A mãe natureza é floresta, água, vida a se manifestar de forma plena no cotidiano das comunidades amazônicas. Os homens e mulheres que se relacionam com esse mundo são criadores de códigos e valores sustentáveis presentes na história cultural da nossa gente. Nessa perspectiva, a celebração e o reconhecimento pelo dia das mães bem que poderia focar a nossa Amazônia como representação vital imprescindível para a maternidade do planeta, considerando que sem ela conservada a vida toda estará ameaçada, acelerando cada vez a decadência, a tristeza e o desequilíbrio ambiental, instaurando o pesadelo em vez do sonho. Para conter esta irresponsabilidade é necessário que os seus filhos sejam protagonistas dessa bela história prenhe de saber, conhecimento e ciência, assegurando para esta e futura geração o verde de nossa madreselva.
Em ritmo diverso cantamos e dançamos à mãe natureza, que alimenta seus filhos com dadivoso fruto extraído de suas entranhas seja das águas e/ou da floresta. Na Amazônia, o extrativismo continua sendo a matriz fornecedora de nutrientes capaz de abastecer as comunidades tradicionais como também, as próprias cidades que foram se edificando no interior da floresta, agregando milhares de pessoas que direta ou indiretamente dependem do nutriente oriundo da floresta para sustentar sua qualidade de vida.
A barbárie promovida pela prática da acumulação do capital começa ser repensada sob o foco de novas matrizes de pensamento, que cultuam a sustentabilidade como estratégia de conservação do meio ambiente. Na dúvida, é melhor se proteger e assegurar as florestas o direito à vida, garantindo dessa feita a continuidade de uma existência plena relacionada à biodiversidade, culturas e sociedades numa perspectiva sustentável, considerando os recursos ambientais como sujeitos de direito.
Nessa circunstância louvamos as mães não só pela forma, culturalmente definida, mas, sobretudo, pela alegria da vida a florir no universo relacional, que requer das políticas responsabilidade e cooperação fundada no postulado da diversidade biológica e sociocultural. A maternidade é mais do que um princípio posto – dado – é uma construção que requer participação efetiva de todos (as) referenciado no pleno exercício do Direito, superando o imediatismo do presente ancorado no projeto de um futuro justo e sustentável, principalmente quando se trata da proteção das florestas e seus ecossistemas, possibilitando a todos os povos o usufruto desse sumo bem.
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