domingo, 12 de setembro de 2010

ENCONTRO DAS ÁGUAS: TOMBAMENTO SIM, MUTILAÇÃO NÃO!!!

Em Manaus, por força de Lei, o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN), Juliano Valente, procurado pela equipe de A Crítica, resolveu informar aos brasileiros sobre o processo de Tombamento do Encontro das Águas (Solimões com o Rio Negro). Na oportunidade foi dito que a proposta demarcatória encerra 30Km² da área desse bem público. A delimitação abrange a Ilha de Xiborena e a comunidade Terra Nova, além dos bairros Mauazinho e Colônia Antonio Aleixo, Lago do Aleixo, restingas e outros corpos.

No mesmo informe, o superintendente fala que os relatórios cincustanciados feito pelos especialistas serão enviados a Brasília para ser apreciado por uma Comissão de notáveis que deverão referendar ou não o Ato do Tombamento do nosso Encontro das Águas. No entanto, para o Movimento S.O.S Encontro das Águas, que tem sido o Agente principal dessa luta, as coisas não são como o superintendente do IPHAN pretende que sejam.

Visto que, o superintendente do IPHAN/AM pelo seu comportamento suspeito, não merece confiança e crédito do povo do Amazonas quanto à objetividade do Ato relativo à integridade do nosso Encontro das Águas. Por essa razão e por força de Lei exige-se que o IPHAN cumpra a Liminar da Justiça Federal e convoque, imediatamente, por meio do Ministério Público Federal uma Audiência Pública para apresentar aos Amazonenses a metodologia de trabalho juntamente com os critérios adotados, que justifique a redução da área do Encontro das Águas no formato de 30Km² conforme relato apresentado.

Para o Movimento S.O.S Encontro das Águas, que se reuniu no sábado (11), às 10h, nos altos da Livraria Valer, muito antes de Brasília é importante que se respeite a vontade do povo do Amazonas, que é o principal interessado neste processo de reconhecimento do Encontro das Águas como Patrimônio da cultura material e simbólica de nossa gente. Nessa perspectiva, os militantes do Movimento S.O.S farão gestão junto ao Ministério Público para barrar qualquer forma de "arranjo" que venha mutilar o nosso Encontro das Águas, acelerando ainda mais a morte desse corpo vivo que guarda e conserva em si as nossas representações identitárias tal como os Gregos em relação ao Olimpo, que além de ser morada dos deuses significa também a conectividade da racionalidade da cultura ocidental. Tombamento sim, mutilação não!!!!

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