domingo, 26 de dezembro de 2010

QUE NÃO NOS FALTE A ESPERANÇA

A viaje, seja ela qual for, exige dos passageiros paciência, tolerância, compreensão e, sobretudo, destino certo para que todos possam vislumbrar onde se pretende chegar. Por aqui, nesta época, os caminhos têm sido tortuosos tanto nos palácios como nos aeroportos, deixando os viajantes enfadados, sem alternativas de opção, quando se trata do exercício do pleno Direito de mobilidade tanto nas cidades como nos céus do Brasil.

Dos aeroportos temos notícias do descaso das companhias aéreas e da falta de infraestrutura que causam o sacrifício dos passageiros. Nas cidades, especialmente em Manaus, o transporte coletivo se transformou numa praga social que perturba a todos somado com a indiferença dos ordinários do lugar.

Não bastasse ainda, a grande expectativa da viagem que vem sendo planejada pelos governantes eleitos. No momento, eles estão negociando e definindo os nomes para juntos levantar vôo em determinada direção. De forma equivocada, os eleitos em vez de escolher os seus auxiliares de acordo com habilidade e competência técnica, como se faz normalmente, passam a escolher de acordo com as conveniências das oligarquias dos partidos, aumentando muito mais os perigos de turbulência.

Em Brasília procurou-se escolher o primeiro escalão. No Amazonas, o governo eleito continua batendo sola e até agora não apresentou a sociedade os seus novos auxiliares diretos. Como se trata de um governo extensionista é provável que nada se mude no quartel dos Aziz, permanecendo a equipe dirigente do ex-governador Eduardo Braga.

Janeiro e fevereiro é o momento oportuno para se definir o segundo escalão e tal negociação se dá sob a composição da escolha da mesa da Câmara, do Senado e das Assembléia Estaduais. Tanto aqui como em Brasília o puxa-encolhe se caracteriza pela mesmice das proposituras. Pois, os futuros governantes não apresentaram até agora o seu plano de voo para que os passageiros pudessem avaliar a seguridade do voo e muito menos onde querem chegar.

Por conseqüência pode-se avaliar que o processo de governança será um tanto quanto perturbado para os brasileiros e amazonense nesses primeiros meses, correndo o risco de ajuste em pleno ar. Fala-se do Amazonas porque a ação do governo federal no Estado é determinante para o ordenamento econômico da região devido o pleno funcionamento do projeto Zona Franca de Manaus com rendimento anual de mais de 50 bilhões de reais.

Espera-se, contudo, que o governo Omar Aziz saiba gestar os tributos decorrentes deste projeto formulando políticas públicas que venham qualificar as ações em benefício direto a população tanto na capital quanto no interior do Estado.

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