terça-feira, 12 de maio de 2009

MARCADO PARA MORRER

Pelo gesto de Amin Aziz, irmão do vice-governador do Estado do Amazonas, Omar Aziz, ao final da brutal agressão que sofri na frente dos meus alunos, no final da tarde ontem, estou marcado para morrer. Após me aplicar três socos e dois chutes, o cara apontou o dedo e simulou o gesto de puxar o gatilho de uma arma. Pela forma como me olhou, Aziz, teria descarregado completamente a arma em mim. Aliás, o ar era de imensa satisfação. Isso em pleno auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). É o fim do mundo não se poder, em uma aula, citar um exemplo de fato que foi noticiado nacionalmente, como ilustração da interferência política no jornalismo. Mais absurdo ainda é um sujeito invadir uma universidade pública federal e agredir um professor em pleno exercício da sua atividade profissional. Certamente o indivíduo acredita na impunidade total por ser irmão do vice-governador do Estado. Só espero que a Polícia Militar (do Governador) garanta minha integridade física e dos meus filhos. Caso sofra algum atentado daqui para a frente não tenho dúvidas de que, se não foi a mando, foi um ato do meu agressor, irmão do vice-governador do Estado (veja mais no blog pessoal do professor Gilson).

Irmãos Azis Agridem Professor

O coordenador do curso de Comunicação Social e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), professor doutor Gilson Monteiro foi agredido no final da tarde de ontem (11), enquanto ministrava aula para alunos do curso de Jornalismo. Segundo Gilson Monteiro, os agressores foram Amim e Mansu Aziz, irmãos do vice-governador do Amazonas, Omar Aziz.

O professor Gilson contou que em uma disciplina que busca discutir com os alunos tópicos relacionados à profissão de jornalista e a postura da imprensa diante de escândalos, citou, entre outros exemplos, o nome do vice-governador Omar Aziz, um dos investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual, em 2004.

Nesse instante, "uma das alunas (identificada como sobrinha do vice-governador Omar Aziz) disse 'que eu não poderia ter dito aquilo do tio dela'.Imediatamente retirou-se da sala. E foi embora. Vinte minutos depois, entram na sala Amim Aziz, o Mansu e a menina. E ele (Amim Aziz) perguntou se eu era o professor da disciplina e já foi me agredindo. Me deu um soco, me derrubou no chão e eu fiquei me defendendo. Deu mais dois socos e um chute e ficou fazendo gestos tipo como se tivesse descarregando uma arma em cima de mim", contou o Gilson Monteiro.

Após o ocorrido, o professor informou ao reitor da UFAM, Hidembergue Frota, que ligou para a Polícia Federal, onde recebeu a orientação de registrar um Boletim de
Ocorrência na delegacia mais próxima. Em seguida, dirigiu-se à sede da PF para prestar depoimento. "Vou pedir proteção porque sou funcionário federal. As pessoas não sabem distinguir, batem em jornalista, assassinam jornalista. Agora estão atacando professores que estão citando fatos jornalísticos já divulgados como exemplo" desabafou o mestre.

O irmão do vice-governador, Amim Aziz confirmou ter tomado uma atitude "um pouco exagerada", mas que fez isso ao ver a sobrinha de 17 anos chorando e dizendo que havia sido agredida. "Eu estava na minha empresa quando minha sobrinha me ligou, aos prantos, pedindo para eu ir buscá-la, que o professor a agrediu verbalmente. Então eu fui lá. Foi uma atitude um pouco exagerada, mais foi uma atitude que qualquer pai ou tio tomaria naquelas circunstâncias", contou Amim.

Ele lamentou o fato de a UFAM ter em seus quadros um professor doutor que faz comentários da natureza dos relatados pela sobrinha dele. "Ele não tem que formar opinião na universidade. Tem que dá aula. Não dizer o que pensa", criticou.

O NCPAM manifesta solidariedade ao professor Gilson Monteiro e exige da Reitoria da UFAM, que acione a Procuradoria da instituição para dar guarida ao professor, garantindo o ofício de ensinar com autonomia e determinação critica frente aos predadores do poder de Estado. Tal fato ocorrido viola o direito de cátedra e torna vulnerável a Instituição Universitária, exigindo da Associação dos Docentes (ADUA) nota pública de repudio contra os malfeitores do povo, que além de saquear o erário público querem calar a voz dos mestres em seu lugar de trabalho. Basta! Contra a repressão, pela liberdade de ensinar.

Fonte: Jornal A Crítica.

6 comentários:

Anônimo disse...

Parece que estamos retrocedendo no tempo gente....estamos na ditadura é isso? Um professor não pode mais citar fatos(vejam bem, fatos), só porq esses mesmos fatos poem em xeque uma elite política q governa "nosso" Estado? É o cúmulo do absurdo....Ontem mesmo o presidente da Câmara Municipal de Manaus, Alberto Carijó se negou a pôr em votação a proposta do ver. José Ricardo que garante aos estudantes as 120 meias passagens, apesar das mobilizações dos mesmos e apesar de grande parte dos vereadores proporem a votação, ele foi irredutível, ditadura!...Tem até jornalista sofrendo atentado........não existe mais liberdade nessa cidade, quem manda são esses ditadores q fomentam a miséria do povo pra continuarem no poder, possibilitam as tragédias pra lucrarem com isso.....e agora querem boicotar os nosso direito adquirido com muito suor de ter liberdade de ir e vir com dignidade para estudar e ter acesso a cultura, esporte e lazer, mas não vamos permitir...Como disse Thomas Hobbes:"O homem é o lobo do homem.."

Anônimo disse...

Marcado para morrer não, mais que nossa UFAM está morta a muito tempo está fruto do governo federal que hoje governa este pais!
Assim como toda a maquina administrativa do Brasil nos três niveis estadual,federal e municial estão corrompidas pela onda de corrupção que o PT,PMDB e aliados fazem do pais a casa da mãe Joana!

Anônimo disse...

AMIM AZIZ E OMAR ambos da mesma indole de traficante e pedofilo e envolvidos com pedofilia, prostituição de menores, e grupo de exterminio grogas no estado do amazonas agora bate em professor da UFAM como se fosse um nada, frente apo poder economico desde grupo de bandidos que governam o estado do amazonas, em 2004 pra quem têm memoria curta este foi absolvido da CPI DA PEDOFILIA pois 300 picaretas de lula o libertaram com seus votos, mais em Manaus conforme depoimentos de vitimas de estrupo feitos por OMAR, a uma memina de 14 anos e verdade, só não ver quem não quer, ainda têm mais a antiga casa de show MAMUTE DOS AZIZIS ERA centro de ditribuição de drogas variadas nos bacanais da cidade de manaus, está raça imunda deveria está pelo menos na cadeia, pena que estamos no Brasil onde a lei e para preto,probre e putas!

Anônimo disse...

Violência
Professor de universidade de Manaus é agredido por irmãos de vice-governador do Amazonas

Plantão | Publicada em 12/05/2009 às 12h58m
Portalamazônia


MANAUS - O coordenador do curso de Comunicação Social e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Gilson Monteiro foi agredido no final da tarde desta segunda-feira, enquanto ministrava aula para alunos do curso de jornalismo na instituição. O professor informou que os agressores foram Amim e Mansu Aziz, irmãos do vice-governador Omar Aziz.

O professor disse que foi agredido porque discutia assuntos relacionados à postura da imprensa diante de escândalos e citou o caso do vice-governador do Amazonas, Omar Aziz, citado pela CPI da Exploração Sexual, em 2004. Uma das alunas, que seria sobrinha de Omar Aziz, retirou-se da sala,dizendo que o professor não deveria ter falado sobre isso.

Momentos depois os irmãos do vice-governador, Amim e Mansu Aziz, entraram na sala de aula e agrediram o professor com socos e pontapés. O professor registrou ocorrência em uma delegacia e prestou depoimento na Polícia Federal.

Amim Aziz disse que agiu em defesa da sobrinha que se sentiu ofendida com a atitude do professor. Ele disse que o professor deveria se limitar a dar aulas e não formar opinião na universidade.

Anônimo disse...

Quero parabenizar, através desta mensagem
A atitude de Samara Aziz, aluna do curso de Jornalismo da Ufam
Que no dia 11 de maio por volta das 17 hs provou e mostrou ser
Uma profunda conhecedora das causas humanas e ter conhecimento do processo histórico pelo qual passamos para conquistar a liberdade de expressão no Brasil, além da história da instituição da qual até então, desejamos que ela seja expulsa o quanto antes, fazia parte. Ao chamar dois animais mais conhecidos como Amim Aziz e Mansur Aziz e para espancar o professor Gilson Monteiro dentro da instituição após ter citado em aula casos abafados pela mídia na cidade de Manaus usando como um dos exemplos (Omar Aziz) conhecido pedófilo que conseguiu, a exemplo de outros políticos, impor sua inocência, não provar.
Podemos imaginar o tipo de jornalista que Samara Aziz seria, já que como estudante ela nos mostrou ser de uma profundidade intelectual inovadora refutando de forma inteligentíssima
o seu descontentamento com as palavras do professor Gilson, chamando a família para espanca- lo e ainda ameaçar quem quer que fosse que se metesse com a família Aziz (como os cães saíram latindo após a demonstração gratuita do que a família Aziz entende por respeito e dialogo) .
Para finalizar Samara Aziz, postou em sua pagina pessoal na rede social (Orkut) a seguinte frase: “Respeito é bom e mantém os dentes na boca”...provando mais uma vez ser uma grande intelectual, uma verdadeira filosofa pronta para a vida universitária e para a vida num contexto geral, vamos imaginar a verdadeira carnificina que seria o curso conforme a “revolucionária” , que costuma dormir dentro de sala de aula e muito contribui para os debates com o seu silêncio, fosse avançando...

Anônimo disse...

ANÔNIMO
GENTE,QUE ABSURDO!
PRECISAMOS DE POLÍTICAS FUNCIONAIS URGENTES!
ABAIXO AS REGALIAS,