quinta-feira, 30 de abril de 2009

FARSA E REALIDADE

O senso comum adverte: quando a esmola é demais até o santo desconfia. A empresa Log-In Logística Intermodal à frente do projeto de construção do Porto das Lajes, buscando aliciar os manauaras menos atentos aos impactos pesticidas da pretensa construção do Porto, na confluência do Encontro das Águas, resolveu investir na mídia eletrônica, gerando imagem virtual sobre a idealização do empreendimento ancorada numa prática ecologicamente correta. No entanto, a farsa se desfaz quando confrontada com a realidade dos fatos descritos no EIA/RIMA: ”trata-se de um complexo portuário denominado Porto das Lajes, a ser implantado em área localizada próxima ao Distrito Industrial de Manaus, com cerca de 800 metros na margem esquerda do Rio Amazonas. O futuro complexo portuário terá instalações na Retroárea suficientes e adequadas à operação de um Terminal de Contêineres (Carga Geral)”.

A realidade do EIA/RIMA, objeto de avaliação pública, faz cair à máscara dos farsantes desvelando a verdade dos fatos: “O cais flutuante será composto de 04 (quatro) flutuantes de 65 metros de comprimento e 30,00 metros de largura (boca) e 4,00 metros de altura (pontal) cada um, perfazendo uma extensão total de 260,00 metros. O tabuleiro do cais, composto pelos conveses dos flutuantes, terá estrutura ortotrópica [...]. O sistema de ancoragem do cais terá quatro linhas por flutuante. Cada linha será composta de amarra, sendo talingada a uma poita em concreto/aço. Na extremidade oposta. Cada linha será tracionada por um molinete do tipo de tensão constante [...]. Consta também “a construção de duas pontes (Pontes I e II), que farão parte do sistema da vias de acesso. Estas serão construídas em aço de alta resistência. Serão também dotadas de aparelhos de apoio e dispositivos de segurança fixada às mesmas e no bloco de concreto (lado em terra) e nos flutuantes de apoio de cada uma delas. “Cada uma das duas pontes terão um vão de 65 metros, dupla faixa de tráfego, com 7 metros de largura total de pistas e passarelas laterais para pedestres com largura de 1,20 metros”. Eis a morte anunciado do nosso Encontro das Águas.

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