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Por essa nem o bispo, no modo de dizer, esperava, sinceramente. Depois de um mês de morte do padre Rugério Ruvoletto, tudo que a polícia tem a dizer é que modificaram a cena do crime, “apesar dos nossos esforços; não conseguimos chegar a autoria do crime do padre Rugério”. Como é que é? Sim, somente agora é que a polícia desvendou o terceiro mistério de Fátima? Ora faça-me o favor, é hora de contar outra piada porque esta não teve graça nenhuma, gente.
Vejamos, fiel leitor, acompanhe o meu raciocínio. Se chegaram à casa paroquial e ela já esta toda modificada porque não colocaram a boca no trombone? Se a própria polícia diz que não há como fazer a perícia técnica, que não tem material, que todas são uns coitadinhos, e já estão fazendo um alarde que resultado final será diferente do verdadeiro, ora, ora, ora, é muita fanfarrice, “temculpaeu” (é assim, mesmo escrito tudo junto e ler de uma só vez).
E, como se não bastasse, sábado passado, entram na casa paroquial de Petrópolis, cacetam o pároco, roubam dinheiro das ofertas e pertences pessoais do padre. Tá qual será a desculpa desta vez para não encontrarem os ladrões e matadores dos padres? Qual será a conversa fiada para não acabar de vez com essa história de assaltar as Igrejas? Eu sei: impunidade.
É a palavra da vez. Se o padre morre, o outro é espancado, o convento roubado e a única providencia é mandar as congregações se trancafiarem em seus aposentos, pedir que as ofertas em boletos bancários (é de pirar, sinceramente!), contratar segurança particular, parece o conto de Machado de Assis, “O Alienista”, onde as pessoas ficavam trancadas e os loucos soltos nas ruas. Ou será que está pior, afinal, aqui onde vivemos, quem vence é o crime, sempre!
(*) É jornalista e cronista do Jornal A Crítica de Manaus.
Foto: O padre Ruvolleto e arcebispo de Manaus.
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