A luta do Movimento S.O.S Encontro das Águas completa dois anos de resistência contra a pretensa construção do Terminal Portuário das Lajes capitaneada pela Vale, que é controladora da Log-In Logística Intermodal associada a Lajes Logística e a Juma Participação S/A. O empreendimento em disputa está situado na Zona Leste de Manaus, no Bairro da Colônia Antonio Aleixo, ameaçando o complexo ecossistema do Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões.
O movimento socioambiental S.O.S Encontro das Águas é uma expressão da sociedade manauara formado por pessoas física e jurídica, em destaque a participação de lideranças comunitárias da Colônia Antonio Aleixo, do Movimento das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), de escritores e intelectuais renomados , entre outros.
A militância socioambiental na prática tem articulado o saber tradicional dos ribeirinhos em consonância com os paradigmas da academia, com objetivo de interpretar e compreender o conjunto de paisagem, da flora e fauna dos ecossistemas formadores do Encontro das Águas.
O Encontro das Águas é um desses fenômenos magníficos a se apresentar ao mundo, catalisando sentimento de espanto, admiração e identidade traduzidos em valores culturais, potencializando não só a história do povo do Amazonas, mas a sua própria sustentabilidade. O Encontro dos rios Negro com o Solimões é extensivo conectando com outros tributários formadores do riquíssimo e majestoso Rio Amazonas.
A luta do Movimento S.O.S Encontro das Águas é alertar os governantes, assim como as empresas privadas quanto à responsabilidade social e ambiental referente ao valor desse patrimônio e todo o Manancial Amazônico formador desse fenômeno, promovendo pesquisa que possam inventariar esse ícone, na perspectiva de garantir o Tombamento Definitivo desse bem público enquanto Patrimônio Natural e Cultural do povo brasileiro seguido de um Plano de Monitoramente e Gestão dos Recursos Ambientais sob o controle dos próprios sujeitos atuantes na área a ser protegida.
O processo de Tombamento do Encontro das Águas contraria os interesses daqueles empreendedores reducionistas que fazem pouco caso da responsabilidade ambiental, ferindo de morte o Cartão Postal dos Manauaras. Por isso, já se pronunciaram pela impugnação tentando sustar o Tombamento desse bem, que para nós Amazonenses é dotado de valor incomensurável.
A Luta torna-se ampliada, devendo agregar novos participantes para o enfrentamento dessa batalha que tem por fim último a defesa da Amazônia e de sua sociobiodiversidade manifesta no conhecimento tradicional de sua gente.
COLETIVA DE IMPRENSA
Dia 03/11 (quarta-feira) às 10h
Local: Espaço Cultural da Livraria Valer
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