Na sexta-feira (12), os arqueólogos presentes no Sítio das Lajes, Helena Lima e Raoni Vale, com vasta experiêcia de campo, ficaram impressionados com os achados na Área do Centro de Projetos e Estudos Ambientais do Amazonas (CEPEAM) que é um dos principais parceiros do Movimento S.O.S. Encontro das Aguas. De forma preliminar buscaram comparar com outras referências de campo como em Rio Branco, Negro, Içana, Urubu, Presidente Figueiredo e Itacoatiara. Mas, as gravuras podem abrigar em si a sua própria singularidade o que requer estudo e atenção das políticas públicas, visando garantir a integridade do Sítio das Lajes inserido no complexo do Encontro das Águas, como manifestação da responsabalidade dos Agentes Públicos formuladores de políticas de proteção e conservação do Patrimônio Cultural Brasileiro, que muito tem haver com a nossa história e diversidade cultural. As formas impressas nas pedras das Lajes, segundo Raoni, podem ser representações mitológicas significando metalinguagem integrada a um determinado sistema de comunicação relacional ou mítico cosmológico. O certo é que os especialistas numa prática transdisciplinar têm muito a estudar para compreender estes signos e os seus campos semânticos numa perspectiva de se analisar o processo histórico que acelerou o genocídio e o etnocídio dos indígenas das Américas, relevando, sobretudo, a resistência desses povos.
A Ponta das Lajes, assim conhecida na tradição oral manaura, é um grande lajeiro, que abriga no seu interior pequenas caverna, que possivelmente serviram de abrigos e refúgios para os povos milenares habitantes da região Amazônica. A grande seca do rio negro deste ano, permitiu que os pesquisadores do Movimento S.O.S. Encontro das Águas pudessem verticalizar suas ações orientadas pela força da tradição, visando encontrar sinais identitários tão presentes nas narrativas dos pescadores e ribeirinhos, que tem as Lajes como lugar da desova dos jaraquis, um dos ícones da culinário manauara, com forma específica e singular trazendo em sua cauda as cores do nosso Encontro da Águas: o preto e amarelo. Essas formas de saber, objeto de estudo de Valter Calheiros, encontram-se nas histórias de ocupação e na própria trajetória de vida desses homens e mulheres que habitam o complexo do nosso Encontro das Águas tais como Careiro, Colônia Antonio Aleixo, Puraquequara, Mauazinho, Terra Nova, Cambixe, Jatuarana, Catalão, Marapatá, entre outros.
A arqueóloga Helena Lima e o Arqueólogo Raoni Vale discutem com o pesquisador fotógrafo do Movimento S.O.S. Encontro das Águas, Valter Calheiros (ao centro), as gravuras rupestres identificadas no Sítio das Lajes, quanto à forma e seus traços. Calheiros há mais de 5 anos pesquisa a etnohistória das comunidades do em torno do Encontro das Águas com objetivo de resgatar o modo cultural desses agentes, que se relacionam diretamente com o rio e a floresta. Nessa lida, o pesquisador não só fotografa o cotidiano, mas documenta também as narrativas que povoam o universo cultural dessa gente representado por meio dos encantados e da materialidade de suas formas tão bem expressas no grafismo, petróglifos e nas representações antropomórficas e zoomórficas encontradas no Sítio das Lajes, na Zona Leste de Manaus, integrando o complexo sistema do Encontro das Águas dos rio Negro e Solimões, onde nasce o Rio Amazonas, em terra brasileira.
A repercussão da pesquisa dos agentes do Movimento S.O.S Encontro das Águas vem despertando interesse das agências de notícias focadas nos estudos científicos voltadas à etnohistória da Amazônia. Em destaque, a equipe de reportagem da National Geographic, que se fez presente no Sítio das Lajes para documentar as representações rupestres dos povos indígenas, que habitam milenarmente este território Amazônico, em particular na região do Rio Negro na confluência do nosso Encontro das Águas. Registra-se também a reportagem da revista norte-americana Science Magazine e da Revista Época, no Brasil, bem como outras matérias jornalísticas postadas nos grandes meios de comunicação. Na foto, o repórter da National Geographic entrevistando a arqueóloga Helena Lima, da Universidade Federal do Amazonas e o arqueólogo Raoni Vale, da Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.
Fotos: Do pesquisador e fotógrafo Valter Calheiros.
A Ponta das Lajes, assim conhecida na tradição oral manaura, é um grande lajeiro, que abriga no seu interior pequenas caverna, que possivelmente serviram de abrigos e refúgios para os povos milenares habitantes da região Amazônica. A grande seca do rio negro deste ano, permitiu que os pesquisadores do Movimento S.O.S. Encontro das Águas pudessem verticalizar suas ações orientadas pela força da tradição, visando encontrar sinais identitários tão presentes nas narrativas dos pescadores e ribeirinhos, que tem as Lajes como lugar da desova dos jaraquis, um dos ícones da culinário manauara, com forma específica e singular trazendo em sua cauda as cores do nosso Encontro da Águas: o preto e amarelo. Essas formas de saber, objeto de estudo de Valter Calheiros, encontram-se nas histórias de ocupação e na própria trajetória de vida desses homens e mulheres que habitam o complexo do nosso Encontro das Águas tais como Careiro, Colônia Antonio Aleixo, Puraquequara, Mauazinho, Terra Nova, Cambixe, Jatuarana, Catalão, Marapatá, entre outros.
A arqueóloga Helena Lima e o Arqueólogo Raoni Vale discutem com o pesquisador fotógrafo do Movimento S.O.S. Encontro das Águas, Valter Calheiros (ao centro), as gravuras rupestres identificadas no Sítio das Lajes, quanto à forma e seus traços. Calheiros há mais de 5 anos pesquisa a etnohistória das comunidades do em torno do Encontro das Águas com objetivo de resgatar o modo cultural desses agentes, que se relacionam diretamente com o rio e a floresta. Nessa lida, o pesquisador não só fotografa o cotidiano, mas documenta também as narrativas que povoam o universo cultural dessa gente representado por meio dos encantados e da materialidade de suas formas tão bem expressas no grafismo, petróglifos e nas representações antropomórficas e zoomórficas encontradas no Sítio das Lajes, na Zona Leste de Manaus, integrando o complexo sistema do Encontro das Águas dos rio Negro e Solimões, onde nasce o Rio Amazonas, em terra brasileira.
A repercussão da pesquisa dos agentes do Movimento S.O.S Encontro das Águas vem despertando interesse das agências de notícias focadas nos estudos científicos voltadas à etnohistória da Amazônia. Em destaque, a equipe de reportagem da National Geographic, que se fez presente no Sítio das Lajes para documentar as representações rupestres dos povos indígenas, que habitam milenarmente este território Amazônico, em particular na região do Rio Negro na confluência do nosso Encontro das Águas. Registra-se também a reportagem da revista norte-americana Science Magazine e da Revista Época, no Brasil, bem como outras matérias jornalísticas postadas nos grandes meios de comunicação. Na foto, o repórter da National Geographic entrevistando a arqueóloga Helena Lima, da Universidade Federal do Amazonas e o arqueólogo Raoni Vale, da Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.
Fotos: Do pesquisador e fotógrafo Valter Calheiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário