Esta semana [ no Amazonas] os governos estadual e municipal prometem anunciar, em encontro com a imprensa, os recursos e o calendário de obras de adequação da cidade para a Copa de 2014. A expectativa em torno desse tema é grande não apenas pelos amantes do futebol mas também por uma parcela expressiva da sociedade que aguarda melhorias profundas na cidade e nos municípios que compões a Região Metropolitana.O evento da Copa do Mundial de Futebol possibilita ao Estado e, em especial a Manaus, criar uma base sólida para um desenvolvimento consistente.
Para isso, não apenas os governos deverão atuar com enorme responsabilidade na gestão da verba pública como fazer da transparência dos atos tomados em um instrumento a favor dessa causa. De outro lado, a sociedade organizada tem hoje uma série de mecanismo que poderá utilizar a fim de que o plano estabelecido no âmbito governamental seja objeto de permanente debate, de acompanhamento vigilante.
Tais ações serão importantes para que as obras realizadas sob a motivação da Copa possam, após cessarem esses efeitos, se constituir em espaço destinados ao uso da população, promovendo mais cultura, mais educação, mais saúde, permitindo que a cidade possa atuar como um centro de referência na Amazônia e para outros países na promoção das inúmeras atividades que envolvem o mundo esportivo.
A tarefa impões desafios aos governos, aos setores produtivos e à sociedade organizada, pois exige posturas corajosas na superação de uma cultura política carregada de vícios, de acordos pequenos e de uma prática administrativa ainda voltada a atender grupos com vínculos ao poder estabelecido.
Tabalhar para englobar a coletividade reivindica ter determinação em ir além, vencer a postura de uso privativo dos bens públicos. O fiel dessa balança está entre os órgãos de fiscalização dos poderes e o nível de cidadania local provocando a construção das respostas que Manaus e o Amazonas precisam dar.
A mudança já existe, falta agora ampliar o controle social a fim de que ela produza a alegria salutar e não a desilusão diante da constestação do desvio da conduta governamental nesse processo.
Fonte: Editoral do jornal A Crítica, 18.01. 2010.
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