domingo, 11 de abril de 2010

EM DISCUSSÃO A DESTINAÇÃO DO LIXO DA INDÚSTRIA DE MANAUS

Em discurso pronunciado no Senado, na sexta-feira (9), o líder tucano Arthur Neto registrou sua satisfação com a boa notícia de que há esboço de projeto a ser executado a partir do próximo ano, para que, até 2015, o lixo industrial do Pólo Insdustrial de Manaus (PIM) deixe de representar riscos para o meio ambiente.

“Com isso – disse – Manaus e seu Pólo Industrial vão dar mais um notável exemplo no que se refere ao processamento de resíduos das fábricas. O PIM, informa-se, gera diariamente quase 700 toneladas de resíduos, das quais cerca de 140 são de resíduos perigosos, que podem causar danos à saúde da população.”

O senador acrescentou que esta semana a Suframa promoveu mais uma reunião técnica em conjunto com o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, o IPAAM, além de representantes das fábricas instaladas no Pólo Industrial, para tratar do projeto, para o qual o governo do Japão destinou US$ 2 milhões.

O problema do lixo industrial, segundo o senador, vem há tempos preocupando a população, pois uma parte é depositada no aterro municipal, ampliando os problemas existentes, incluindo riscos para populações pobres que tentam sobreviver na chamada garimpagem desses detritos. O aterro não está preparado para receber esse tipo de lixo.

OS FATOS

O lixo industrial do PIM, sem nenhum tratamento vem sendo depositado nos igarapés que circulam em seu entorno e até hoje a Superintencia da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) não tomou providências e muito menos cumpre o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) imposto pelo Ministério Público Estadual. Não satisfeita, a SUFRAMA, com o aval do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, resolveu ampliar o PIM, permitindo a construção de indústria pesada às margens do Lago do Aleixo, provocando danos ambientais que até hoje não foram reparados. A lógica dominante é que a proteção do meio ambiente deve ser relativizada em favor dos empregos oferecidos aos famintos do Amazonas. Dessa feita, literalmente, os fins justificam os meios é o canto que se houve nessas paragens seguido de vultoso investimento na mídia mostrando o verde da floresta tropical como resultado das políticas públicas.

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