quinta-feira, 14 de outubro de 2010

UM POEMINHA SEM BOSSA (enjeitado)

Ellza Souza (*)

Um poema eu faço assim


Se espalhando por dentro de mim


Devagarzinho toma um rumo por aí


E junta as palavras sem começo e sem fim



O poema vai saindo


Rimando os pedaços da vida


Rasgando a vida em pedaços


Brotando na flor do mormaço



Quero fazer um poeminha


Que fale da rosa e da erva daninha


Que trate do amor embalando a dor


E cante a beleza no seu esplendor



O meu poeminha sobe a colina


Olha o rio apesar da neblina


Faz de conta que o sol é azul


E o mato sem cor da cor que malina



O poeminha precisa sair


falar do novo e do velho Almir


contar as pedras para depois florir


animar o mundo para a criança sorrir



Será que se faz um poeminha assim?


Com a chuva grossa caindo no capim


Desfazendo canteiros de puro jasmim


E trazendo a noite com uma lua sem fim



Cheguei ao desfecho do meu poeminha


Ao final da minha tristeza


No carrossel dourado da infância


voam os sonhos e fica a esperança

(*) É jornalista e colaboradora do NCPAM/UFAM>

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