quinta-feira, 24 de setembro de 2009

SUFRAMA, AVANÇOS E MANOBRAS


BELMIRO VIANEZ FILHO*

Os acertos e avanços da Superintendência da Zona Franca de Manaus podem ser uma alternativa de explicação para a onda de perseguição e questionamentos que se voltou contra a direção da autarquia, alvo histórico da cobiça de políticos e aventureiros de plantão. As insinuações e injúrias sugerem a segunda etapa de um jogo de fisiologia que promete prorrogação e que tentou recentemente alijar da direção a economista Flávia Grosso, em nome da questionável rotatividade entre os Estados da Amazônia Ocidental que fazem parte da área de influência dessa agência. O jogo, portanto, é obscuro e maroto, conta com destacados atores locais, movidos por interesses tacanhos do oportunismo político. Por isso se impõe a mobilização de todos aqueles que fazem parte dessa empreitada cívica em favor do desenvolvimento regional, empreendedores, entidades, a mídia e demais instituições sociais.

Não buscamos aqui incensar personalidades nem anistiar seus eventuais descuidos ou delonga na tomada de decisão, frutos das dificuldades e pressões vividas permanentemente pelo modelo. Temos alertado para a necessidade de maior vigilância sobre os riscos que a conjuntura nacional nos impõe com reforma tributária, o boicote ao pólo de bioindústria, liberação da indústria eletro-eletrônica em outros estados e a legalização do contrabando paraguaio... para citar alguns, além do gargalo logístico que exigiria um posicionamento mais veemente do governo federal/Suframa para atender as demandas do pólo industrial no setor. São linhas de frente de uma batalha que não é só da Suframa, obviamente, e que precisa congregação maior de esforços e foco dos envolvidos.

As entidades representativas dos diversos segmentos da economia e da força de trabalho jamais tiveram tanta abertura e oportunidades de manifestação e participação como na atual gestão da autarquia. A visão de futuro que hoje permeia seus propósitos e projetos é, em parte, um bendito fruto desse convite de gestão participativa. Redução cada vez maior da política de incentivos com a crescente adoção e aproveitamento dos insumos locais, que vai ser potencializada na consolidação do pólo de bioindústria e pólo gás-químico, e o aporte de recursos na qualificação técnica e inovação tecnológica... são alguns dos indicadores dessa caminhada vitoriosa, sob o critério rigoroso do interesse local e regional... o resto é futrica, uma questão menor, do tamanho de seus promotores.

(*) É empresário e membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Amazonas.

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