A coordenação dos trabalhos do Workshop: Nas Trilhas e Rede do Saber – Universidade e Educação Superior Indígena está sob a responsabilidade do Laboratório de Geografia Humana e do Departamento de Antropologia do Instituto de Ciências Humanas e Letras da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), contando com o patrocínio da Fundação de Ampara a Pesquisa do Amazonas (FAPEAM) mais o apoio da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), Serviço de Ação, Reflexão e Ação Social (SARES) e empresa de bebidas Magistral.
No entanto, o pagamento da taxa de inscrição, segundo os coordenadores do evento deve ser feito, não em nome da UFAM, mas na conta da Associação de Consultoria e Pesquisa Indianista da Amazônia (AC0PIAMA), CNPJ 02.109.281/0001-40, na Conta Corrente: 9332-7 Banco do Brasil ag. 1862-7. Outras informações podem ser obtidas no portal da UFAM http://www.ufam.edu.br.
O texto postado abaixo é de inteira responsabilidade da coordenação do evento, servindo de referência para futuras análises sobre a relação Estado e Sociedade mediado pelas organizações não-governamentais. Confira a justificativa, os atores e os encaminhamentos a serem feitos:
Entre os dias 01 a 05 de junho de 2009 estará ocorrendo na Universidade Federal do Amazonas através da parceria entre o Laboratório de Geografia Humana (Departamento de Geografia) e o Departamento de Antropologia, o Workshop "Nas Trilhas e Redes do Saber: Educação Superior Indígena'' com o tema: Universidade na Pluralidade: diálogos, perspectivas, conhecimentos e as formas de construção e apropriação do saber indígena.
A discussão sobre a educação indígena e sobre uma Universidade para os Povos Indígenas não é recente no Estado do Amazonas e na UFAM. Desde a implantação em 1992 da Licenciatura em Filosofia, o primeiro curso de graduação oferecido pela Universidade Federal do Amazonas em São Gabriel da Cachoeira, lideranças, associações e estudantes já reivindicavam cursos específicos para atender a uma demanda em uma região composta de 23 povos indígenas de 5 famílias lingüísticas diferentes (Tukano Oriental, Maku, Aruak, Yanomami e Nheengatu) em um estado, Amazonas, onde existem aproximadamente 74 povos indígenas.
Nesta ultima década, foram realizados vários encontros, seminários, conferências de educação, semanas pedagógicas e acadêmicas que discutiram uma política educacional para a região do Rio Negro, Solimões e Javari especificamente.
Nestes encontros, em via de regra, as avaliações davam conta de que a educação oferecida na rede pública municipal, estadual e federal, iniciada, significativamente, com a missão Salesiana na região, sempre teve como principio a integração do indígena à sociedade envolvente (isto é, sua dissolução na sociedade Ocidental) sem respeitar as diferenças culturais e lingüísticas e a legislação vigente sobre educação indígena ao promover “uma educação de branco com base na cultura do branco para indígenas”.
Neste sentido, as demandas começaram a crescer. A Licenciatura Indígena Mura já implantada no município de Autazes; o curso de Ciências para os Sateré-Mawé em Maués, a Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável está pronta, esperando recursos do MEC e também uma nova demanda do povo Parintintim.
Em nível Nacional, Licenciaturas indígenas proliferam-se por todos os estados como Mato Grosso (Barra do Bugre), Mato Grosso do Sul (Dourados), Paraíba (Campina Grande), Minas Gerais (BH) e no Amapá. Cursos estão sendo criados, indígenas de diferentes povos estão sendo formados, não só com graduação, mas também com pós-graduação em diversas Universidades brasileiras e em diversas áreas do conhecimento, entretanto, não se discutiu o que é e como deve ser uma universidade indígena tanto pelos indígenas quanto pelos não indígenas (sociedade civil e governo).
Objetivo Geral:
• Discutir e trocar experiências e informações sobre as diversas ações relacionadas às trajetórias e perspectivas da educação superior indígena.
Específicos:
• Refletir os parâmetros e propostas sociopolítico-educacionais da Educação Superior Indígena;
• Debater os projetos de criação e implantação de universidade indígena em países latino-americanos;
• Discutir e trocar informações sobre metodologias, pedagogias e tecnologias educacionais em contexto regionais pluriétnicos;
• Apontar as perspectivas de desenvolvimento, difusão e apropriação do saber indígena pelas comunidades;
As fichas de inscrições e textos completos deverão ser enviados pelo o e-mail:
www.saberesindigenas.ufam.edu.br
Fone (fax): 92-3305-4467
Laboratório de Geografia Humana-ICHL-UFAM
Taxa de inscrição: R$10,00
ACOPIAMA – Associação de Consultoria e Pesquisa Indianista da Amazônia
CNPJ: 02.109.281/0001-40
Banco do Brasil ag. 1862-7
Conta Corrente: 9332-7
Primeiro dia – 01 /06 /2009
Abertura: 8h - UFAM/FOIRN/SARES /SEDUC/UEA/FAPEAM
9h às 12h - Mesa 1– Projetos de Educação e implantação de Universidade Indígena
Coordenador: Raimundo Nonato Pereira da Silva/UFAM
Palestrantes: Cesar Cerda Vargas- Universidade Central do Equador
Luís Fernando Sarango - Reitor Universidade Indígena Amawty Wasi - Equador
Wesiyuna - Coordenador da Universidade Indígena da Venezuela
Maria das Dores de Oliveira Pankararu - Conselho Nacional de Educação
Maria Diáz Coliñir - Secretária Regional Ministerial de Educacíon Región de la Araucanía Temuco-Chile
Debatedor: Lino João Neves/UFAM
Tarde: 14 h as 18 h - GT
18 h – Apresentação Cultural
Segundo dia - 02 /06 /2009
8:30h as 12h - Mesa 2 - Parâmetros e propostas sociopolítico-educacionais da Educação Superior Indígena
Coordenador: Ivani Faria/UFAM
Palestrantes: Maria das Graças Barreto - Coordenadora do Curso de Pedagogia Indígena-UEA
Conselho Indígena de Roraima - CIR
Telmo Macuxi - COPIAM
Maria Helena Souza da Silva Fialho - Departamento De Educação da FUNAI
Adão Oliveira - Secretário de Educação de São Gabriel da Cachoeira
Gilvan Müller de Oliveira- IPOL/UFSC
Senador João Pedro (a confirmar)
Debatedor: Frantomé Pacheco/UFAM
14 h as 17:30 h - GT
18 h as 19 h – Apresentação Oral
Terceiro dia - 03 /06 /2009
8:30 h as 12 h - Mesa 3 - Metodologias e tecnologias educacionais no contexto pluriétnico.
Coordenador: Lino João de Oliveira
Palestrantes:
Profº Marcos Braga Freitas - Coordenador do Núcleo Insikiran - UFRR
Profª Marcia Montenegro - Coordenadora da Licenciatura Intercutural Tikuna - UEA
Profª Rosa Helena Dias- Licenciatura Mura -FACED-UFAM
Profª Márcia Spyer- Licenciatura Intercutural- UFMG
Profº Evaldo Neves Pedrosa- Licenciatura Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável
Aracy Labiak
Debatedor: Giancarlo/UFAM
14 h as 17:30 h - GT
18 h as 19 h – Apresentação Oral
Quarto dia - 04 /06 /2009
8:00 h as 10:30 h – Comunicação Coordenada
Eixo 1 – Movimentos Sociais e Educação Superior Indígena
Coordenador: Israel Fontes Dutra
Palestrantes:
Organização dos Professores de Roraima
Francisco Loesben - CIMI
Profº Ricardo Castro/SARES
Irineu Laureano Rodrigues Baniwa/FOIRN
Profª Marta Azevedo/ISA
Roberval Figueiredo/AYRCA
Eixo 2 - Propriedade Intelectual e Direitos Humanos Indígenas
Coordenador: José Basini Rodriguez
Palestrantes:
Drª Octaviana Trujillo - Northen Arizona University - NAU.
Lucia Regina de Moraes Valente - INPI
Nelson Rodriguez/Estação Cientifica da Amazônia - Universidade Central do Equador
Eixo 3 - Política Lingüística e Educação Escolar
Coordenadora: Eneida Alice Gonzaga dos Santos
Palestrantes:
Edílson Martins Baniwa
Ana Carla Bruno/INPA
Profº Héctor Painequeo
Gilvan Müller de Oliveira/IPOL/UFSC
10:30 h as 12 h – Sistematização das propostas
14:30 h - Plenária Final
18 h – Atividade cultural
Quinto dia - 05 /06 /2009
Reunião de trabalho – Espaço de discussão para dar continuidade aos desdobramentos da plenária final
9 h as 12 h - Entrega de certificados
A discussão sobre a educação indígena e sobre uma Universidade para os Povos Indígenas não é recente no Estado do Amazonas e na UFAM. Desde a implantação em 1992 da Licenciatura em Filosofia, o primeiro curso de graduação oferecido pela Universidade Federal do Amazonas em São Gabriel da Cachoeira, lideranças, associações e estudantes já reivindicavam cursos específicos para atender a uma demanda em uma região composta de 23 povos indígenas de 5 famílias lingüísticas diferentes (Tukano Oriental, Maku, Aruak, Yanomami e Nheengatu) em um estado, Amazonas, onde existem aproximadamente 74 povos indígenas.
Nesta ultima década, foram realizados vários encontros, seminários, conferências de educação, semanas pedagógicas e acadêmicas que discutiram uma política educacional para a região do Rio Negro, Solimões e Javari especificamente.
Nestes encontros, em via de regra, as avaliações davam conta de que a educação oferecida na rede pública municipal, estadual e federal, iniciada, significativamente, com a missão Salesiana na região, sempre teve como principio a integração do indígena à sociedade envolvente (isto é, sua dissolução na sociedade Ocidental) sem respeitar as diferenças culturais e lingüísticas e a legislação vigente sobre educação indígena ao promover “uma educação de branco com base na cultura do branco para indígenas”.
Neste sentido, as demandas começaram a crescer. A Licenciatura Indígena Mura já implantada no município de Autazes; o curso de Ciências para os Sateré-Mawé em Maués, a Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável está pronta, esperando recursos do MEC e também uma nova demanda do povo Parintintim.
Em nível Nacional, Licenciaturas indígenas proliferam-se por todos os estados como Mato Grosso (Barra do Bugre), Mato Grosso do Sul (Dourados), Paraíba (Campina Grande), Minas Gerais (BH) e no Amapá. Cursos estão sendo criados, indígenas de diferentes povos estão sendo formados, não só com graduação, mas também com pós-graduação em diversas Universidades brasileiras e em diversas áreas do conhecimento, entretanto, não se discutiu o que é e como deve ser uma universidade indígena tanto pelos indígenas quanto pelos não indígenas (sociedade civil e governo).
Objetivo Geral:
• Discutir e trocar experiências e informações sobre as diversas ações relacionadas às trajetórias e perspectivas da educação superior indígena.
Específicos:
• Refletir os parâmetros e propostas sociopolítico-educacionais da Educação Superior Indígena;
• Debater os projetos de criação e implantação de universidade indígena em países latino-americanos;
• Discutir e trocar informações sobre metodologias, pedagogias e tecnologias educacionais em contexto regionais pluriétnicos;
• Apontar as perspectivas de desenvolvimento, difusão e apropriação do saber indígena pelas comunidades;
As fichas de inscrições e textos completos deverão ser enviados pelo o e-mail:
www.saberesindigenas.ufam.edu.br
Fone (fax): 92-3305-4467
Laboratório de Geografia Humana-ICHL-UFAM
Taxa de inscrição: R$10,00
ACOPIAMA – Associação de Consultoria e Pesquisa Indianista da Amazônia
CNPJ: 02.109.281/0001-40
Banco do Brasil ag. 1862-7
Conta Corrente: 9332-7
Primeiro dia – 01 /06 /2009
Abertura: 8h - UFAM/FOIRN/SARES /SEDUC/UEA/FAPEAM
9h às 12h - Mesa 1– Projetos de Educação e implantação de Universidade Indígena
Coordenador: Raimundo Nonato Pereira da Silva/UFAM
Palestrantes: Cesar Cerda Vargas- Universidade Central do Equador
Luís Fernando Sarango - Reitor Universidade Indígena Amawty Wasi - Equador
Wesiyuna - Coordenador da Universidade Indígena da Venezuela
Maria das Dores de Oliveira Pankararu - Conselho Nacional de Educação
Maria Diáz Coliñir - Secretária Regional Ministerial de Educacíon Región de la Araucanía Temuco-Chile
Debatedor: Lino João Neves/UFAM
Tarde: 14 h as 18 h - GT
18 h – Apresentação Cultural
Segundo dia - 02 /06 /2009
8:30h as 12h - Mesa 2 - Parâmetros e propostas sociopolítico-educacionais da Educação Superior Indígena
Coordenador: Ivani Faria/UFAM
Palestrantes: Maria das Graças Barreto - Coordenadora do Curso de Pedagogia Indígena-UEA
Conselho Indígena de Roraima - CIR
Telmo Macuxi - COPIAM
Maria Helena Souza da Silva Fialho - Departamento De Educação da FUNAI
Adão Oliveira - Secretário de Educação de São Gabriel da Cachoeira
Gilvan Müller de Oliveira- IPOL/UFSC
Senador João Pedro (a confirmar)
Debatedor: Frantomé Pacheco/UFAM
14 h as 17:30 h - GT
18 h as 19 h – Apresentação Oral
Terceiro dia - 03 /06 /2009
8:30 h as 12 h - Mesa 3 - Metodologias e tecnologias educacionais no contexto pluriétnico.
Coordenador: Lino João de Oliveira
Palestrantes:
Profº Marcos Braga Freitas - Coordenador do Núcleo Insikiran - UFRR
Profª Marcia Montenegro - Coordenadora da Licenciatura Intercutural Tikuna - UEA
Profª Rosa Helena Dias- Licenciatura Mura -FACED-UFAM
Profª Márcia Spyer- Licenciatura Intercutural- UFMG
Profº Evaldo Neves Pedrosa- Licenciatura Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável
Aracy Labiak
Debatedor: Giancarlo/UFAM
14 h as 17:30 h - GT
18 h as 19 h – Apresentação Oral
Quarto dia - 04 /06 /2009
8:00 h as 10:30 h – Comunicação Coordenada
Eixo 1 – Movimentos Sociais e Educação Superior Indígena
Coordenador: Israel Fontes Dutra
Palestrantes:
Organização dos Professores de Roraima
Francisco Loesben - CIMI
Profº Ricardo Castro/SARES
Irineu Laureano Rodrigues Baniwa/FOIRN
Profª Marta Azevedo/ISA
Roberval Figueiredo/AYRCA
Eixo 2 - Propriedade Intelectual e Direitos Humanos Indígenas
Coordenador: José Basini Rodriguez
Palestrantes:
Drª Octaviana Trujillo - Northen Arizona University - NAU.
Lucia Regina de Moraes Valente - INPI
Nelson Rodriguez/Estação Cientifica da Amazônia - Universidade Central do Equador
Eixo 3 - Política Lingüística e Educação Escolar
Coordenadora: Eneida Alice Gonzaga dos Santos
Palestrantes:
Edílson Martins Baniwa
Ana Carla Bruno/INPA
Profº Héctor Painequeo
Gilvan Müller de Oliveira/IPOL/UFSC
10:30 h as 12 h – Sistematização das propostas
14:30 h - Plenária Final
18 h – Atividade cultural
Quinto dia - 05 /06 /2009
Reunião de trabalho – Espaço de discussão para dar continuidade aos desdobramentos da plenária final
9 h as 12 h - Entrega de certificados
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