Dados do governo brasileiro registram que no final de 2005 um coeficiente de prevalência de hanseníase de 1,48 casos/10.000 habitantes (27.313 casos em curso de tratamento em dezembro de 2005) e um coeficiente de detecção de casos novos de 2,09/10.000 habitantes (38.410 casos novos em dezembro de 2005).
Apesar da redução na taxa de prevalência observada no período compreendido entre 1985 e 2005 de 19 para 1,48 doentes em cada 10.000 habitantes, a hanseníase ainda constitui um problema de saúde pública no Brasil, o que exige um plano de aceleração e de intensificação das ações de eliminação e de vigilância resolutiva e contínua.
Ainda que o País registre um importante decréscimo nas taxas de prevalência e de detecção de casos novos de hanseníase, os níveis de magnitude da doença, segundo as regiões geográficas, demonstram a necessidade de se dar continuidade à execução de atividades que impactem a transmissão da doença, de modo a atingir taxas inferiores a 1 caso/10.000 habitantes em cada município.
A Região Norte continua com parâmetro hiperendêmico assim como o Centro-Oeste. Os dados de 2005 revelam a necessidade de focalizar e agilizar o diagnóstico de hanseníase em menores de 15 anos que podem ser os contactantes de casos ainda não assistidos e não-identificados pelo sistema de saúde, portanto, essa é uma ação da maior significância para as estratégias subseqüentes.
O que se sabe é que os índices do Ministério da Saúde no Brasil ainda apresentam uma alta magnitude da endemia de hanseníase em menores de 15 anos, com um coeficiente de detecção de 0,6 em cada 10.000 habitantes. Embora o maior número absoluto de crianças detectadas com hanseníase tenha sido na Região Nordeste, o maior coeficiente de detecção em menores de 15 anos foi na Região Norte, com 1,62 casos em cada 10.000 habitantes, demonstrando a manutenção da endemia em nossa região.
Exigindo do Estado políticas públicas qualificadas para combater a endemia, oferecendo a nossa população assistência preventiva e curativa em formato de um Programa Sócio-educativo eficiente, contando com a participação efetiva do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, seguida de uma prática responsável que contribua diretamente para transformação desse quadro.
AS MANIFESTAÇÕES DA DOENÇA
O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, em seus informativos, faz questão de esclarecer a todos (as) as manifestações da doença, que em termos técnicos pode ser tipificada como paucibacilar e multibacilar. A primeira se manifesta em duas formas, a hanseníase indeterminada, com lesões iniciais planas, esbranquiçadas ou avermelhadas e sempre acompanhadas de dormência, e a hanseníase tuberculóide, com manchas avermelhadas, bem delimitadas e dormência.
A multibacilar aparece em dois outros tipos: a hanseníase virchowiana (em alusão ao patologista que a identificou, o alemão Rodolf Virchow), na qual as manchas são mal delimitadas, de colorido vermelho-vinhoso ou acastanhado, com nódulos e caroços; e a hanseníase diforma, muito semelhante à virchowiana e a tuberculóide.
Apenas a forma multibacilar pode ser transmitida, devido à produção de grande quantidade de bacilos de hansen no organismo, e o risco de transmissão cessa assim que iniciado o tratamento. A forma paucibacilar não permite a transmissão porque o organismo produz pequeno número de bacilos, devido à imunidade natural.
O importante é saber que hanseníase tem tratamento e cura. O risco de contágio é restrito e as deformidades são evitáveis se a doença for diagnosticada cedo.
Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/situacao_hansen_2007.pdf
A multibacilar aparece em dois outros tipos: a hanseníase virchowiana (em alusão ao patologista que a identificou, o alemão Rodolf Virchow), na qual as manchas são mal delimitadas, de colorido vermelho-vinhoso ou acastanhado, com nódulos e caroços; e a hanseníase diforma, muito semelhante à virchowiana e a tuberculóide.
Apenas a forma multibacilar pode ser transmitida, devido à produção de grande quantidade de bacilos de hansen no organismo, e o risco de transmissão cessa assim que iniciado o tratamento. A forma paucibacilar não permite a transmissão porque o organismo produz pequeno número de bacilos, devido à imunidade natural.
O importante é saber que hanseníase tem tratamento e cura. O risco de contágio é restrito e as deformidades são evitáveis se a doença for diagnosticada cedo.
Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/situacao_hansen_2007.pdf
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