domingo, 15 de maio de 2011

GOVERNO DE OMAR AZIZ EM DISCUSSÃO

Ademir Ramos (*)

A política não é uma ciência exata, que precisa o comportamento dos seus atores com exatidão, construindo balizas fixas para operar num determinado cenário frio e calculista. Nada disso é fato, a política é relação, competência e visão amparada na legitimidade da vontade popular e no marco político constituído fundamentado na prática democrática.

Em Manaus, os meios de comunicação anunciam que a partir desta semana, o governador do Amazonas Omar Aziz vai dar publicidade a nova marca do seu governo, deixando crer que se trata de um plano de mídia. Certo ou errado?

Nenhuma das respostas. O que se deve avaliar é o seu projeto de governo, suas diretrizes, metas e estratégias. Será que tem? Ou tudo vai se reduzir num jogo de cena, primando pelo continuísmo e linearidade, agindo como se vivesse ainda a sombra do governador Eduardo Braga.

Não, não é o discurso que muda a realidade das coisas. Essa é a visão dos marqueteiros de plantão. Veja o caso da Prefeitura de Manaus, que optou pela mídia e somente isso. O governante responsável é um visionário orientado por uma prática da competência pautada nas variantes da economia política local, buscando ampla interlocução com os segmentos populares, empreendedores e formadores de opinião, buscando imprimir seu nome no universo da política traduzido em obras e atitudes.

Fugir desta realidade no primeiro ano de governo não é estratégia, é risco fatal para um governante que pretende construir um bloco parlamentar capaz de obter sucesso nas urnas. O povo faz comparação reclamando do governador Omar Aziz atitudes que resulte em benefício coletivo, em políticas públicas de qualidade.

Omar Aziz vive um grande paradoxo. Agradar o grupo de Eduardo Braga, antigo governante, ou trilhar com seu próprio bloco se for capaz de construir. No presente, o cenário parece um tanto com o vivido pelo Prefeito Serafim Corrêa, que optou pela cumplicidade, arquivando o passivo do ex-prefeito Alfredo Nascimento, buscando, quem sabe, ser reconhecido pelo planalto, o que não ocorreu, amargando unicamente a derrota.

O problema está posto requer ampla discussão entre os aliados, mas a opção é do governador Omar Aziz. Certamente, a decisão ajuizada compromete tanto o presente quanto o futuro do governo e de seus seguidores devendo se assim for, ser amparado na competência, coragem e visão.

(*) É professor, antropólogo e coordenador do NCPAM/UFAM.

4 comentários:

Wendel disse...

a questão é, será que Omar vai conseguir vingar uma carreira solo na politica amazonense, assim como fez seu aliado dudu braga? ou irá amarelar no jogo de pura estratéfgia que é a politica, o Amazonas que está num dilema querido professor!!!!!

ellza souza disse...

Quando ouvi alguém falar o Omar vai fazer um bom governo eu até acreditei. O tempo tá passando e nada nada mesmo melhora para o lado da sociedade amazonense. Continua como dantes oh terra, oh vida, oh incompetência...Ellza Souza//

Anônimo disse...

Como é possível alguém achar que o governo de Omar seria diferente do de Dudu Braga. Os 2 são gêmeos da mesma placenta politiqueira. Essa dupla foi programada para ferrar com os amazonenses e esse plano sórdido eles vão levar em frente. Por conta das bolsas família, floresta, bolsa escambal, eles vão ficar se trocando até o diabo dizer chega! Isso é uma maldição.

Anônimo disse...

Eu só cobro do governante que tem orçamento e não o executa.

2011 será uma ano perdido, pq os mandatários que deixaram o cargo em 2010 comprometeram o orçamento desse ano.

Em 2012 dá para cobrar.