terça-feira, 3 de março de 2009

É O FIM DO PSDB

Orlandeli - http://blogdoorlandeli.zip.net/
Em Brasília, o carnaval continua em marcha. E os parlamentares continuam cantando “mamãe em quero...”. Dessa vez os foliões congressistas partiram para consultar os oráculos palacianos quanto às eleições de 2010. Uns mais animados acreditam que o PMDB deve dar as cartas do jogo e deixar de dissimulação. Outros pensam que o partido ganha muito mais na execução do orçamento dos ministérios e outras articulações não convencionais do que à frente da presidência da república.

No entanto, todos são unânimes em defender a participação direta do PMDB nas eleições para presidência da república, satisfazendo-se até mesmo com a vice-presidência. E o Jarbas Vasconcelos como fica no Game? Será que vão tentar silenciá-lo e desqualificá-lo por ser um dos agentes da candidatura do Serra (PSDB) a presidência?

Os foliões estão à solta preocupam-se com a saúde do vice-presidente José Alencar, porque em caso de fatalidade, quem assumiria a presidência da república se o Deputado Temer (PMDB) for o escolhido do palácio para ser o vice da Dilma? Será que irão respeitar a ordem constitucional? Nesse caso, o PMDB deve fazer valer o que prescreve a Constituição Federal, dando Sarney na cabeça em dobradinha com Lula. Na verdade mais Sarney porque o Lula estará em campanha pelos sertões do Brasil.

O jogo tem sido jogado com muita astúcia e pouca virtude. O Lula tem recorrido aos grotões provincianos do norte e nordeste para empinar a Dilma como candidata palaciana, contrariando os iluminados do PT. Mas, se até junho os índices não forem favoráveis, o PMDB deve entrar em cena, obliterando a vontade imperial.

Mas, a disputa ferrenha está se dando em São Paulo, base de sustentação do PSDB, onde tanto o PT como O DEM e uma das alas do PMDB batem cabeça para definir a candidatura ao governo de São Paulo. O fato é que as prévias que O PSDB vão fazer por todo o Brasil ampliam o raio de ação do partido, mas pode fragilizar o seu principal território que é São Paulo, favorecendo avanço das forças aliadas ao governo Lula.

Ora, o governo deve remover todo entrave, que ainda haja entre os aliancistas para assegurar a vitória de seu candidato em São Paulo. Trocas reais e simbólicas estão sendo negociadas, visando à derrota do candidato do PSDB. Consumada a vontade palaciana, o PSDB estará reduzido ao um partido provinciano, morto. E a eleição do Serra? Será que pode vir a ser a locomotiva capaz de atropelar a plasticidade da terna Dilma? O que se sabe é que “as águas vão rolar” e o sopro da fortuna pode agraciar os partidos com maior densidade eleitoral e organização partidária
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