Proposta é tombar 30 Km² do Encontro das Águas, abrangendo a Ilha do Xiborena, Terra Nova, os bairros do entorno, lago do Aleixo, restingas e matas.
Elaíze Farias
DA EQUIPE DE A CRÍTICA
Estudo prévio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) propõe o tombamento de uma área de 30Km² na região do Encontro da Águas, em Manaus. A delimitação abrange a Ilha de Xiborena e a comunidade Terra Nova, além dos bairros Mauazinho e Colônia Antonio Aleixo, Lago do Aleixo, restingas e matas próximas.
Elaíze Farias
DA EQUIPE DE A CRÍTICA
Estudo prévio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) propõe o tombamento de uma área de 30Km² na região do Encontro da Águas, em Manaus. A delimitação abrange a Ilha de Xiborena e a comunidade Terra Nova, além dos bairros Mauazinho e Colônia Antonio Aleixo, Lago do Aleixo, restingas e matas próximas.
O tombamento provisório do Encontro das Águas foi confirmado no mês passado pela presidência do Iphan, mas até aquela data ainda não havia sido definida a delimitação a ser protegida com a decisão.
O superintendente do Iphan, Juliano Valente, disse que o estudo será enviado à presidência e, provavelmente, já deve ser avaliado em setembro, durante reunião mensal do Conselho Consultivo do órgão. O tombamento, contudo , será provisório. O definitivo ainda não tem previsão para ser aprovado.
Com o tombamento, o fenômeno hidrológico do Encontro das Águias e toda a área em seu entorno, incluindo as comunidades, passarão a ser protegidas pela União. Desta forma, qualquer iniciativa de empreendimento no local será obrigada a requisitar autorização do Iphan. Atualmente, os empreendimentos para receber licenciamento ambiental recorrem apenas aos órgãos ambientais, como Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
No estudo que apontou a área a ser delimitada, a geógrafa contratada pelo Iphan conta que no “decorrer da pesquisa foi possível identificar os muitos sentimentos que envolvem o fenômeno encontro das águas”. A partir dessas concepções, destacam-se três grupos frente ao fenômeno Encontro das Águas: trabalhadores, representados pelos canoeiros, feirantes, carregadores, pescadores e taxistas; moradores de adjacência ao encontro das águas e turistas.
“No Xiborena e no Catalão, comunidades de Iranduba, o sentimento quanto ao pertencimento frente ao Encontro das Águas é maior, afinal porque, para eles, o Encontro das Águas começa exatamente onde moram. Eles se sentem parte do encontro justamente porque suas habitações flutuantes estão próximas ao fenômeno”, descreve a geógrafa.
Em entrevista ao jornal A Crítica, a geógrafa, que pediu para não ter nome publicado por questões de contrato, contou que tomou como referência de seu estudo não apenas a dimensão física do Encontro das Águas, mas a delimitação sociocultural. “Os moradores se enxergam como parte integrante do Encontro das Águas”, observou.
Ela destacou ainda, a complexidade de realizar um estudo sobre o fenômeno hidrológico devido a dinâmica do regime das águas. “Ora ele fica mais para o lado de Manaus, ora para a área da Terra Nova. Tudo depende do nível da cheia e da vazante dos rios”, afirmou
O superintendente do Iphan, Juliano Valente, disse que o estudo será enviado à presidência e, provavelmente, já deve ser avaliado em setembro, durante reunião mensal do Conselho Consultivo do órgão. O tombamento, contudo , será provisório. O definitivo ainda não tem previsão para ser aprovado.
Com o tombamento, o fenômeno hidrológico do Encontro das Águias e toda a área em seu entorno, incluindo as comunidades, passarão a ser protegidas pela União. Desta forma, qualquer iniciativa de empreendimento no local será obrigada a requisitar autorização do Iphan. Atualmente, os empreendimentos para receber licenciamento ambiental recorrem apenas aos órgãos ambientais, como Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
No estudo que apontou a área a ser delimitada, a geógrafa contratada pelo Iphan conta que no “decorrer da pesquisa foi possível identificar os muitos sentimentos que envolvem o fenômeno encontro das águas”. A partir dessas concepções, destacam-se três grupos frente ao fenômeno Encontro das Águas: trabalhadores, representados pelos canoeiros, feirantes, carregadores, pescadores e taxistas; moradores de adjacência ao encontro das águas e turistas.
“No Xiborena e no Catalão, comunidades de Iranduba, o sentimento quanto ao pertencimento frente ao Encontro das Águas é maior, afinal porque, para eles, o Encontro das Águas começa exatamente onde moram. Eles se sentem parte do encontro justamente porque suas habitações flutuantes estão próximas ao fenômeno”, descreve a geógrafa.
Em entrevista ao jornal A Crítica, a geógrafa, que pediu para não ter nome publicado por questões de contrato, contou que tomou como referência de seu estudo não apenas a dimensão física do Encontro das Águas, mas a delimitação sociocultural. “Os moradores se enxergam como parte integrante do Encontro das Águas”, observou.
Ela destacou ainda, a complexidade de realizar um estudo sobre o fenômeno hidrológico devido a dinâmica do regime das águas. “Ora ele fica mais para o lado de Manaus, ora para a área da Terra Nova. Tudo depende do nível da cheia e da vazante dos rios”, afirmou
Fonte: Jornal A Crítica ( quarta-feira) dia 01 de setembro de 2010.
3 comentários:
Já passei muito pelo encontro das águas, na ultima vez que fui só me lembro dos botos tão bonitos passando ao lado do barco em que eu estava, é deslumbrante e muito bonito. Mas o que me faz fazer este comentário é justamente à falta de respeito em que os lideres de nosso estado tem por nós cidadãos do mundo, cidadãos do porque esse maravilhoso encontro das águas não existe apenas para nós contemplarmos, mas para o mundo ver o quanto nosso estado é bonito, afinal estamos falando de uma atração turística mundialmente conhecida. Também, não esquecendo a importância da maravilha da natureza que produziu esse espetáculo de obra de arte. Mas, o que será do Amazonas se isso acabar, pode até parecer exagero, mas hoje é encontra das águas, amanhã é a Amazônia e quando menos percebermos será tarde. Querem criar um porto no encontro das águas, do qual esse interfira na natureza de uma forma drástica, como toda obra humana mal planejada, o mais perplexo que fico é o resultado da destruição e perturbação de criaturas cujo seu habitat é lá. Não quero no futuro dizer do encontro das águas para meus filhos o que meu irmão fala para mim dos igarapés que existiam pela cidade em que ele passava a tarde tomando banho, hoje já estão todos sujos de bostas, que é o que querem fazer com encontro da águas, sujar de bosta de obras. Espero que no futuro o encontro das águas não seja destruído e não se torne encontra das obras.
há uma incorreção na reportagem: o tombamento atual é provisório, o conselho do IPHAN em setembro vai decidir o definitivo
O papo é seguinte: por mais que julgemos o trabalho dos pesquisadores relevante não se deve creditar ao IPHAN a única competência para esta ação demarcatória. É necessário que o IPHAN/AM por meio de Ministério Público Federal convoque uma Audiência Pública para apresentar os termos do Relatório já que o superintendente todas as vezes que marcou com os comunitários fugiu da raia. Agora vem com este papinho dizendo que a comissão vai decidir em Brasília. Quem tem que decidir sobre o Tombamento do Encontro das Águas é o povo do Amazonas e, principalmente, os moradores do entorno desse magnífico fenômeno que nos embriaga de tamanha beleza e que para os amazonense não tem preço só tem valor.
Postar um comentário