quinta-feira, 16 de julho de 2009

ENCONTRO DAS ÁGUAS: TURISMO, CIÊNCIA E CULTURA



A riqueza das nações tem variadas fontes produtivas. No passado a industrialização reduziu os recursos ambientais, valendo-se da exploração do trabalho escravo, em nome da civilização, evolução social, do progresso, desenvolvimento e da modernidade. Com o esgotamento dessas fontes e a reprodução da pobreza, o poder econômico, sob o controle do Estado, passou a repensar a sua prática, formulando políticas qualificadas de responsabilidade social e ambiental sob o foco da sustentabilidade. A 61° Reunião da SBPC no Amazonas a encerrar-se na próxima sexta-feira (17) foi embalada por essas motivações, tentando resolver o paradoxo posto entre a volúpia do capital e a conservação dos recursos naturais na Amazônia. Entre as atividades propostas, destacam-se os minicursos. Um deles que nos chamou atenção foi o de “introdução à economia ecológica” ministrado pelos professores Maria Amélia Rodrigues Enríquez (UFPA) e Clóvis Cavalcanti (FUNDAJ). O trabalho dos professores foi examinar princípios e instrumentos relativos à interface do meio ambiente com a economia, na perspectiva de “explicar como se pode ter progresso humano sem sacrifico irreparável dos ecossistemas”. Assim sendo, é importante que se recorte esse processo, dando ênfase a um dos segmentos mais produtivo do mundo que é o Turismo Sustentável, gerador de trabalho, renda e tributo. Economia esta que mereceria maior atenção dos governantes e dos empreendedores sociais, visando à proteção do patrimônio ambiental e toda sua diversidade resultando em benéfico para todos. É o caso do Turismo Comunitário a ser implementado por agentes de comunidades tradicionais, bem ao contrário do que se propõe a fazer a empresa Log-In Logística Intermodal, que pretende construir um complexo portuário nas mediações do Encontro das Águas dilapidando a riqueza dos povos da Amazônia. A SBPC, portanto, tem sido um fórum apropriado para se discutir meios e modos para se formular tanto as políticas públicas ou privadas sob o novo paradigma da sustentabilidade. Conheça o Amazonas a partir do Encontro das Águas, siga as recomendações dos especialistas.

Recomendações feitas no site da copa 2014: Um bom local para se ver, em terra firme, o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões é a Ponta das Lajes, na zona leste da cidade (à margem esquerda do rio Negro). O encontro que origina um dos maiores rios do mundo, o Amazonas, é um fenômeno provocado pela confluência das águas escuras do rio Negro com as águas barrentas do rio Solimões. Por uma extensão de mais de 6 km, os dois rios correm lado a lado sem se misturarem. Isto ocorre por causa da diferença de temperatura e densidade destas águas, aliada à diferença de velocidade de suas correntezas: o Negro corre a cerca de 2 km/h e a uma temperatura de 22°C, enquanto que o Solimões corre de 4 a 6 km/h, a uma temperatura de 28°C. (Para saber mais leia
aqui)

Os Goldschmidt são uma família de quatro aventureiros que vivem o sonho de descobrir nosso continente juntos e de modo muito especial. Peter, Sandra, Erick e Ingrid iniciaram em 1999 suas aventuras através da América do Sul. Desde então percorreram juntos mais de 90 mil quilômetros desde os extremos da Terra do Fogo até o coração da floresta Amazônica. Desde as quentes praias nordestinas até as ilhas frias do Pacífico. Dentre as várias viagens realizadas por esta família com “rodinha nos pés”, destacamos as duas etapas da Expedição Giro Pela América. Realizadas respectivamente em 1999 e 2002, em ambas a família utilizou como meio de transporte o motorhome Pégaso, no qual viveram mais de 800 dias. No Amazonas os Goldschmidt estivem em 2003 e, segundo eles, “o primeiro lugar que visitamos foi atração turística mais tradicional da cidade, o encontro das águas”.

Para família Goldschmidt (foto ao lado) “o encontro das águas é surpreendente. As águas dos dois rios são bem diferentes e por diversas razões correm lado a lado, sem se misturar por dezenas de kms. Próximo a Manaus, a divisão fica mais definida, tanto assim que nós pegamos água do rio negro de um lado do barco e do Amazonas do outro. Guardamos ambas em garrafinhas para levar para casa e para o museu que estamos montando. Os dois rios são poderosos e tem números impressionantes. Vejam: Rio Amazonas - Vazão de 220.000 m³/s – extensão de 6.868 Km – Primeiro do mundo em extensão e em volume d´água – PH 6,2 – Temperatura de 18° e velocidade de 8 a 10 km/h . Rio Negro – Vazão de 17.000 m³/s – Terceiro maior em vazão do mundo – PH 3,1 – Temperatura de 28° e velocidade de 2 km/h”. (Para saber mais leia aqui)

Sabe-se também que, a Bacia Hidrográfica Amazônica é a maior do mundo, com quase 04 milhões de km² de extensão em terras brasileiras. Somente na porção brasileira, abrange 10 dos maiores rios do mundo, entre os quais o lendário Rio Amazonas, com 7.025 quilômetros de extensão desde a Nascente, na Cordilheira dos Andes (Peru), até a sua foz no Oceano Atlântico.

O suficiente para reconhecê-lo como mais comprido que o Nilo. Considerando os trechos navegáveis por embarcações pequenas e seus principais afluentes, a bacia amazônica apresenta uma rede de 25.000 km de vias fluviais.

A natureza presenteou ainda a capital do Amazonas com o belo espetáculo do encontro das águas escuras do Rio Negro com as águas barrentas do Rio Solimões, bem em frente à cidade de Manaus. O contraste das cores dos rios se estende por vários quilômetros, até se misturarem formando o Rio Amazonas.

Além dos rios e seus afluentes, a hidrografia da região reserva ainda os dois maiores arquipélagos fluviais do mundo: o de Anavilhanas e o de Mariuá.

O rio Amazonas corre pelo norte da América do Sul, em sua maior parte em território do Brasil; é o mais longo rio do mundo, uma vez que nasce na cordilheira dos Andes, no Peru, o que lhe dá uma extensão de 7.025 km.

Esse número ainda não é preciso, pois os geógrafos não chegaram a uma conclusão a respeito de qual de dois cursos de água, ambos nascidos no mesmo Nevado, é o verdadeiro ponto de partida.

O Amazonas lança no oceano 176 mil metros cúbicos de água por segundo. Essa vazão é 10 vezes maior que o Mississipi, de 17 mil metros cúbicos por segundo, e quatro vezes maiores que a do Gongo, de 40 mil metros cúbicos por segundo. Avançando sobre o mar, o rio forma uma camada de água doce de dezenas de quilômetros sobre a água salgada. Por isso os primeiros europeus que visitaram o Amazonas o chamaram de “mar de água doce”.

A real extensão do Amazonas foi estabelecida pela primeira vez pelo Instituto Geográfico Nacional do Peru, no início da década de 1980. Em 1994, uma expedição organizada pelos brasileiros Paula Saldanha e Roberto Werneck seguiu o curso do rio desde sua foz, no Atlântico, até sua nascente nos Andes, comprovando os dados dos geógrafos peruanos; e desde 1995 o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil tem analisado fotos de satélite da região, chegando à mesma conclusão.

Considerando que o Nevado de Mesmo, no Peru, é a verdadeira nascente do Amazonas, e que seu canal principal está formado pelo sistema Apurimac-Ucayali-Amazonas, o rio é o maior do mundo não só em volume de água como também em comprimento, pois o seu curso mede 6.850 quilômetros, ultrapassando o Nilo, com seus 6.671 quilômetros.

Ao entra em território brasileiro o Amazonas é chamado de Solimões até 30 km a leste de Manaus, onde recebe as águas do rio Negro e recupera seu nome principal. Em seu percurso, o Amazonas recebe quase 7.000 afluentes, que em conjunto ocupam uma área de quase o4 milhões de quilômetros quadrados.

De uma margem à outra o rio Amazonas pode apresentar uma largura de até 15 quilômetros, como ocorre na confluência com os Tapajós. Durante as enchentes a diferença de nível pode oscilar entre 10 e 15 metros, de modo que as várzeas inundadas dão ao Amazonas uma largura de até 100 quilômetros.

A cor escura das águas do rio Negro, que contrasta com a limpidez de seu principal afluente, o Branco, e com o barrento Solimões, (deve-se a concentração de ácidos oriundos da decomposição das folhas repletas de tanino). A cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, é banhada por este rio.

O rio Negro é o principal afluente do Amazonas. Banha três países da América do Sul e percorre cerca de 1.700km. Com o nome de Guainía, nasce no leste da Colômbia, corre na direção nordeste e depois sul, formando a fronteira entre Colômbia e Venezuela. Depois da junção com o Cassiquiare, recebe o nome de Rio Negro. Entra no território brasileiro no estado do Amazonas e segue a direção geral sudeste, banhando, entre outras, as localidades de Içana, Barcelos, Carvoeiro e Airão. Próximo a Manaus, que se ergue em sua margem esquerda, forma um estuário de cerca de seis quilômetros de largura no encontro com o Solimões, daí em diante chamado Amazonas.

Encontro das águas: o rio é uma das grandes atrações turísticas da cidade e um dos principais meios econômicos e de transporte para os seus habitantes. Nas proximidades de Manaus, o rio Negro encontra-se com o rio Solimões, formando o Encontro das águas, onde as águas barrentas do Solimões não se misturam com as águas do Rio Negro. Depois da união dos dois rios, passam a receber o nome de "Rio Amazonas", em território brasileiro.

O rio Negro Rio Negro apresenta um elevado grau de acidez, devido à grande quantidade de ácidos orgânicos provenientes da decomposição da vegetação. Por isso, a água apresenta uma coloração escura (parecida com a do chá preto). Em alguns pontos o reflexo das árvores na água é como a de um espelho. A visibilidade varia entre 1,50 e 2,50 metros. Devido a esse grau de acides, os insetos não se proliferam e quase não há mosquitos na região. É conhecido como o "rio da fome". (Para saber mais leia
aqui)

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