quinta-feira, 21 de junho de 2012


NO TEMPO EM QUE MALUFAR ERA ROUBAR

Os Malufistas de imediato irão cobrar a fatura perdendo ou ganhando, pondo em risco a direção política do governo da presidente Dilma Rousseff. Da mesma forma, os petistas do Lula, aloprados ou não, farão tudo para resgatar o nome de sua liderança ofuscada pela sanha do Maluf, o mago da corrupção e da imoralidade, buscando de toda forma explicar que Lular não é Malufar, acredite se quiser.

Ademir Ramos (*)

            Não faz muito tempo estávamos todos comprometidos com a luta pela democratização do país, todos menos o Maluf, que é filhote da ditadura, juntamente com os oportunistas que se aproveitaram da situação para assaltar o povo, saqueando, não só o Erário público como também o direito político das lideranças e da nação brasileira com o fechamento do Congresso Nacional somado a isso, perseguição e morte de parlamentares e lideranças populares, que resistiram à força das metralhadoras sob as ordens dos milicos adestrados para torturar e matar.

           Assentado neste credo lutou-se para construir um novo Brasil pautado nas práticas democráticas orientadas pelo império da Justiça. Assim feito, a Constituição foi promulgado e resgatou-se a esperança da Nação na perspectiva de inaugurar a nova história do
Brasil seguido de um processo civilizatório participativo exaltando o Estado de Direito.

                 Lula e o PT são também protagonistas desse novo Brasil. No entanto, ambos sujaram mais ainda sua biografia quando movido pelo impulso populista resolveram aliançar com Maluf para apoderar-se dos votos de seu curral eleitoral. Contudo, alguém menos atento pode afirmar que ambos estão certos porque o importante é ganhar as eleições para Prefeitura de São Paulo e, por conseguinte, o Governo do Estado, desbancando o PSDB do cenário nacional. Dessa feita, vale tudo para se alcançar o fim desejado.

                   O que está em jogo é o controle do Estado, é o poder pelo poder, para garantir os interesses de um partido ou de uma corporação de salteadores do Erário nos moldes de Ali Baba, Cachoeira, Mensalão e dos Aloprados. O recorrente uso deste recurso fez com que o vício, a corrupção e a impunidade tornassem regra geral, fragilizando o instituto da Democracia enquanto Forma de Governo.

             A opção do Lula e do PT em aliançar com Maluf não diz respeito somente a esses atores, fere de morte a todos (as) que no passado recente devotaram nas urnas confianças e credibilidade a esses protagonistas históricos, que ungidos pelo diploma da representação popular cometeram e cometem barbaridade, esquecendo vez por outra ou quase sempre, que o mandato político é uma delegação de poderes advindo das ruas com endereço certo para um determinado fim.

          Significa dizer que os eleitores do Lula e do PT não estão necessariamente alinhados a Maluf, contrariando a lógica do populismo que ordena a coligação recém-firmada entre os pares em cena. Se assim for, é possível que o troco seja consumado nas urnas, demolindo o castelo político dos petistas a começar por São Paulo e a se espalhar por toda a República.

                O desespero e a intempestividade do Lulismo  será tanta que o planalto não terá paz porque os Malufistas de imediato irão cobrar a fatura perdendo ou ganhando, pondo em risco a direção política do governo da presidente Dilma Rousseff. Da mesma forma, os petistas do Lula, aloprados ou não, farão tudo para resgatar o nome de sua liderança ofuscada pela sanha do Maluf, o mago da corrupção e da imoralidade, buscando de toda forma explicar que Lular não é Malufar, acredite se quiser.

(*) É professor, antropólogo e coordenador do NCPAM/UIFAM.                     

Um comentário:

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

Quem tem medo de Paulo Maluf?

Rogel Samuel

Os inimigos do PT - a rica media dos ricos - se "escandalizaram" com a imagem de Lula com Maluf. Erundina parece que saiu da chapa (ninguém sabe, pois cada dia a notícia muda).

Como é boba a media, como é parcial e desacreditada!

Dá pena...