
Mais recentemente, a partir de 2004, o País tenta, com enorme dificuldade, construir políticas públicas para os jovens. As conferências da juventude são o campo das primeiras manifestações mais coletivas pensando em um agir capaz de pressionar para a tomada de posição por parte dos poderes instituídos.
Muitas propostas foram feitas e hoje integram documentos importantes que transitam principalmente no âmbito dos governos. É importante que esses documentos se tornem de conhecimento público, o mais amplamente possível a fim de que os jovens, engajados ou não, na área rural ou urbana, saibam o que está sendo proposto para eles. E se posicionem.
Políticas públicas pra a juventude é tradução de desenvolvimento planejado, pensado estrategicamente. O segmento abrange um elenco de serviço público que, se contemplados, vão inserir os jovens e espalhar benefícios para a maioria da população porque vai se refletir numa nova postura dos direitos da pessoa e numa outra compreensão sobre o lugar onde se vive e se mora.
Por que pensar em propostas que incluam de fato a população jovem? Parece evidente o papel fundamental da juventude no destino de um país. Nela estão depositadas as maiores apostas, a esperança em nome do melhor para a humanidade. É a continuidade.
Quando se olhar os planos da maioria dos candidatos do Governo do Estado, aqueles registrados na Justiça Eleitora, o lugar da juventude é menor, quase inexistente, confirmando a pouca importância dessa população nas propostas pretendidas como um compromisso a ser honrado por quem for eleito.
Tais indicadores advertem para a necessidade de a sociedade civil organizada trabalhar para garantir aos jovens o espaço de participação na vida brasileira não como tutelados e sim sujeito da história. Esta é uma página que não pode mais continuar com espaços vazios. Deve ser escrita por inteiro em letras coloridas e fortes.
Fonte: Editorial de A Crítica, de 01 de setembro de 2010.
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