sábado, 21 de novembro de 2009

Tombamento da obra do Maestro Claudio Santoro, em Brasília

Na segunda-feira (23), o maestro amazonenese, Claudio Santoro, morto há 20 anos, completaria 90 anos. Em homenagem a data e pelo reconhecimento de sua obra, o Governador de Brasília, José Roberto Arruda assinará o decreto de tombamento do acervo musical e pictórica do maestro como Patrimônio Imaterial da Cultura do Distrito Federal (DF).

Pela importância do Ato, a Câmara Legislativa do DF – por iniciativa do Deputado Claudio Abrantes - estará promovendo também uma Sessão Solene in memoriam, contando com a participação da família e de seus admiradores. A solenidade será na Sala Martins Penna do Teatro Nacional Claudio Santoro às 20 horas. Na oportunidades, os artistas da cidade farão apresentações em homenagem a Claudio Santoro.

Com o mesmo propósito, a Universidade Nacional de Brasília (UNB) também programou várias homenagens, incluindo recitais, exposições, depoimentos, palestras e outros eventos, que começarão no dia 24, às 19 horas na Biblioteca Central da UnB e no dia 25, no Centro Cultural Banco do Brasil realizará o último concerto da série dedicada a Santoro, às 13h e às 21h, com entrada franca.

Todas essas manifestações institucionais contam com a participação efetiva dos familiares do maestro Santoro, que residem em Brasília há muitos anoas. O convite recebido pelo NCPAM vem subscrito pela esposa do maestro, a senhora Gisèle Santoro.

VIDA E OBRA

Claudio Franco de Sá Santoro (Manaus, 23 de novembro de 1919 — Brasília, 27 de março de 1989) foi um compositor e maestro brasileiro. Nascido em Manaus, ainda menino começou a estudar violino e piano e seu empenho fez com que o Governo do Amazonas o mandasse estudar no Rio de Janeiro. Aos 18 anos, já era professor adjunto da cátedra de violino do Conservatório de Música do Rio de Janeiro, então capital da República.

Em 1941 passou a estudar com Hans-Joachim Koellreutter, integrando também o grupo Música Viva, do qual se tornou um dos nomes mais ativos, ao lado de Guerra Peixe). Foi um dos primeiros a adotar o - dodecafonismo - como técnica de composição e pela sua prática política tornou-se um dos mais radicais críticos do meio musical brasileiro.

Em 1948 teve recusado seu visto para ir aos EUA como bolsista, devido à sua militância no Partido Comunista Brasileiros (PCB). Como segunda opção, foi a Paris para estudar com Nádia Boulanger. Durante sua estadia na Europa, participou, como delegado brasileiro, do II Congresso Mundial dos Compositores Progressistas em Praga, na então Tchekoslováquia. Neste congresso foi apresentada oficialmente a doutrina soviética do Realismo Socialista aplicada à música, da qual Santoro passou a ser um dos militantes no Brasil.

Já bastante conhecido, recebeu um prêmio da Fundação Lili Boulanger, em Boston. Entre os avaliadores estavam os compositores Igor Stravinski e Aaron Copland.

O maestro, Claudio Santoro foi professor fundador do Deptº de Música da UnB (Universidade Nacional de Brasília). Faleceu em 1989, época em que exercia o posto de Regente Titular da Orquestra do Teatro Nacional de Brasília, em sua homenagem passou-se a chamar Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Claudio_Santoro

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