Ana Maria Derzi*
Quando falamos de trabalho infantil já nos inquieta a suposição dos perigos, abusos e exploração a que ficam expostas crianças e adolescentes nessa atividade. Pior ainda é reconhecer que a realidade existe e deparar cotidianamente com situações perversas e as mais diversas formas e locais onde ocorre esse trabalho.
Segundo a Convenção n. 182 da Organização Internacional do Trabalho - OIT, as piores formas de trabalho encontram-se no tráfico, prostituição, escravidão e trabalho forçado, conflitos armados, produção e trafico de drogas.
Para coordenador do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil - IPEC / Sudamérica, Sr. Manuel Garcia Solaz, falar das piores formas de trabalho infantil é referir-se a um amplo consenso mundial em torno da urgente necessidade de eliminar as situações de exploração que atinge milhões de meninas, meninos e adolescentes devidos á situação de extrema pobreza de suas famílias, a debilidade de políticas de proteção e inclusão social e econômica.
Segundo Relatório da OIT sobre as tendências mundiais de emprego para 2009, o desemprego pode atingir entre 15 a 20 milhões de pessoas em todo mundo em 2009.
O prognóstico é assustador: cerca de 200 milhões de trabalhadores em especial nas economias em desenvolvimento, podem passar a integrar as filas da pobreza extrema.
Ainda em 2009 a proporção de pessoas com empregos vulneráveis, ou seja, trabalhadores que contribuem para o sustento familiar ou trabalhadores por conta própria com menor acesso ás redes de seguridade que protegem contra a perda de renda durante tempos difíceis, poderia aumentar de maneira considerável no pior dos cenários e afetar até 53% da população com emprego.
Também este ano de 2009, em meio a crise econômica que atravessa o mundo que se comemora os dez anos do histórico momento em que milhões de meninas, meninos e adolescentes, trabalhadores, se mobilizaram ao redor do mundo em torno do que ficou conhecido como Marcha Global contra o Trabalho Infantil.
A sala da Conferencia Internacional do Trabalho em 1998, ouviu o clamor dessas crianças e adolescentes e a resposta veio através dos governos, empregadores e trabalhadores do mundo que em junho de 1999, adotaram por unanimidade o Convenio ou Convenção 182 da OIT, expressão jurídica do compromisso de eliminar as piores formas de trabalho infantil.
Os avanços nestes dez anos foram notáveis porem ainda resta importantes desafios a vencer principalmente agora, em face da avançada crise econômica mundial que atingirá não só as instituições, mas muito mais os trabalhadores e suas famílias. Com certeza serão as crianças e os adolescentes novamente sacrificados pelas necessidades das famílias de buscar estratégias de sobrevivência a qualquer custo.
É novamente necessário reafirmar o compromisso assumido através da Convenção 182 para não esquecer e cumprir as promessas feitas e firmadas aos milhões de crianças e adolescentes que através de tão importante mobilização mundial conseguiram expressar a sua dor e pedir ajuda aos homens públicos.
Essa é novamente a mais urgente tarefa, dever político e um imperativo moral do Estado e da sociedade civil de nosso país. Não é mais admissível desculpas e justificativas, adiamento ou desconhecimento das difíceis condições de vida das famílias e suas crianças que estarão cada vez mais incorporadas de forma precoce no trabalho.
*Ana Maria Derzi, mestra em educação, membro do Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil, pesquisadora do Trabalho Infantil em suas piores formas.
Quando falamos de trabalho infantil já nos inquieta a suposição dos perigos, abusos e exploração a que ficam expostas crianças e adolescentes nessa atividade. Pior ainda é reconhecer que a realidade existe e deparar cotidianamente com situações perversas e as mais diversas formas e locais onde ocorre esse trabalho.
Segundo a Convenção n. 182 da Organização Internacional do Trabalho - OIT, as piores formas de trabalho encontram-se no tráfico, prostituição, escravidão e trabalho forçado, conflitos armados, produção e trafico de drogas.
Para coordenador do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil - IPEC / Sudamérica, Sr. Manuel Garcia Solaz, falar das piores formas de trabalho infantil é referir-se a um amplo consenso mundial em torno da urgente necessidade de eliminar as situações de exploração que atinge milhões de meninas, meninos e adolescentes devidos á situação de extrema pobreza de suas famílias, a debilidade de políticas de proteção e inclusão social e econômica.
Segundo Relatório da OIT sobre as tendências mundiais de emprego para 2009, o desemprego pode atingir entre 15 a 20 milhões de pessoas em todo mundo em 2009.
O prognóstico é assustador: cerca de 200 milhões de trabalhadores em especial nas economias em desenvolvimento, podem passar a integrar as filas da pobreza extrema.
Ainda em 2009 a proporção de pessoas com empregos vulneráveis, ou seja, trabalhadores que contribuem para o sustento familiar ou trabalhadores por conta própria com menor acesso ás redes de seguridade que protegem contra a perda de renda durante tempos difíceis, poderia aumentar de maneira considerável no pior dos cenários e afetar até 53% da população com emprego.
Também este ano de 2009, em meio a crise econômica que atravessa o mundo que se comemora os dez anos do histórico momento em que milhões de meninas, meninos e adolescentes, trabalhadores, se mobilizaram ao redor do mundo em torno do que ficou conhecido como Marcha Global contra o Trabalho Infantil.
A sala da Conferencia Internacional do Trabalho em 1998, ouviu o clamor dessas crianças e adolescentes e a resposta veio através dos governos, empregadores e trabalhadores do mundo que em junho de 1999, adotaram por unanimidade o Convenio ou Convenção 182 da OIT, expressão jurídica do compromisso de eliminar as piores formas de trabalho infantil.
Os avanços nestes dez anos foram notáveis porem ainda resta importantes desafios a vencer principalmente agora, em face da avançada crise econômica mundial que atingirá não só as instituições, mas muito mais os trabalhadores e suas famílias. Com certeza serão as crianças e os adolescentes novamente sacrificados pelas necessidades das famílias de buscar estratégias de sobrevivência a qualquer custo.
É novamente necessário reafirmar o compromisso assumido através da Convenção 182 para não esquecer e cumprir as promessas feitas e firmadas aos milhões de crianças e adolescentes que através de tão importante mobilização mundial conseguiram expressar a sua dor e pedir ajuda aos homens públicos.
Essa é novamente a mais urgente tarefa, dever político e um imperativo moral do Estado e da sociedade civil de nosso país. Não é mais admissível desculpas e justificativas, adiamento ou desconhecimento das difíceis condições de vida das famílias e suas crianças que estarão cada vez mais incorporadas de forma precoce no trabalho.
*Ana Maria Derzi, mestra em educação, membro do Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil, pesquisadora do Trabalho Infantil em suas piores formas.
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