sábado, 24 de julho de 2010

GRITA AMAZONAS

Representante da empresa Lajes Logística S/A, controlada da Log-In Logística Intermodal, em reunião, momento em que este articulista se posiciona contra a contrução do Porto da Vale no Encontro das Águas.

Ademir Ramos (*)

O poeta Thiago de Mello tem se tornado para nós filhos da Amazônia, o porta voz da nossa biodiversidade, lutando contra os males e danos que ameaçam deliberadamente as florestas, as águas, os homens e a vida na sua plenitude a verdejar esperança e coragem. Foi ele quem fez toda articulação junto ao renomado jornalista Washington Novaes para que, assim como ele e milhares de cidadãos do mundo, espalhasse ao vento o que se passa por aqui contra o nosso magnífico Encontro das Águas.

Companheiro de luta e esperança, como ele costuma saudar os seus irmão, foi até ao Washington Novaes, recorrendo aos seus préstimos intelectuais, para creditar valor traduzido em solidariedade com as florestas, as águas e a sociobiodiversidade que nelas encerram. E desse modo anunciar ao mundo à má noticia que a Vale do Rio Doce por meio da Log-in Logística Intermodal S/A planejam para apoderar-se da Amazônia, visto que a Vale reina no Pará e agora levanta seus tentáculos para o Amazonas, aliciando profissionais e políticos arrivistas embriagados pelo determinismo econômico.

Estes pretensos investimentos privados contam com o aval do governo. No Amazonas, o berço das articulações tem sido a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), em conluio com o Governo do Estado. Para isso, constantemente, esses arrivistas tem se valido do capital intelectual acadêmico para referendar seus projetos de acordo com a legislação ambiental. É o caso da construção do Porto da Vale/Laje no Encontro das Águas. Os lobistas trabalham em diversas frentes para persuadir seus oponentes, partindo do princípio que todo homem tem o seu preço.

Dessa feita, transformam-se numa força poderosa capaz de influenciar na redução dos interesses republicanos em favor de corporações privadas. Se isso acontecer, o Encontro das Águas, berço de nosso imaginário na Amazônia, será privatizado e toda economia ambiental estará comprometida para presente e futura gerações.

Responda você também... Monitorando o texto do Washington Novaes, no Estadão, publicamos os comentários dos seus leitores abaixo com objetivo de pro-vocar um amplo debate pautado na omissão do IPHAN e, assim sendo indagar: O que impede reconhecer o Encontro das Águas como Patrimônio Cultural? O IPHAN estaria atrelado aos interesse da Vale do Rio Doce? Por que o Governo do Amazonas não se pronuncia sobre a questão? E por que a grande imprensa não pauta a matéria nos seus editoriais? E agora nas eleições, o que fazer para mudar esse cenário de omissão?

Dorival Greggio
23 de julho de 2010 18h50
Entre o amor pleno, platônico esta a fúria da paixão carnal, libidinoso
Entre a beleza da arte reside a liderança desenfreada por ela liberada.
Vivemos nos extremos por mais cotidiano que sejamos, faz parte
A fonte que nos criou e alimentou tudo nos permitiu, livre arbítrio.
Não conseguimos inventar o desgoverno por isso somos governados
Um dia virá a visão que nos permitirá ver nossa cegueira, política.
O futuro virá aos que queiram ou não só então veremos dentro de nós,
E o que vemos nos fará movimentar nossa mente latente de sabedoria.

Aldo Matias Pereira
23 de julho de 2010 16h48
O pior de tudo é que esse "governo", ao apagar das luzes, aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, fará de tudo para dar prosseguimento no projeto, antes que o novo governo assuma. O país já teve outras várias ideias deletérias como essa, que foram implantadas, em nome de um economicismo fajuto e que, hoje sabemos, só serviu para encher os bolsos de uma meia dúzia de privilegiados. Em minha região mesmo tivemos um caso (nada que se compare ao encontro das águas) mas, perdemos o lindíssimo Canal de São Simão a troco de um lago imundo e poluído que permite gerar algumas "merrecas" de energia. E as Sete Quedas do Guaíra então?. Bem, é melhor deixar prá lá e esperar que esses energúmenos sejam defenestrados do poder o quanto antes.

Tulio Amaro
23 de julho de 2010 13h33
Vou repetir: quando é que Washington Novaes vai criar vergonha na cara e passar a assinar que é o responsável pela comunicação social da ONG Instituto SocioAmbiental - ISA, que foi o carro-chefe de Marina Silva no MMA, e de quem Denis Rosenfeld comentou em artigo esta semana?
Por favor, senhor Novaes, asssuma seu trabalho de ONGUEIRO.

Jose Carlos Prado Alves
23 de julho de 2010 12h12
Tudo bem, mas acabem com as favelas de palafitas de Manaus primeiramente. Caso contrário, não vejo beleza no Encontro das Águas.

Ismael Pescarini
23 de julho de 2010 8h56
Washington Novaes está coberto de razão. O bom senso norteia os limites do que seja economicamente imprescindível e esse projeto é claramente de uma ignorância abominável.

Ronaldo Graciano Facchini
23 de julho de 2010 7h19
Em tempo: veja no Google Weart...vale a pena.

Ronaldo Graciano Facchini
23 de julho de 2010 7h18
Encontro das Aguas: Rio Negro e Solimões... só quem conheceu ou teve o prazer de ler o livro de Fernando Sabino. Sr. Presidente, apesar de não gostar de ler, como o senhor mesmo já disse ... procure ler o livro e veja o sentido desta materia de Washington Novaes.

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