Arnoldo Santos
Direto de Manaus
Empresário, políticos, cientistas, índios e demais participantes do Fórum Internacional de Sustentabilidade assinaram, no início da noite deste sábado, a Carta do Amazonas, resultado de dois dias de palestras e debates que tentaram responder a uma pergunta básica: "como obter lucro mantendo a floresta em pé?".
"Hoje, a floresta Amazônica está sob ameaça de atividades predatórias que visam o lucro imediato, sem preocupação com o impacto que causam. Declaramos tal situação ser insustentável e intolerável, e nos comprometemos como cidadãos, líderes, homens e mulheres conscientes, a defender a integridade dos ecossistemas amazônicos", diz o documento distribuído aos participantes, impresso em papel reciclável.
Em termos de negócios, os primeiros resultados já podem ser vistos, e prometem uma acirrada disputa entre dois gigantes do comércio varejista. Os grupos Pão de Acúcar e Walmart anunciaram parcerias de compra de pescado produzido no Amazonas. "A gente já fez contatos com algumas cooperativas que fazem o trabalho aqui. Não posso falar de quando os produtos vão estar nas lojas, mas a idéia é termos em nossas gôndolas pirarucu e tambaqui da Amazônia nos próximos meses", disse o diretor de comunicação do grupo Walmart Brasil, Luiz Herisson.
O grupo Pão de Açúcar anunciou a compra de 4 toneladas de pirarucu da reserva extrativista de Mamirauá, situada em Tefé (AM). "É um primeiro passo, pois vamos comercializar o peixe principalmente nas lojas de São Paulo. Mas também é um grande passo, porque vamos voltar aqui pra desenvolver junto aos produtores, junto aos frigoríficos, não só o peixe, mas todos os produtos que são produzidos de maneira sustentável", disse Hugo Bethlem, vice-presidente executivo do Grupo Pão de Açúcar.
Os negócios anunciados passaram pela intermediação da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), criada pelo Governo do Amazonas de maneira mista com o Bradesco e a Coca-Cola. "Isso prova que vale mais a floresta em pé do que ela derrubada. O que nós começamos a mostrar anos atrás hoje é um consenso. Foi gratificante ver os líderes empresariais endossarem isso com convicção", comemorou Virgílio Viana, diretor executivo da FAS.
"Agora, é colocar em prática o que as empresas, as ONGs, a imprensa e os formadores de opinião se comprometeram a fazer aqui. Há uma consciência coletiva que empurra positivamente uma agenda de tarefas construtivas para coibir, criticar e denunciar aquelas ações que visam à destruição da floresta", finalizou o coordenador do evento, o empresário João Dória Jr.
Foto: Gustavo Scatena/Especial para Terra
Direto de Manaus
Empresário, políticos, cientistas, índios e demais participantes do Fórum Internacional de Sustentabilidade assinaram, no início da noite deste sábado, a Carta do Amazonas, resultado de dois dias de palestras e debates que tentaram responder a uma pergunta básica: "como obter lucro mantendo a floresta em pé?".
"Hoje, a floresta Amazônica está sob ameaça de atividades predatórias que visam o lucro imediato, sem preocupação com o impacto que causam. Declaramos tal situação ser insustentável e intolerável, e nos comprometemos como cidadãos, líderes, homens e mulheres conscientes, a defender a integridade dos ecossistemas amazônicos", diz o documento distribuído aos participantes, impresso em papel reciclável.
Em termos de negócios, os primeiros resultados já podem ser vistos, e prometem uma acirrada disputa entre dois gigantes do comércio varejista. Os grupos Pão de Acúcar e Walmart anunciaram parcerias de compra de pescado produzido no Amazonas. "A gente já fez contatos com algumas cooperativas que fazem o trabalho aqui. Não posso falar de quando os produtos vão estar nas lojas, mas a idéia é termos em nossas gôndolas pirarucu e tambaqui da Amazônia nos próximos meses", disse o diretor de comunicação do grupo Walmart Brasil, Luiz Herisson.
O grupo Pão de Açúcar anunciou a compra de 4 toneladas de pirarucu da reserva extrativista de Mamirauá, situada em Tefé (AM). "É um primeiro passo, pois vamos comercializar o peixe principalmente nas lojas de São Paulo. Mas também é um grande passo, porque vamos voltar aqui pra desenvolver junto aos produtores, junto aos frigoríficos, não só o peixe, mas todos os produtos que são produzidos de maneira sustentável", disse Hugo Bethlem, vice-presidente executivo do Grupo Pão de Açúcar.
Os negócios anunciados passaram pela intermediação da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), criada pelo Governo do Amazonas de maneira mista com o Bradesco e a Coca-Cola. "Isso prova que vale mais a floresta em pé do que ela derrubada. O que nós começamos a mostrar anos atrás hoje é um consenso. Foi gratificante ver os líderes empresariais endossarem isso com convicção", comemorou Virgílio Viana, diretor executivo da FAS.
"Agora, é colocar em prática o que as empresas, as ONGs, a imprensa e os formadores de opinião se comprometeram a fazer aqui. Há uma consciência coletiva que empurra positivamente uma agenda de tarefas construtivas para coibir, criticar e denunciar aquelas ações que visam à destruição da floresta", finalizou o coordenador do evento, o empresário João Dória Jr.
Foto: Gustavo Scatena/Especial para Terra
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