uma edição do Flifloresta-Festival Literário Internacional da Floresta que nasceu em 2008 em Manaus com a finalidade de levar debates sobre literatura e meio ambiente com ênfase na defesa da Amazônia, assim como na formação e conscientização de novos leitores. As estrelas de nossa literatura estiveram na terra do guaraná, com o apoio da sempre presente Editora Valer e do Tenório Telles, Astride Cabral, Ademir Ramos, Abrahim Baze, Zemaria Pinto,Xico Gruber, entre outros.

O antropólogo Ademir Ramos falou sobre "as culturas indígenas e a construção da identidade na Amazônia"; a palestra do Zémaria Pinto abordou o tema “Como me tornei escritor: Formação e experiência” e a poetisa Astrid Cabral tratou do “ papel da escola na formação de leitores”. O fugaz computador não se sobrepõe ao poder de um livro. O que pode acontecer é um casamento ou parceria onde todos podem ganhar.

No encerramento do Festival foi feita a distribuição gratuita de mais de mil livros na periferia da cidade como parte de um bom projeto chamado Bibliocleta que como o Flifloresta são palavras que essa descendente dos Manaus não consegue pronunciar. O que importa nisso tudo é que o objetivo de formar leitores nesse município e em todo o interior da Amazônia, seja cumprido. Parabéns ao prefeito da cidade, ao Tenório e sua equipe, aos escritores e principalmente a todos os mauesenses que se beneficiaram desse movimento cultural tão importante e sabemos o como é difícil de se realizar, em nossa terra.

A terra dos fortes

Nem precisa visitar a cidade para saber que não é de hoje que essas terras são habitadas. Cientistas de longe tinham conhecimento do valor energético da planta chamada waraná ou árvore que sobe apoiada em outra. Foi preciso muita energia e bravura aos mawé e mundurukus que por ali vivem para resistir aos exploradores em busca da riqueza de suas plantas. O guaranazeiro, por exemplo, que brota espontaneamente em Maués é uma dádiva divina, que resistiu ao colonizador e as reprendas contra os Cabanos, garantindo sua unidade territorial, atualmente homologada como Terra Indígena dos Sateré-Mawé. Antes os mawé circulavam num extenso território entre os rios Madeira e Tapajós, delimitados ao norte pelas ilhas Tupinambaranas (Parintins) no rio Amazonas e ao sul pelas cabeceiras do Tapajós. Resistiram, à custa de muito guaraná ralado (sapó), provavelmente, pouco mais de 10 mil pessoas para contar suas histórias e Mitos. O nome científico do guaraná é “paullinia cupana” em homenagem ao botânico alemão C.F.Paullini, que viveu no século dezoito.

(*) É jornalista, escritora, e articulista do NCPAM/UFAM.

5 comentários:

Anônimo disse...

Ta de boa em ademir,de aviao pra la e pra ca

Anônimo disse...

Injeja mata. Estuda e trabalha, tenta ser útil, que talvés consigas um dia ser convidado p/ ir a um evento em que tu precises viajar de avião, aí mataras essa inveja que te corroe. Parabéns grande mestre, professor Ademir.

Anônimo disse...

Sabe quantas vezes ja andei de aviao,perdie a conta vagabundo mas com meu dinheiro so pra titulo de informaçao de janeiro deste ano ate meiados de maio conhecie toda america do sul e parte da europa mas foi com meu dinheiro a outra coisa vou ano que vem me adoutora em ciencias contabil seu ze mane

Anônimo disse...

Puxa, não sei como te comunicas por aí já que não sabes falar nem escrever em português imagine em outros idiomas. Acho que tu viajas escondido em alguma mala poque pelo jeito tu deves ser uma anta ou um chipanzé. Para de viajar na maionese e vai te alfabetizar seu burraldo.

Anônimo disse...

Coitado gente! Deixa o sujeito ser feliz com as paranóis dele. Cada doido com sua mania.