Ivo de Aguiar (*)
Há uma geração online à solta pelas creches e séries iniciais do ensino fundamental. Essa nova geração, bem antes do nascimento, parece já ter mantido os primeiros contatos com as novas mídias. No futuro, o convívio e o domínio precoce dessas ferramentas digitais facilitarão ainda mais a comunicação entre as pessoas, aproximando-as, dizimando as diferenças, derrubando preconceitos, compartilhando conhecimentos e espalhando as diversidades culturais existentes.
A evolução da barriguinha da futura mamãe durante a gravidez, por exemplo, pode agora ser compartilhada com os milhares de amigos virtuais do casal no Orkut. Após o exame de ressonância para identificar o sexo do bebê, os seguidores dos pais da criança no Twitter enviariam sugestões de nomes. No enxoval, além de fraldas e mamadeiras, incluiriam na relação enviada por e-mail para os convidados do baby chá uma máquina e um porta-retrato digitais. Em casa, avós e convidados se reuniriam em torno da TV de LCD de 50 polegadas e do Home Theater exibidos com orgulho na estante da sala de estar para verem as imagens capturadas em 3D durante o último ultra-som.
No dia do parto, não fossem os quatro aparelhos celulares do obstetra, a correria seria desenfreada, desencadeando pânico via WebCam. O pai, para chegar à Maternidade o mais rápido possível, contará com o auxílio do GPS instalado no automóvel. Levará, junto às roupinhas do recém-nascido, uma filmadora portátil para registrar o nascimento.
Mas, fará isso, somente aquele pai que tiver sangue frio, pois se desmaiar durante a filmagem, correrá o risco de ver seu desfalecimento no Data Show na festinha de aniversário de um ano da criança, que a essa altura, provavelmente possuirá um perfil no Facebook, por que essas crianças de hoje em dia já nascem invadindo o MySpace do papai e da mamãe.
(*) É estudante de Jornalismo da UFAM
Há uma geração online à solta pelas creches e séries iniciais do ensino fundamental. Essa nova geração, bem antes do nascimento, parece já ter mantido os primeiros contatos com as novas mídias. No futuro, o convívio e o domínio precoce dessas ferramentas digitais facilitarão ainda mais a comunicação entre as pessoas, aproximando-as, dizimando as diferenças, derrubando preconceitos, compartilhando conhecimentos e espalhando as diversidades culturais existentes.
A evolução da barriguinha da futura mamãe durante a gravidez, por exemplo, pode agora ser compartilhada com os milhares de amigos virtuais do casal no Orkut. Após o exame de ressonância para identificar o sexo do bebê, os seguidores dos pais da criança no Twitter enviariam sugestões de nomes. No enxoval, além de fraldas e mamadeiras, incluiriam na relação enviada por e-mail para os convidados do baby chá uma máquina e um porta-retrato digitais. Em casa, avós e convidados se reuniriam em torno da TV de LCD de 50 polegadas e do Home Theater exibidos com orgulho na estante da sala de estar para verem as imagens capturadas em 3D durante o último ultra-som.
No dia do parto, não fossem os quatro aparelhos celulares do obstetra, a correria seria desenfreada, desencadeando pânico via WebCam. O pai, para chegar à Maternidade o mais rápido possível, contará com o auxílio do GPS instalado no automóvel. Levará, junto às roupinhas do recém-nascido, uma filmadora portátil para registrar o nascimento.
Mas, fará isso, somente aquele pai que tiver sangue frio, pois se desmaiar durante a filmagem, correrá o risco de ver seu desfalecimento no Data Show na festinha de aniversário de um ano da criança, que a essa altura, provavelmente possuirá um perfil no Facebook, por que essas crianças de hoje em dia já nascem invadindo o MySpace do papai e da mamãe.
(*) É estudante de Jornalismo da UFAM
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