sexta-feira, 11 de setembro de 2009

SENSAÇÃO TÉRMICA DE 45ºC EM MANAUS



Depois de sofrer enchente recorde em julho, Manaus e mais três cidades da região metropolitana (Iranduba, Manacupuru e Novo Airão) enfrentam uma estiagem atípica, com o surgimento de incêndios florestais e sensação térmica de calor de 45 graus. Na capital, a população sofre com uma extensa cobertura de fumaça por causa das queimadas.

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) diz que há 30 dias não chove. Uma das causas é o fenômeno El Niño, que é o aquecimento das águas do oceano Pacífico.
O meteorologista Veríssimo Farias de Assis, chefe do 1º Distrito do Inmet, afirma que, além do El Niño, contribuem para a falta de chuvas a poeira, que é causada pelas obras da construção civil, os gases dos veículos e as queimadas.

"O El Niño inibe as chuvas, e os gases aumentam a temperatura da atmosfera, não permitindo que as massas mais frias cheguem até Manaus", disse.

Até quinta-feira (10), o Corpo de Bombeiros havia combatido 156 incêndios em áreas florestais (particulares e públicas) só neste mês, contra 22 no mesmo período de 2008. De janeiro a agosto foram 443 incêndios contra 226 do mesmo período do ano passado.
Com vegetação muito seca e umidade relativa do ar baixa (em torno de 30%), as folhas viram combustível para o fogo. É nesse período que a população faz as roças e limpa terrenos por meio das queimadas --a prática é proibida por legislação ambiental.

O ecólogo Carlos Durigan afirmou que de julho a outubro há pouca chuva. Mas o que ocorre neste ano, segundo ele, é uma estiagem atípica agravada pelas queimadas. "A floresta tem a propriedade de não liberar calor. Mas, se existe queimadas, a situação é agravada", disse Durigan, gerente-executivo da ONG Fundação Vitória Amazônica, que atua em projetos de preservação da floresta.

* da Agência Folha, em Manaus

NR. O momento é oportuno para se avaliar os danos ambientais e suas conseqüências na morada do homem no planeta. Manaus, reduzida a uma selva de pedra e asfalto, organizada em espaço verticalizado, torna-se enfadonha, contribuindo diretamente para o aquecimento global. Os governantes, em vez de verdejar a cidade, orgulham-se em destruir as florestas e poluir os rios em nome da modernidade, satisfazendo-se os trouxas com propaganda oficial, enganando a si e aos menos atentos. Enquanto isso, a barbárie urbana impera embrutecendo os homens e estropiando os próprios governantes que passam a delirar com modelos transplantados tais como a “Paris dos Trópicos”, “a Miami da Selva” e outros papeis de paredes que muito contribuem para a leseira dos políticos e dos ordinários do lugar.

Nenhum comentário: