O registro dos fatos é do psiquiatra, fotógrafo e militante social, Rogélio Casado, que na sexta-feira (14) junto com o professor da UFAM Paulo Monte, participaram do programa Na Terra de Ajuricaba, discutindo e analisando Os Fantasmas de Balbina. A construção da hidrelética no rio Uatumã nos arredores de Manaus, é citado na literatura ambiental como um dos piores exemplo do mundo de desastre ecológico. Balbina está na pauta devido a insistência do governo federal em construir a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no interior do Pará, contrariando parecer dos epecialistas que dão conta da especificidade da obra. A grita é geral, mas o governo quer porque quer alagar a região, desrespeitando até mesmo o bom senso, para atender os megaprojetos de mineração que exigem mais energia, sem discutir de fato a formulação de um Projeto Sustentável Indutor do Desenvolvimento Local.
Na oportunidade, a produção do programa recorreu as fontes documentais sobre Balbina e toda a hemeroteca referente à obra disponível no NCPAM para informar os telespectadores da construção desse empreendimento que, segundo Paulo Monte deve ser reconhecido como Monumento a Burrice ou a Insanidade, como preferir nossos leitores. Nessa garimpagem encontramos o documentário produzido por Rogélio Casado, Balbina: no País da Imponidade, bem como uma série de fotografias registrando a resistência dos ribeirinhos e a participação da Igreja Católica, tendo no comando Jorge Maskel, então bispo de Itacoatiara e Presidente do Conselho Indigenista Missionário.
Na foto principal, o bispo Jorge, já falecido, encontra-se no foco principal conversando com as demais lideranças comunitárias, tendo ao fundo as manifestação de protesto contra a construção da hidrelétrica. O registro, segundo Rogélio Casado data de 1989, quando esteve na área para fazer o documentário, protestando contra o mostrengo que era Balbina. Mas, mesmo assim, a irracionalidade oficial com aval do parlamento e governo local, do INPA e dos empresários oportunistas, a obra foi feita e hoje não atende sequer as industrias do Pólo Industrial de Manaus. A pergunta que se faz é: o que fazer com essa coisa? - pois continua dando prejuízo aos cofres público e contribuindo diretamente para o desequilibrio do planeta. O que deixa a todos (as) indignados é que a impunidade impera se repetindo na farsa de Belo Monte e muito mais próximo da gente, na construção do Porto da Lajes. O Amazonas não merece tamanho assalto a sua enconomia e seus responsáveis deveriam ser penalisado pela improbidade administrativa e pelos danos causados ao povo e ao meio ambiente.
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