terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A MORTE DO CAPITÃO AMÉRICA


Luciney Araújo (*)

O Capitão América morreu, sim, um dos grandes ícones da cultura pop teve seu fim. Steve Rogers, herói americano da segunda grande guerra foi morto a tiros a caminho do tribunal na capital Americana. Heróis de várias partes do mundo compareceram ao seu funeral. A esperança da paz mundial estava abalada, pois seu principal herói estava morto.

O mundo ficara desolado, mas a guerra fria havia acabado e os grandes vilões como o Caveira Vermelha já não configuravam entre procurados pela justiça. O episodio da morte do Capitão América (ainda inédito no Brasil), mobilizou milhares de fãs do mundo inteiro.

Em outros tempos, os super-heróis representavam para crianças e adolescentes ícones de liderança e justiça, durante mais de cinco décadas imaginários foram povoados por história em quadrinhos, seriados, games e bonecos desses super-heróis.

Os famosos personagens fictícios, que escondiam suas identidades atrás de capas, mascaras, viviam sempre amores platônicos, pseudônimos, dentre tantos mistérios que faziam parte do dia-a-dia dos super heróis. Quem acompanhava as histórias do jornalista Clark Kent, em um primeiro momento desconhece sua origem, Clark Kent é um criptoniano e que se dividi entre ser um jornalista e ser o Super-Homem. Assim como Clark, o bilionário Bruce Wayne viu seus pais serem executados pela máfia e decidiu lutar contra o crime, incorporando o Batman.

A onda de super-heróis tomou conta do imaginário de jovens durante décadas. Quem acompanhou os quadrinhos do Incrível Hulk até metade da década de 1990, pode ler à edição histórica de número 133, na qual trazia a batalha entre o Hulk Cinza (pensante) e o Hulk Verde (irracional) pelo controle da mente de Bruce Banner. E a edição de Número 99 do Homem Aranha? Na qual trazia as outras vertentes do herói, como o seu casamento com a Mulher Gato. Sem contar da primeira edição da revista do Capitão América no ano de 1971.

O ressurgimento dos heróis é uma fase até romântica para quem acompanhou os quadrinhos. Recentemente heróis como Homem Aranha, Hulk, Batman, Super-Homem entre outros ganharam novas roupagens nas telas de cinema. Quem acompanhou as histórias desses heróis, ao ver os filmes sempre comentam sobre as coisas que correspondem e as que modificaram das histórias em quadrinhos.

Essa nova roupagem, tanto nos quadrinhos como nas telas de cinema ajudam a fortalecer e ao mesmo tempo leva os pais apresentarem aos filhos seus heróis preferidos, contribuindo para que essa super-legião não desapareça e que a cada vez atraia novos fãs.

(*) É cientista social, pesquisador e correspondente do NCPAM/UFAM no Acre.

Um comentário:

Khemerson Melo Macedo disse...

Nei, agora que tu ficaste sabendo que o Capitão América morreu? Seria melhor perguntarmos quem "matou" o América, já que estes heróis foram criados a partir de ideais claros por parte de seus realizadores. Não é difícil imaginarmos que este super-herói, em particular, por se tratar de um personagem concebido no "American Way of Life", perdeu e muito sua "função social" com o passar dos tempos. Hoje em dia, com a globalização, seus ideais soam um pouco obsoletos, em comparação com outros heróis como Aranha, Batman (a clássica história do cara que se torna herói a partir de um trauma que sugere vingança) e X-Men (a questão das minorias), explicando, inclusive, o sucesso dessas marcas no cinema, com histórias mais realistas.