sábado, 14 de maio de 2011

O SILÊNCIO DOS PARLAMENTARES DO AMAZONAS EM BRASÍLIA

Em atenção aos nossos leitores voltamos a postar esta matéria porque não se sabe as razões que levou alguém a deletar de nossa página. O fato é que ocorreu contra a nossa vontade e por isso republicamos para fazer valer a livre manifestação do pensamento responsável.

Em diversos momentos somos indagados sobre o desempenho dos parlamentares do Amazonas no Congresso Nacional, muito mais ainda, considerando o “cala boca” dos Deputados e Senadores quanto à participação nos debates nacionais. Por estas razões resolvemos então especular sobre o silêncio desses parlamentares que comprometem diretamente a qualidade da representação do Amazonas, em se tratando dos interesses republicanos e federativos.

É bem verdade que algumas dessas espécies encontram-se desprovidas de propostas e o pior ainda, não solicitam de seus assessores técnicos discursos qualificados para proferir no grande expediente do Congresso Nacional. Talvez porque as vagas das assessorias tenham sido preenchidas por seus aduladores, o que inviabiliza a atuação desses parlamentares, reduzindo seus feitos no gargarejo do Congresso, onde o baixo clero se encontra para conferir as facilidades advindas de seus pareceres no antro das Comissões Técnicas, que vendem dificuldades para apurar a babita das facilidades ou quando não atuam diretamente intermediando interesses privados escudados no mandato popular.

É lastimável o papelão da Bancada do Amazonas. Pouco ou quase nada podemos avaliar da conduta parlamentar desses eleitos porque não se mostram. Decididamente optaram pelos bastidores e assim agem como se fosse bedel de empresas ou de grupos lobistas. Outros, buscando fincar pé nas próximas eleições criam factóides para ganhar visibilidade na mídia local, enquanto nem mesmo no seu partido de origem tem respeito dos seus companheiros.

Silenciados e com rabo preso esses eleitos nada dizem sobre o Código Florestal e nem sequer mobilizam a força de um bloco parlamentar do norte do Brasil para firmar posição quanto à matéria em julgamento. Nada, vivem a mercê do planalto e mesmo assim são incapazes de dialogar para garantir o melhor para o Amazonas.

A indiferença é proposital para favorecer as negociatas com o segmento do agronegócio, em detrimento a responsabilidade ambiental e qualidade de vida do planeta.

Do mesmo modo agem em relação à homologação do tombamento do Encontro das Águas do rio Negro com Solimões, fazendo-se de surdo, leso e mudo para obliterar a decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em favor da construção de um terminal portuário no frontal do Encontro das Águas. A omissão e o aceite desses parlamentares resultam em dividendos imediatos, podendo respingar na captação eleitoral nos próximos pleitos.

O mais grave de tudo é a conduta da Ministra Ana de Hollanda, que age como pau-mandado, sem proposta esperando unicamente que a Casa Civil ordene o que deva ou não fazer. Com isto desqualifica a função e prejudica sensivelmente a política cultural brasileira em todas as frentes e, em particular, no que diz respeito à proteção do patrimônio material brasileiro. Ora, se depender do aceite ou da vontade dos parlamentares do Amazonas a Floresta e o Encontro das Águas serão reduzidos a mercadorias para facilitar os caprichos e os interesses desses que representam muito mais o privado do que o público.

Nessa circunstância a única força que temos é a vontade popular quando organizada, ao contrário torna-se presa fácil das promessas dos caudilhos e de seu séquito de palanque.

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