quarta-feira, 29 de julho de 2009

EM QUESTÃO A POLÍTICA CIENTÍFICA NA AMAZÕNIA

Myrna Libermann

N
o dia 23 de Julho nas dependências da TV UFAM, o Programa Na Terra de Ajuricaba realizou um grande debate sobre Pesquisa e Desenvolvimento no Amazonas contando com a presença do Senador Evandro Carreira, Professor Dr. Gilson Gil e da Magnífica Reitora da UEA Marilene Corrêa, o programa que tem como apresentador o Professor e Antropólogo Ademir Ramos da UFAM e coordenador do NCPAM. O debate foi repleto de contextos importantes sobre pesquisas científicas voltadas para a Amazônia, como a criação de novos cursos de desenvolvimento cultural e econômico na UEA, que visa à qualificação do interior para o mercado de trabalho e suprir as necessidades de profissionais de diversas áreas para a região.

Entre os pontos fortes do debate podemos ressaltar a política de ciência na Amazônia comentada pela Magnífica Reitora Marilene Corrêa, que falou sobre a expressão de investimentos públicos para o desenvolvimento estratégico da região, e intensificou que o volume do investimento ainda é pouco, pois todas as instituições de ensino no Amazonas possuem uma base de importância no desenvolvimento cientifico regional. A ciência, por sua vez, além de possuir valor didático tem valor estratégico, a Amazônia esta baseada em uma técnica capitalista de desenvolvimento atrelado a economia e não com base nas potencialidades internas de seu povo e de seus recursos naturais.

Comentou-se ainda sobre uma discussão cientifica entre as ONGs, são mais de três mil em toda a Amazônia, instaladas em pontos estratégicos de grande valor comercial, nada é feito a esse respeito, prejudicando a cultura e os valores dos povos com um discurso moralista de ajuda aos mais necessitados, mas será que nós da Amazônia somos necessitados? Mesmo tendo 25% de todas as espécies vegetais e animais do planeta até hoje catalogadas pela ciência, mesmo tendo o maior rio em volume e extensão e a maior floresta, será mesmo que somos necessitados? Ou o que nos falta são políticas públicas sérias de âmbito federal para mudar esse cenário de dependência estrangeira, intensificar os investimentos na região de curto e longo prazo, políticos verdadeiramente sérios e não esses governantes que entram na região que não fazem nada mais do que reinventar a roda.

O debate apresentou estratégias e problemáticas sobre a região amazônica.


*Graduanda em Economia pela UFAM e Pesquisadora do NCPAM

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