segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A CHINA E A ECONOMIA NO MUNDO

Juscélia Castro (*)

O governo forte e centralizado chinês se opõe veementemente a qualquer envolvimento internacional e insiste na política de uma “China única”. Há décadas esse país tem mantido a sua moeda Yuan desvalorizada e favorecendo o crescimento de sua economia com as suas exportações.

O gargalo de outros países que integram o bloco econômico mundial, G 20, está aí, nessa forte imposição chinesa em fazer acordos financeiros, gerando uma forte inflexibilidade desse tigre asiático, que está devorando todos a sua volta e deixando a mercê o poderio europeu, americano e economias emergentes como a brasileira.

A grande muralha chinesa, patrimônio da humanidade, literalmente tornou-se uma barreira quase intransponível politicamente. O governo asiático exerce uma forçada imposição econômica, o que gera um silenciamento interno frente ao descontrole da economia internacional.

Essa imposição tem uma corrente histórica influente, como ocorreu entre as suas diversas dinastias, vale destacar a Dinastia Qin, ocorrida no início da China imperial, a qual foi marcada por uma ascensão social e econômica próspera em detrimento de divergências com outros países.

O caráter espiritual é tido como fator influenciável no comportamento dos chineses. O confucionismo é uma doutrina espiritual milenar e acredita na educação como forma de amenizar os conflitos interpessoais existentes e trazer prosperidade ao seu povo, hoje o confucionismo urbano é praticado por vários países e a atitude chinesa no mercado financeiro internacional, é uma ampliação desse conhecimento enraizado por gerações. Eis uma prova clara do quanto a educação é importante no fortalecimento político de um país.

O presidente Obama declara que o crescimento de um país não pode ocorrer à custa de outros. Levando-se em conta a história dos povos, os EUA estão tomando um discurso hipócrita e paradoxo com a sua realidade histórica, haja vista, que eles montaram a sua potência econômica em detrimento da pobreza de outros países, o nosso Brasil faz parte dessa gama explorada pelos americanos e europeus.

Será que a antiga Lei de Talião, “Olho por olho e dente por dente” ainda se faz presente na atualidade? Bem, deixando o misticismo de lado, mas alguma verossimelhança aí deve existir, as comunidades americanas e européias estão pagando caro. Pena que o Brasil fica vulnerável nesse jogo cruzado. Mais uma vez, o sonho em ter um carro, terá que ser adiado por muitos brasileiros, pois com o IOF (índice de operações financeiras) de 6% a situação do brasileiro ficou preta! Mas não percamos a esperança de um futuro melhor, como diz aquele velho e atual jargão, “brasileiro não desiste nunca”.

(*) É administradora e colaboradora do NCPAM/UFAM.

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