sábado, 7 de novembro de 2009

A COMUNICAÇÃO EM PAUTA NO PROGRAMA “NA TERRA DE AJURICABA”


Nairo Alencar*

O Programa “Na Terra de Ajuricaba” produzido pelo NCPAM, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Interiorização da Universidade Federal do Amazonas (PROEXTI/ UFAM) é transmitido ao vivo pela NET Manaus, canal 7, todas as quartas-feiras às 19 horas, busca informar e esclarecer não só a comunidade acadêmica, mas a sociedade civil sobre os assuntos tratados atualmente.

Na última quarta-feira (04/11) na TV UFAM, o programa traçou uma discussão sobre vários pontos que serão abordados pela 1ª Conferência Estadual de Comunicação (CONFECOM), com o objetivo de contribuir para a Conferência em nível Nacional que será realizada em dezembro em Brasília. Em tela, participaram do debate os jornalistas César Wanderley, presidente da categoria e Juliana Belota, relatando, dentre outras coisas os problemas da classe jornalística, dos veículos de informação e a colaboração que a conferência estadual trará para a área.

Um dos pontos mais criticados foi o controle dos meios de comunicação local por grupos familiares. Estes mostram os seus interesses sócio-econômicos e político com objetivos particulares, em detrimento da democratização da informação como uma iniciativa pública. Esta situação exclui as notícias de interesse da população, o que mostra uma ligação dos meios de comunicação com a sociedade civil que muitas vezes faz vista grossa a acontecimentos políticos.

No interior do Amazonas há um problema muito grande com os meios de comunicação, pois os mesmos muitas vezes estão sobre o controle de políticos, igrejas e organizações comerciais que fazem e mascaram com maior facilidade as várias irregularidades da região, assim, os veículos de informação não exercem seu principal papel.

Muitos jornais não têm editoriais e isso mostra uma falha de postura por parte dos mesmos, pois não mostra a sua linha de jornalismo. Um exemplo contrário disso é o jornal sindical dos jornalistas que busca uma forma de comunicação entre os da área e vários sindicatos, de acordo com César Wanderley.

Segundo Belota, houve melhoras no piso salarial e em níveis de relação de trabalho entre os profissionais da área, mas ainda precisa-se melhorar muita coisa. O jornalista é um trabalhador que sofre com os impactos dos mercados.

Muitos meios de comunicação não têm códigos de ética porque são corrompidos pelos interesses das corporações. Cada jornal deveria ter sua linha editorial de forma autônoma e não ficar a mercê das pressões das iniciativas públicas ou privadas.

O não cumprimento dos códigos dos jornalistas e a ausência de meios de fiscalização são dois problemas sérios dentro da área, não se tem um meio de punição dos jornalistas que não seguem o código como se pode observar em outras áreas.

A 1ª Conferência Estadual de Comunicação é um novo marco regulatório para o Amazonas, que buscará pensar numa democratização do meio e também na criação de políticas públicas. A comunicação faz parte do cotidiano da sociedade, e isso acaba interferindo no ser individual (podemos observar crianças que possuem pais com maior nível renda, esses assistem mais canais estrangeiros do que nacionais), assim, a conferência servirá como debate e conscientização e discussão do assunto e também uma maior participação do estado na Conferencia Nacional de Comunicação.

Além das quartas ao vivo, Na Terra de Ajuricaba é reprisado na quinta às 17h, na sexta às 13h e no domingo às 22h. O próximo Programa, na quarta-feira (11), tem como discussão as questões ambientais na pauta dos partidos políticos. Fiquem ligados na discussão dos grandes temas!

* É graduando de Ciências Econômicas e pesquisador do NCPAM/ UFAM.

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