
Katlen Nascimento, nascida em Manaus mas bem criada em Carauari, um lugar distante da capital do Amazonas. Voltou há cinco anos e resolveu soltar a voz, afinadíssima como poucas. No pré show do João Bosco, Katlen mostrou estar à altura de qualquer bom profissional da música. Esse era um dia especial para a cantora pois havia recebido o título de melhor intérprete de 2010 no I Festival de Música em Manaus.
Katlen e João Bosco apresentam um mesmo perfil. Claro que o João tem muito mais experiência. Ele com uma carreira consolidada e ela iniciando com êxito e competência a sua vida artística. Os dois interpretam, compõem e em momento algum, no palco, esboçam qualquer tipo de rebolado. A cantora se porta como uma consagrada diva onde o que importa no momento de sua apresentação, é a sua voz e a poesia de sua canção.
O cantor tem uma banda que dá um show à parte mas quando solta a voz com o violão e pouco acompanhamento, sua musicalidade e o potencial vocal, destacam-se mais intensamente. Katlen cantou meia hora e João mais de uma hora. No final, os aplausos foram tantos e insistentes que os músicos e o João voltaram ao palco e sob o delírio da platéia cantou ainda Papel Marchê e outras três músicas de sucesso.
Durante o show torcia para que João Bosco cantasse “Corsário”, uma linda música que ouvi pela primeira vez na voz de Zezinho Corrêa e logo me apaixonei por ela. Inesperadamente saiu a canção na voz de seu intérprete mais famoso. Só isso já valeu a noite.

(*) É joranalistas e colaboradora do NCPAM/UFAM.
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