NO TEMPO EM QUE
MALUFAR ERA ROUBAR
Os Malufistas de imediato irão cobrar a fatura
perdendo ou ganhando, pondo em risco a direção política do governo da
presidente Dilma Rousseff. Da mesma forma, os petistas do Lula, aloprados ou
não, farão tudo para resgatar o nome de sua liderança ofuscada pela sanha do
Maluf, o mago da corrupção e da imoralidade, buscando de toda forma explicar
que Lular não é Malufar, acredite se quiser.
Ademir
Ramos (*)
Não faz muito
tempo estávamos todos comprometidos com a luta pela democratização do país,
todos menos o Maluf, que é filhote da ditadura, juntamente com os oportunistas
que se aproveitaram da situação para assaltar o povo, saqueando, não só o Erário
público como também o direito político das lideranças e da nação brasileira com
o fechamento do Congresso Nacional somado a isso, perseguição e morte de
parlamentares e lideranças populares, que resistiram à força das metralhadoras
sob as ordens dos milicos adestrados para torturar e matar.
Assentado neste credo lutou-se
para construir um novo Brasil pautado nas práticas democráticas orientadas pelo
império da Justiça. Assim feito, a Constituição foi promulgado e resgatou-se a
esperança da Nação na perspectiva de inaugurar a nova história do
Brasil seguido de um processo civilizatório participativo exaltando o Estado de Direito.
Brasil seguido de um processo civilizatório participativo exaltando o Estado de Direito.
Lula e o PT são também
protagonistas desse novo Brasil. No entanto, ambos sujaram mais ainda sua biografia
quando movido pelo impulso populista resolveram aliançar com Maluf para
apoderar-se dos votos de seu curral eleitoral. Contudo, alguém menos atento
pode afirmar que ambos estão certos porque o importante é ganhar as eleições
para Prefeitura de São Paulo e, por conseguinte, o Governo do Estado, desbancando
o PSDB do cenário nacional. Dessa feita, vale tudo para se alcançar o fim
desejado.
O que está em jogo é o controle
do Estado, é o poder pelo poder, para garantir os interesses de um partido ou
de uma corporação de salteadores do Erário nos moldes de Ali Baba, Cachoeira,
Mensalão e dos Aloprados. O recorrente uso deste recurso fez com que o vício, a
corrupção e a impunidade tornassem regra geral, fragilizando o instituto da
Democracia enquanto Forma de Governo.
A opção do Lula e do PT
em aliançar com Maluf não diz respeito somente a esses atores, fere de morte a
todos (as) que no passado recente devotaram nas urnas confianças e credibilidade
a esses protagonistas históricos, que ungidos pelo diploma da representação
popular cometeram e cometem barbaridade, esquecendo vez por outra ou quase
sempre, que o mandato político é uma delegação de poderes advindo das ruas com
endereço certo para um determinado fim.
Significa dizer que os eleitores do Lula e
do PT não estão necessariamente alinhados a Maluf, contrariando a lógica do
populismo que ordena a coligação recém-firmada entre os pares em cena. Se assim
for, é possível que o troco seja consumado nas urnas, demolindo o castelo
político dos petistas a começar por São Paulo e a se espalhar por toda a
República.
O desespero e a intempestividade
do Lulismo será tanta que o planalto não
terá paz porque os Malufistas de imediato irão cobrar a fatura perdendo ou
ganhando, pondo em risco a direção política do governo da presidente Dilma
Rousseff. Da mesma forma, os petistas do Lula, aloprados ou não, farão tudo
para resgatar o nome de sua liderança ofuscada pela sanha do Maluf, o mago da
corrupção e da imoralidade, buscando de toda forma explicar que Lular não é
Malufar, acredite se quiser.
(*) É
professor, antropólogo e coordenador do NCPAM/UIFAM.
Um comentário:
Quem tem medo de Paulo Maluf?
Rogel Samuel
Os inimigos do PT - a rica media dos ricos - se "escandalizaram" com a imagem de Lula com Maluf. Erundina parece que saiu da chapa (ninguém sabe, pois cada dia a notícia muda).
Como é boba a media, como é parcial e desacreditada!
Dá pena...
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