Ademir Ramos*
O espírito de porco encarnado nos testas de ferros da empresa Lajes Logística S/A, ungida, inicialmente, pela Superintendência da Zona Franca de Manaus e avalizada pelo Governador do Amazonas, Eduardo Braga, partiram para ignorância, agredindo os concorrentes e oferecendo alta propina para agentes comunitários da Colônia Antonio Aleixo, que quiserem participar das tramóias contra o Comitê Gestor das Comunidades do Lago do Aleixo, para deslegitimá-lo frente ao Ministério Público Federal e Estadual, bem como frente à Corte de Justiça do Estado.
Para esse fim, a empresa, através de seu diretor Laurits Hansen, resolveu “criar uma associação dos moradores da Colônia Antônio Aleixo e auxiliar até mesmo na concepção jurídica desta instituição.” Como se não bastasse, explica o próprio Hansen, eles bancaram também toda a documentação cartorial, porque “não havia documentos, atas nem registros jurídicos válidos dessa entidade.”
Sabe-se também, que os endiabrados irão partir para as retaliações, tentando desqualificar as lideranças comunitárias e seus parceiros, distribuindo nos cultos religiosos cartas anônimas difamatórias contra religiosos evangélicos e católicos, lideranças sociais e intelectuais, que atuam no movimento SOS Encontro das Águas, visando à desmoralização desses atores junto às suas comunidades. Tudo indica que irão se valer de uma tropa de choque muito bem paga para executar seus planos.
Enquanto isso, o top de linha da Companhia Vale do Rio Doce, Sérgio Gabizo, que se encontra à frente da empresa faz de conta, Lajes Logística S/A, ataca os meios de comunicação de massa, tentando convencer os menos atentos, da viabilidade do projeto, alegando ser um empreendimento ecologicamente correto com adereços, que não passam de brilho a reluzir na escuridão da mentira e no antro da corrupção do mercado, representando muito mais trapaças do que realidade sustentável.
O fato é que esses homens estropiados pelo feitiço do ouro verde, dos nossos rios e florestas, entraram em parafuso. E passaram a andar em círculo, sem entender o que se passa, dando tiro uns nos outros. E tudo indica que o silêncio do governador do Amazonas (boca do abiu) já é um sinal de que a corda está ruída e logo deverá quebrar, derrubando dos altares os santos milagreiros, que prometeram facilidades para os aventureiros. O primeiro sinal vem da Fundação Amazônia Sustentável, que em nota oficial a nossa Editoria, desqualificou o projeto de construção do Porto das Lajes, posicionando-se contrária ao empreendimento. Para quem não sabe, está Fundação é cria legítima do governador Eduardo Braga, para fins múltiplos com todos sabem.
O banzeiro aumentou porque o sopro dos pajés irritou as águas do encontro dos rios Negro e Solimões, pondo água no batelão dos empresários das Lajes. Para os pajés indígenas do rio Negro, eles correm um grande risco, porque estão ameaçando violar o túmulo do guerreiro Ajuricaba e, segundo eles, é muito mais sensato baterem em retirada, imediatamente, antes que a praga tome conta de suas almas e os espíritos se armem para matá-los.
Conta os velhos, segundo Antonio Brandão de Amorim (Lendas em Nheengatu e em Português) que: um dia, toda gente ouviu para banda de onde sai o sol, um estrondo grande que fez a terra tremer. Um pajé velho que estava ai, riu gostoso, depois disse: quem sabe, amanhã mesmo já chegam os comedores de gente que pintam na minha sombra. Seus companheiros estavam junto dele, ouviram, perguntaram logo que novidade ele via. Ele respondeu: já duas luas há que eu vejo por meio da minha sombra gente que tem costume feio subindo este rio. Eles comem gente como onça. Imediatamente, contam, seus companheiros, perguntaram dele o que era bom fazer diante dessa gente. O pajé respondeu: vocês esfreguem bem uirari nos curabis para não deixarem vivo quem eles espetarem. Homens, mulheres, todos hão de combater. Ninguém há de correr diante do inimigo, havemos de matar todos eles... (Kukuhy).
A narrativa mítica exalta o orgulho tribal dos descendentes de Ajuricaba, mito fundador das terras dos Manaós, prometendo combater com afinco a defesa de sua gente contra o povo devorador, que é capaz de destruir a natureza para beneficio próprio e de corporações transnacionais. Contra essa gente-onça, oportunista e traiçoeira... “ninguém há de correr diante do inimigo, havemos de matar todos eles”, vencendo nas argumentações e no convencimento dos operadores do direito quanto à relevância do valor ambiental, cultural e histórico acima dos interesses de mercado porque na Amazônia, a natureza é nossa cultura, sem ela, somos todos peixes fora d’água.
A Febre que Contagia
O governo paulista cogita ressuscitar o projeto de construção de um porto no município de Peruíbe, no Litoral Sul do estado. O primeiro a defender o projeto foi o empresário Eike Batista, que pretende investir 2 bilhões de dólares no que chamou de Porto Brasil. A Veja informa também que o plano foi abortado em razão da crise econômica e de problemas fundiários da área, localizada em frente a uma aldeia indígena guarani. Agora, o projeto pode ser desengavetado por Claudio Vaz, presidente da recém-criada Investe São Paulo, a agência de desenvolvimento do estado. Vaz acredita que a Petrobras só irá explorar as jazidas da Bacia de Santos a partir de São Paulo se tiver um porto exclusivo no estado, e Peruíbe é um dos poucos lugares disponíveis.
NB. Em reconhecimento ao escritor Tenório Telles por seu compromisso com a nossa cultura.
O espírito de porco encarnado nos testas de ferros da empresa Lajes Logística S/A, ungida, inicialmente, pela Superintendência da Zona Franca de Manaus e avalizada pelo Governador do Amazonas, Eduardo Braga, partiram para ignorância, agredindo os concorrentes e oferecendo alta propina para agentes comunitários da Colônia Antonio Aleixo, que quiserem participar das tramóias contra o Comitê Gestor das Comunidades do Lago do Aleixo, para deslegitimá-lo frente ao Ministério Público Federal e Estadual, bem como frente à Corte de Justiça do Estado.
Para esse fim, a empresa, através de seu diretor Laurits Hansen, resolveu “criar uma associação dos moradores da Colônia Antônio Aleixo e auxiliar até mesmo na concepção jurídica desta instituição.” Como se não bastasse, explica o próprio Hansen, eles bancaram também toda a documentação cartorial, porque “não havia documentos, atas nem registros jurídicos válidos dessa entidade.”
Sabe-se também, que os endiabrados irão partir para as retaliações, tentando desqualificar as lideranças comunitárias e seus parceiros, distribuindo nos cultos religiosos cartas anônimas difamatórias contra religiosos evangélicos e católicos, lideranças sociais e intelectuais, que atuam no movimento SOS Encontro das Águas, visando à desmoralização desses atores junto às suas comunidades. Tudo indica que irão se valer de uma tropa de choque muito bem paga para executar seus planos.
Enquanto isso, o top de linha da Companhia Vale do Rio Doce, Sérgio Gabizo, que se encontra à frente da empresa faz de conta, Lajes Logística S/A, ataca os meios de comunicação de massa, tentando convencer os menos atentos, da viabilidade do projeto, alegando ser um empreendimento ecologicamente correto com adereços, que não passam de brilho a reluzir na escuridão da mentira e no antro da corrupção do mercado, representando muito mais trapaças do que realidade sustentável.
O fato é que esses homens estropiados pelo feitiço do ouro verde, dos nossos rios e florestas, entraram em parafuso. E passaram a andar em círculo, sem entender o que se passa, dando tiro uns nos outros. E tudo indica que o silêncio do governador do Amazonas (boca do abiu) já é um sinal de que a corda está ruída e logo deverá quebrar, derrubando dos altares os santos milagreiros, que prometeram facilidades para os aventureiros. O primeiro sinal vem da Fundação Amazônia Sustentável, que em nota oficial a nossa Editoria, desqualificou o projeto de construção do Porto das Lajes, posicionando-se contrária ao empreendimento. Para quem não sabe, está Fundação é cria legítima do governador Eduardo Braga, para fins múltiplos com todos sabem.
O banzeiro aumentou porque o sopro dos pajés irritou as águas do encontro dos rios Negro e Solimões, pondo água no batelão dos empresários das Lajes. Para os pajés indígenas do rio Negro, eles correm um grande risco, porque estão ameaçando violar o túmulo do guerreiro Ajuricaba e, segundo eles, é muito mais sensato baterem em retirada, imediatamente, antes que a praga tome conta de suas almas e os espíritos se armem para matá-los.
Conta os velhos, segundo Antonio Brandão de Amorim (Lendas em Nheengatu e em Português) que: um dia, toda gente ouviu para banda de onde sai o sol, um estrondo grande que fez a terra tremer. Um pajé velho que estava ai, riu gostoso, depois disse: quem sabe, amanhã mesmo já chegam os comedores de gente que pintam na minha sombra. Seus companheiros estavam junto dele, ouviram, perguntaram logo que novidade ele via. Ele respondeu: já duas luas há que eu vejo por meio da minha sombra gente que tem costume feio subindo este rio. Eles comem gente como onça. Imediatamente, contam, seus companheiros, perguntaram dele o que era bom fazer diante dessa gente. O pajé respondeu: vocês esfreguem bem uirari nos curabis para não deixarem vivo quem eles espetarem. Homens, mulheres, todos hão de combater. Ninguém há de correr diante do inimigo, havemos de matar todos eles... (Kukuhy).
A narrativa mítica exalta o orgulho tribal dos descendentes de Ajuricaba, mito fundador das terras dos Manaós, prometendo combater com afinco a defesa de sua gente contra o povo devorador, que é capaz de destruir a natureza para beneficio próprio e de corporações transnacionais. Contra essa gente-onça, oportunista e traiçoeira... “ninguém há de correr diante do inimigo, havemos de matar todos eles”, vencendo nas argumentações e no convencimento dos operadores do direito quanto à relevância do valor ambiental, cultural e histórico acima dos interesses de mercado porque na Amazônia, a natureza é nossa cultura, sem ela, somos todos peixes fora d’água.
A Febre que Contagia
O governo paulista cogita ressuscitar o projeto de construção de um porto no município de Peruíbe, no Litoral Sul do estado. O primeiro a defender o projeto foi o empresário Eike Batista, que pretende investir 2 bilhões de dólares no que chamou de Porto Brasil. A Veja informa também que o plano foi abortado em razão da crise econômica e de problemas fundiários da área, localizada em frente a uma aldeia indígena guarani. Agora, o projeto pode ser desengavetado por Claudio Vaz, presidente da recém-criada Investe São Paulo, a agência de desenvolvimento do estado. Vaz acredita que a Petrobras só irá explorar as jazidas da Bacia de Santos a partir de São Paulo se tiver um porto exclusivo no estado, e Peruíbe é um dos poucos lugares disponíveis.
NB. Em reconhecimento ao escritor Tenório Telles por seu compromisso com a nossa cultura.
Um comentário:
marolinha do governo lula, seu comentpario sobre a crise global no Brasil!
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