
Um poema eu faço assim
Se espalhando por dentro de mim
Devagarzinho toma um rumo por aí
E junta as palavras sem começo e sem fim
O poema vai saindo
Rimando os pedaços da vida
Rasgando a vida em pedaços
Brotando na flor do mormaço
Quero fazer um poeminha
Que fale da rosa e da erva daninha
Que trate do amor embalando a dor
E cante a beleza no seu esplendor
O meu poeminha sobe a colina
Olha o rio apesar da neblina
Faz de conta que o sol é azul
E o mato sem cor da cor que malina
O poeminha precisa sair
falar do novo e do velho Almir
contar as pedras para depois florir
animar o mundo para a criança sorrir
Será que se faz um poeminha assim?
Com a chuva grossa caindo no capim
Desfazendo canteiros de puro jasmim
E trazendo a noite com uma lua sem fim
Cheguei ao desfecho do meu poeminha
Ao final da minha tristeza
No carrossel dourado da infância
voam os sonhos e fica a esperança
(*) É jornalista e colaboradora do NCPAM/UFAM>
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