sábado, 16 de outubro de 2010

FORTALEZA DA DEMOCRACIA

A disputa presidencial tem sido uma guerra de fatos e boatos. Muito mais de boatos do que fatos. Tudo para direcionar a escolha dos eleitores que pretendem escolher no dia 31 de outubro Dilma do 13 ou Serra 45. Nessa rinha do bem e do mal, os grandes temas e as propostas dos candidatos quanto à conjuntura nacional foram reduzidos as questões bizantinas sob as bençãos dos padres e pastores, que ainda tratam homens e mulheres no cabresto de uma fé institucional como rebanho tocado para as urnas tal como faziam no medievo em nome de Deus e da Sagrada Família.

No entanto, temos o dever de quebrar com esses encantamentos e chamar os homens e mulheres a racionalidade para decidir sob a luz de sua consciência em favor de um Brasil soberano fundamentado na livre participação dos cidadãos, visando o controle das coisas do Estado de forma republicana.

O maniqueísmo é a miséria dos homens, como bem ensinava Santo Agostinho. O bem e o mal na política é apenas estratégia para consolidar ou conquistar o poder de Estado e instrumentalizar em favor dos poderosos ou de um povo que não quer ser explorado e nem tampouco dominado por uma determinada classe, partido ou corporações privadas que insistem em negar os direitos coletivos em benefícios particulares.

Esta tensão na democracia é regulada pela força do Direito que pauta na liberdade de optar, bem como na responsabilidade da escolha. O eleitor consciente não deve aceitar o jogo do céu ou do inferno, pois assim agindo estará contestando o pensando dominante que por meio da mídia eletrônica cria os fantasmas para amedrontar o cidadão e conduzi-lo ao aprisco dos alienados, sendo mais um ignaro no pasto dos déspotas esclarecidos a reclamar pelas migalhas que sobram dos banquetes palacianos, sentindo-se expropriado de seus Direitos fundamentais e desarmado de sua cidadania.

O jogo é pesado. Requer que estejamos atentos as artimanhas do poder e de seus braços manipuladores, matando os fantasmas e esclarecendo os boatos que povoam nossa consciência, dando lugar aos fatos. No entanto, a Democracia por mais que aparente fragilidade frente às corporações econômicas de grande porte torna-se uma fortaleza quando ensina a todos (as), que a liberdade é inalienável, assim como também a alternância do poder, como instituto capaz de dirimir qualquer dúvida sobre a responsabilidade política da candidata ou do candidato que pretende ser o Presidente do nosso Brasil.

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