segunda-feira, 17 de maio de 2010

O GOVERNO DO AMAZONAS E A IDUSTRIALIZAÇÃO DO RIO NEGRO

Possuído pelo espírito do autoritarismo do "milagre brasileiro", o governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), aliado com os interesses de mercado da construção civil, resolveu expandir rio adentro, os seus megaprojetos tal como fez com a construção da Adutora, nas imediações do nosso Encontro das Águas (rios Negro com Solimões). O esqueleto de ferro prolanga-se por mais de 500 metros, empanando o Encontro das Águas e dificultando a mobilidades das embarcações que navegam à margem esquerda do rio Negro, onde fica localizada a capital do Estado do Amazonas. Estima-se que a obra e mais a estrutura de distribuição das águas a ser fornecida aos moradores da Zona Leste e Norte da cidade custe mais de 300 mil reais. No entanto, até hoje com a saída de Eduardo Braga para se canditar as próximas eleições, o empreendimento vem se arrastando sem previsão de sua conclusão.

Outro esqueleto de ferro sobre o rio Negro é a ponte que vai de Manaus a lugar nenhum. Não justificando o volume de recurso já aplicado na obra, que cruza o rio para o município de Iranduba. O investimento tem se qualificado como um "saco sem fundo" porque em forma de aditivo tem comido quase 1 (um bilhão) de reais. O que denuncia o interesse do governador Eduardo Braga e seus "companheiros" da construção civil, que magicamente, aprovaram o projeto, pensando, unicamente, nos próprios interesses, descartando qualquer relação com desenvolvimento o local.

Não satisfeito, o então governador Eduardo Braga resolveu referendar a construção do Porto da Laje. Empreendimento da Log-In Logística Intermodal, uma das empresas contratadas da Vale do Rio Doce, visando explorar o mercado local. O que foi embargado pelo Ministério Público Federal com apoio do Movimento Socioambiental S.O.S Encontro das Águas. No Amazonas, o único Porto público que se tinha foi privatizado, provocando profundo estrangulamento na logística de exportação do Pólo Industrial de Manaus. Além de se registrar também uma estrutura aeroportuária que não atende a demanda da indústria local. Somos a favor da construção do modal desde que não seja nas imediações do nosso Encontro das Águas e se optarem por um outro local, que se respeitem rigorosamente a legislação pertinente.

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