quinta-feira, 12 de agosto de 2010

FLAGRANTE DA LUTA PELO TOMBAMENTO DO ENCONTRO DAS ÁGUAS

Militantes e pesquisadores do Movimento S.O.S Encontro das Águas organizaram ontem (11) mais um dia de campo, desta vez, acompanhados de representantes da imprensa nacional para documentar e conferir as ações impactantes que sofrem tanto o Lago do Aleixo quanto o Encontro das Águas, ambos pratrimônio do povo do Amazonas com usufruto dos comunitários da Colônia Antonio Aleixo e demais comunidades, que integram esse complexo de moradores da Zona Leste de Manaus, capital do Amazonas.


Na opotunidade documentamos a presença de moradores festejando aniversário numa ponta de praia do Lago do Aleixo acompanhado de um gostoso peixe assado. Manifestação esta que mostra a estreita relação do povo com esse patrimônio tão violentado pela expansão dos projetos do Pólo Industrial de Manaus, como também pelas ações dos governos irresponsáveis.


O flagrante registra adutora construída com verba do PAC/Governo Federal, com justificativa de atender os moradores da Zona Leste e Norte de Manaus relativo à distribuição de água e, nas proximidades, a 400 metros, tendo por referência o barco em cena, a localização do pretenso Porto que a Mineradora Vale, por meio de sua controlada, Log In Logística Intermodal S/A, pretende construir no complexo do Encontro das Águas, na "boca de baixo" do Lago do Aleixo. Como se diz: a desgraça do capital quando chega vem a galope trazendo onda de morte e depredação. Assim, historicamente, tem sido as políticas de "desenvolvimento" na nossa Amazônia.


Eis a adutora financiada pelo PAC com a soma de 22o milhões, avançando sobre o Rio Negro com uma extensão de 700 metros, sujando a paisagem do Encontro das Águas e inviabilizando, por sua vez, a construção do pretenso Porto da Vale. Pois, ao bom senso os projetos são incompatíveis não só com o meio ambiente, como também com a qualidade de vida dos moradores do em torno. Por tudo isso é necessário que os brasileiros levantem a sua voz e grite pelo Tombamento do Encontro da Águas, exigindo que o Ministério da Cultura e do Meio Ambiente determinem o seu reconhecimento como Patrimônio Natural e Cultural, em respeito ao povo da Amazônia e do Brasil.

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