Ademir Ramos (*)
O grito do Movimento S.O.S Encontro das Águas contra a construção do Terminal Portuário das Lajes vem tendo ressonância na sociedade Amazonense. Há mais de dois anos os comunitários da Colônia Antonio Aleixo e demais lideranças do Lago do Aleixo resolveram levantar a bandeira contra este empreendimento privado por avaliarem os danos causados a toda economia sustentável do local e, em particular, ao Encontro das Águas.
O Encontro é um fenômeno original de valor inestimável que traduz beleza e admiração reclamando do poder público responsável investimento para garantir a perpetuação de sua beleza em consonância com a floresta circundante. Este ecossistema é um verdadeiro berçário onde se reproduzem peixes, aves, mamíferos e outras espécies da fauna aquática inseridas na extensa cadeia alimentar da natureza e cultura desta microregião situada na Zona Leste de Manaus.
Com a expansão do Pólo Industrial sob o patrocínio da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) os danos ambientais multiplicaram-se ameaçando diretamente a biodiversidade do lugar e inviabilizando os investimento no campo do turismo e entretenimento. Urge, portanto, que os Agentes Públicos (Município, Estado e União) em articulação com a sociedade civil organizada se encontrem e repensem de imediato as formas de intervenção que fizeram e pretendem fazer no em torno do nosso Encontro das Águas que, economicamente encerra um valor agregado tanto quantitativo quanto qualitativo podendo gerar trabalho e renda.
Não se trata de investimento pontual relativo à construção de um Mirante aqui ou um Aquário ali é necessário que o Poder público, as Corporações privadas e Organizações sociais juntos celebrem um Termo de Responsabilidade Éticoambiental visando à conservação dos recursos ambientais que integram o complexo Encontro das Águas.
Os especialistas, por sua vez, afirmam constantemente que é muito mais sensato conservar do que danificar o meio ambiente. Esta afirmativa é um sentença verdadeira nos fóruns internacionais, principalmente, em se tratando de investimento do Poder Público neste campo ambiental. Sabe-se também da responsabilidade desse Poder para formular políticas que promovam o respeito ao meio ambiente com ressonância aos direitos humanos, sendo conceitualmente definidas como práticas sustentáveis socialmente justas.
Nessa perspectiva, o NCPAM que integra o Movimento S.O.S Encontro das Águas gostaria de discutir e formular a médio prazo a criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Encontro das Águas e do Lago do Aleixo para juntos com o Poder Público e Privado se formular uma política de desenvolvimento humano fundamentada na conservação dos recursos naturais, na biodiversidade e no saber local traduzido na sociobiodiversidade sob a tutela das comunidades ribeirinhas e tradicionais inseridas no sistema hídrico florestal do Encontro das Águas no coração da Amazônia brasileira.
(*) É Antropólogo, Professor e Coordenador do NCPAM/UFAM.
O grito do Movimento S.O.S Encontro das Águas contra a construção do Terminal Portuário das Lajes vem tendo ressonância na sociedade Amazonense. Há mais de dois anos os comunitários da Colônia Antonio Aleixo e demais lideranças do Lago do Aleixo resolveram levantar a bandeira contra este empreendimento privado por avaliarem os danos causados a toda economia sustentável do local e, em particular, ao Encontro das Águas.
O Encontro é um fenômeno original de valor inestimável que traduz beleza e admiração reclamando do poder público responsável investimento para garantir a perpetuação de sua beleza em consonância com a floresta circundante. Este ecossistema é um verdadeiro berçário onde se reproduzem peixes, aves, mamíferos e outras espécies da fauna aquática inseridas na extensa cadeia alimentar da natureza e cultura desta microregião situada na Zona Leste de Manaus.
Com a expansão do Pólo Industrial sob o patrocínio da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) os danos ambientais multiplicaram-se ameaçando diretamente a biodiversidade do lugar e inviabilizando os investimento no campo do turismo e entretenimento. Urge, portanto, que os Agentes Públicos (Município, Estado e União) em articulação com a sociedade civil organizada se encontrem e repensem de imediato as formas de intervenção que fizeram e pretendem fazer no em torno do nosso Encontro das Águas que, economicamente encerra um valor agregado tanto quantitativo quanto qualitativo podendo gerar trabalho e renda.
Não se trata de investimento pontual relativo à construção de um Mirante aqui ou um Aquário ali é necessário que o Poder público, as Corporações privadas e Organizações sociais juntos celebrem um Termo de Responsabilidade Éticoambiental visando à conservação dos recursos ambientais que integram o complexo Encontro das Águas.
Os especialistas, por sua vez, afirmam constantemente que é muito mais sensato conservar do que danificar o meio ambiente. Esta afirmativa é um sentença verdadeira nos fóruns internacionais, principalmente, em se tratando de investimento do Poder Público neste campo ambiental. Sabe-se também da responsabilidade desse Poder para formular políticas que promovam o respeito ao meio ambiente com ressonância aos direitos humanos, sendo conceitualmente definidas como práticas sustentáveis socialmente justas.
Nessa perspectiva, o NCPAM que integra o Movimento S.O.S Encontro das Águas gostaria de discutir e formular a médio prazo a criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Encontro das Águas e do Lago do Aleixo para juntos com o Poder Público e Privado se formular uma política de desenvolvimento humano fundamentada na conservação dos recursos naturais, na biodiversidade e no saber local traduzido na sociobiodiversidade sob a tutela das comunidades ribeirinhas e tradicionais inseridas no sistema hídrico florestal do Encontro das Águas no coração da Amazônia brasileira.
(*) É Antropólogo, Professor e Coordenador do NCPAM/UFAM.
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