terça-feira, 14 de julho de 2009

EXPEDIÇÃO DOLMO GEOLÓGICO NO AMAZONAS



OIL THOMAZ NEVES *

Resumo: Objetiva resgatar para a Universidade Federal do Amazonas, sob forma de campo de pesquisas, uma área ainda intocada, possuidora de fenômenos arqueológicos, geológicos, geoquímicos, limnológicos, sociobotânicos e biológicos de potencial interesse para a nossa universidade. Os fatos ocorrem no sul do Estado do Amazonas, no entorno do quarto maior dolmo geológico do mundo, que tem um diâmetro aproximado de 76 quilômetros, oriundo da cratera de um vulcão extinto, - segundo os geólogos, -e causado pelo impacto de um meteoro, segundo um ensaio da NASA. Origens à parte, o certo é que o fenômeno modificou – ou ainda modifica – a vida naquele setor do mundo. Eis um desafio para a UFAM...

Palavras–chave: Georeferenciamento; menir; estratigrafia; paleantropologia; monólito; megalítico; análises geoquímicas; datação química; limnologia; identificações sociobotânicas;

1 – Sondagem de melhor rota para estrada Interestadual: Monumento lítico.

SITUADO NA COORDENADA GEOGRÁFICA, codificada, 08º NM’ 48.22”S; 59º MN’22.98” W, o achado arqueológico (similar a imagem do google) foi conhecido no dia 25 de junho de 1.999, durante os trabalhos de agrimensura para locação de uma alternativa de estrada interestadual de 298 km., executada pelo autor, entre as cidades de Apuí – AM e Colniza - MT.

Os monumentos líticos encontrados têm características de menires, com dimensões semelhantes e disposição entre si, sugestivamente megalíticas, com dezenas de esculturas em baixo relevo em suas faces. Sua ortogonalidade com a meridiana pode ser determinada por um Georeferenciamento, o que eventualmente definiria sua característica como monumento megalítico. Uma estratigrafia somente viria a confirmar que os monumentos foram elaborados a partir de rochas regionais, porem, suas posições relativas, assim como suas alturas, sugerem trabalho artificial. Um dos menires – também ricamente esculpido – está, pela ação das águas, completamente inclinado. Mais uma indicação de artificialidade. A perfeição dos traços das esculturas não contra-indica a paleantropologia, visto que seu grau de acabamento denota a evolução de seus executores.

2 – Aspectos fenomenológicos.

É DA LITERATURA ORAL DA REGIÃO, que os cemitérios indígenas locais são muito antigos, fatos que limitam definições de transumância recente. Com os litos cerâmicos e com os dentes humanos encontrados no entorno dos monumentos, poderemos, através de datação química, determinar com propriedade, sua época.

Em, pelo menos um dos petrógrifos, – o da “pedra do jornal” – temos uma mensagem que diz sobre um “fenômeno vindo dos céus, de sofrimento, de transumância e de recomposição populacional...” A perfeição de seus traços nos coloca no túnel do tempo!... Não se nega a hipótese de os sítios arqueológicos serem de épocas distintas... Numa localidade de altas colinas, próximo ao sítio arqueológico maior, de possível grande assentamento, um fenômeno, não presenciado pelo autor, descrito por eventuais incursores a busca de produtos nativos ao longo do caudal, sugere a ocorrência de possíveis grandes depósitos minerais no subsolo. A exemplo do carbonato de cálcio dos ossos humanos que geram, à noite, os chamados “fogos fátuos” nas áreas de sepultamentos, quando se tem muitas horas de variação positiva de temperatura durante o dia: “reflexos de grandes luzes móveis e esparsas correm por baixo da floresta.” Chegamos, hipoteticamente, a vincular o fenômeno descrito, às petrografias.

Somente uma equipe científica, multidisciplinar, poderia falar em conjunto, dos fenômenos que ocorrem no entorno do Dolmo. De seu sistema de macro drenagem, sua biologia e suas sociobotânicas. Por certo a geoquímica, levará em consideração, como hipótese – a presença de Irídio – sabido de grande abundância no universo, assim como no magma terrestre. Seria este, em significativas ocorrências setoriais, se o Dolmo for oriundo da cratera de um vulcão extinto; e, puríssimo, em uma camada circular, como um lençol no entorno do Dolmo, se este for oriundo de um impacto de meteoro. O que se observa, é que a maioria das espécies de símios existentes e descobertas por último, pela ciência, estão ali. E, por certo, para sobreviver, os primatas tiveram que se modificar. Quanto aos humanos de então??...

Poderia ser atribuída à presença do Irídio a aparência pré-histórica de um quelônio, existente na região, cujo nome popular, e presente na toponímia, é mata-matá?...

O caudal resultante, que drena o Dolmo, somados os seus principais tributários, tem uma extensão superior a 200 km, de uma vida biológica intensíssima e ictiologia pouco variada.

Ocorre, ainda, um diferencial botânico em três espécies – com características diferentes – e o mesmo fenômeno. As associamos – de utilidade – ao combate a uma classe de poluição ambiental. O autor não afirma que as espécies botânicas são de localização geográfica exclusiva do entorno do dolmo. E sim, que as conheceu naquela região.

3 – Conclusão: Perspectivas, sugestões e expectativas.

DIANTE DA OCORRÊNCIA DOS SINAIS de uma civilização que se fez presente, com suas marcas tão características, cujas datações arqueológicas poderiam esclarecer muito da transumância no continente americano; diante de animais tão diferentes como o mata-matá; símios de aparências diferentes, ocorrendo na mesma região; caudal com turbidez típica e temperatura capaz de abrigar uma vida biológica intensíssima, e ainda, a ocorrência de espécies botânicas diferentes com uma mesma singularidade, às quais se prevê um eventual uso em combate à poluição ambiental, temos que admitir para a região um potencial científico em um grande campo de pesquisas.

Nossa sugestão: reunindo os professores, de interesse já manifesto à expedição, e, à presença da Reitoria da Universidade Federal do Amazonas, buscar, através de um ato administrativo, nomear as pessoas interessadas, e se formar um grupo tarefa em expedição de cunho científico ao local, em busca de dados comprobatórios preliminares. A logística e os custos entre a sede do município de Apuí e o local dos fenômenos, já foi conseguida pelo autor junto a Prefeitura local daquele município. Restando à UFAM os custos com o deslocamento aéreo Manaus – Apuí – Manaus.

Como expectativa, diante dos dados obtidos pelo grupo-tarefa de expedição ao Dolmo Geológico, seria criado, por ato de Portaria, um Núcleo de Estudos Amazônicos da UFAM, para atender às demandas de fenômenos como o que se tem em tela, assim como outras demandas de interesse social e econômico para o Estado do Amazonas, sendo ainda, oportuno uma publicação junto a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso das Ciências, atualmente em curso na UFAM.


*TÉCNICO EM AGRIMENSURA (Land Surveyor); Graduando do Curso de Economia – 2, Matrícula 20902905. UFAM – FES e Participante da SBPC.

** Orientação por Lena Muniz, ECONOMISTA; Profa. DEA – UFAM/FES.

Um comentário:

Geólogo Gilmar Honorato disse...

Saudações, sou mestre pela UFAM em Geociências e atulamente trabalho no Serviço Geológico do Brasil em um projeto no sul do Amazonas, fronteira com o mato Grosso, o projeto é Folha Sumauma-Rossevelt-Mutum, de mapeamento geológico na escala 1:250.000. Gostaria de trocar idéias sobre seu trabalho, jah estive na área e estamos preparando uma campanha de helicoptero e carro pra agosto/2010 para finalizar a etapa de campo. Vi figuras talhadas nas rochas por antigas civilizações e queríamos saber que vulcão é esse que vcs estão estudando, sabemos que a área tem grandes quantidades de rochas vulcânicas e caldeiras...
sem mais... aguardo contato