terça-feira, 13 de abril de 2010

VERGONHA PARA CULTURA NACIONAL

Luiz Fernando de Almeida, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), veio a Manaus para sobrevoar o Encontro das Águas. O Ato se deu na manhã dessa terça-feira (13) depois que ele concedeu entrevista à imprensa local no aeroclube da cidade, falando do investimento que o órgão está fazendo para cumprir a Liminar da Justiça Federal, exigindo do IPHAN o Tombamento provisório desse monumento que muito significa para o povo do Amazonas.

O presidente do IPHAN deslocou-se de Belém do Pará, onde esteve visitando as obras de restauro do Programa Monumenta/IPHAN do Mercado Francisco Bolonha, que faz parte do complexo do Ver-o-Peso, assim como também a Igreja de Santana, no Centro Histórico de Belém. Da capital paraense veio para Manaus acompanhado do Diretor do Departamento do Patrimônio e Fiscalização do IPHAN de Brasília, Dalmo Vieira Filho, determinado a dialogar com o Ministério Público Federal, o que não tem sido feito pelo Superintendente local Juliano Valente.

Durante a entrevista no aeroclube de Manaus, o Superintendente foi questionado pela correspondente da Folha de S. Paulo, Katia Brasil, quanto à participação do ex-superintendente da SUFRAMA, José Alberto Machado, no vôo de reconhecimento da área, visto que esse profissional tem sido o garoto propaganda da empresa Lajes Logística S/A em defesa da construção do Porto das Lajes. O próprio Movimento S.O.S. formalizou em processo o indeferimento do nome desse profissional junto à Vara Especializada do Meio Ambiente e Questão Agrária da Justiça do Amazonas o que foi deferido nos autos pelo Dr. Adalberto Carim, desqualificando sua conduta como Consultorno processo de Inspeção Ambiental.

De imediato, o presidente do IPHAN se justificou alegando que iria ouvir todo mundo. Fato esse que não confere com a realidade porque o Superintendente do IPHAN do Amazonas, Juliano Valente, todas as vezes que marcou com as lideranças comunitárias do Aleixo não compareceu.

A presença do professor José Alberto Machado na comissão do IPHAN compromete a qualidade da avaliação que pretendia fazer o presidente do IPHAN porque esse profissional tem agido como lobista da empresa tanto aqui como em Brasília. E o mais estranho de tudo que o IPHAN não se valeu do capital científico do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, que é o órgão licenciador da matéria, manifestando total parcialidade no processo.

Certamente, que tal conduta além de viciada é abominável porque afronta a Justiça e desmoraliza o IPHAN, que para o povo brasileiro é um patrimônio institucional de salvaguarda da cultura nacional.

3 comentários:

Anônimo disse...

Tem gato na tuba!!!! O presidente do IPHAN vem a Manaus para tratar sobre o Tombamento do Encontro das Águas, não ouve o IPAAM,não dialoga com o Ministério Público, não conversa com os lideranças socioambientais do Movimento S.O.S Encontro das Águas, não recorre a Universidade Federal e nem tampouco a UEA. Nessa missão, seu único parceiro privilegiado foi o consultor da Lajes, José Alberto Machado,o garoto propagendo do Porto das Lajes, que junto com o presidente do IPHAN sobrevoou o Encontro das Águas. O pior é que o IPHAN fez isto públicamente frente aos holofotes da mídia, afrontando a Justiça e os homens de bem do Estado, desmoralizando também a política cultural do governo Lula que desde o início tem se pautado por um valor republicano, mas com essas atitudes irresponsáveis acenam muito mais para as corporações privadas do que para o interesse pública, que salvaguarde o nosso cartão postal que é ambientalmente e culturamente reconhecido pelo povo do Amazonas. O Lobby da Lajes (log-in) controlada da Vale tem sido poderoso tanto aqui em Manaus como em Brasília. Contudo, é bom que se diga que tal comportamento justifica as razões porque MPF/AM suspeita da conduta do IPHAN e por isso requer a participação de técncios especializados para monitorar o trabalho do IPHAN quanto o Tombamento do nosso Encontro das Ágaus. De olhos neles, pois a mentira tem pernas curtas, nesse caso a regra é: siga o dinheiro.

Ribeirinha do Encontro das Águas disse...

Será que alguém tem que falar em outro idioma para esses caras de pau, que eesa ideia de porto das Lajes na boca do Lago do Aleixo não tem futuro.Ninguém vai aceitar que esses forasteiros invasores se apropriem da boca do Lago,eles nunca tiveram terreno na margem do Encontro das Águas, esse local maltratado que eles cinicamente dizem que é deles, é a boca do Lago que alguns malfeitores aterraram criminosamente, e que vão ter que corrigir esse crime ambiental, é para isso que existe Justiça e Lei no Estado do Amazonas, e o povo confia na Justiça deste Estado.

Anônimo disse...

Atenção! autoridades competentes do Amazonas e do Brasil, os coronéis de barranco da atualidade, que são mal políticos, empresários corruptos, e outras espécies de canalhas, estão lastrando as áreas ribeirinhas da região do Encontro das Águas, margem do Lago do Aleixo, bairro Bela Vista, Puraquequara e adijacências, com portos clandestinos, é uma verdadeira patifaria o que está acontecendo no beiradão. Os ribeirinhos, coitados, não podem mais pescar um bom peixe para alimentar suas famílias, porque a beira do rio agora está toda empestiada com todo tipo de tralha desses bandidos que só querem enricar cada vez mais, ás custas da ilegalidade e impunidade. Tá na hora de por ordem nessa zorra!