Celebra-se no dia 15 de outubro, o Dia do Professor no Brasil. O ato é oportuno para que os professores no exercício do magistério, mais uma vez, venha a dizer o quanto tem sido excluído do processo de valorização da qualidade do ensino no País. Os noticiários em rede nacional ainda mostram a imagem do professor como um eterno sacerdote, que se sacrifica fisicamente para promover o conhecimento e a aprendizagem enquanto os governantes afrontam o povo, transferindo recurso do orçamento da Educação para a construção de obras e aquisição de novos equipamentos, que eles julgam necessários para a prática pedagógica, em detrimento da qualidade de vida dos professores.
Faz vergonha de se ver a inauguração das Escolas Públicas sem bibliotecas e muito menos, sem acervo bibliográfico capaz de atender os conteúdos curriculares trabalhados. No Amazonas, o poder das empreiteiras é tão grande que chegam a construir Escolas com 40 salas de aulas, somente para drenar recurso público para o ralo da corrupção, beneficiando diretamente os mandatários em suas disputas eleitorais.
As salas de aulas, em sua maioria, têm mais de 50 alunos, obrigando o professor a trabalhar incansavelmente para dar atenção devida a cada um desses jovens ávidos de saber. Na cabeça dos burocratas do Estado, ensinar é transmitir, por isso, alguns desses formuladores de políticas públicas buscam investir muito mais em transmissão de rede de rádio e televisão, tentando descartar o professor, que segundo eles, “fazem greve e são criadores de caso”.
O abandono é geral. No entanto, é preciso recompor esse quadro, banindo da política esses oportunistas que transformaram a Educação num trampolim para o carreirismo político eleitoral. Essa mudança se faz com atitude e determinação das representações docentes, despartidarizando os sindicatos da categoria e participando dos movimentos sociais para sustentar uma unidade de luta social, contemplando em suas Agendas a participação efetiva na aplicação do orçamento público, que garanta definitivamente a aplicação dos recursos para o cumprimento dos objetivos propostos, visando à sustentabilidade do professor e dos demais servidores da escola conjugado com a qualidade do ensino na sua totalidade.
O NCPAM solidariza-se com todos os professores e professoras, recorrendo aos alunos e lideranças sociais para que organizados participem desse processo de construção coletiva, comprometendo-se com a nova escola fundamentada na cidadania plena e na Justiça Social.
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