sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O DEBATE REFLEXIVO PELA TVUFAM

Ao vivo pela NET Manaus, canal 7, vai ao ar todas as quartas-feiras às 19h, o programa Na Terra de Ajuricaba, que é um tributo ao guerreiro da tribo dos Manaós, que resistiu as forças coloniais portuguesas, organizando no século XVII uma das maiores rebeliões contra os colonizadores lusitanos na região do Rio Negro, a noroeste do Amazonas, até ser dedurado pelos padres carmelitas, sendo preso pelas tropas coloniais. Ajuricaba no Amazonas assim como Sepé Tiaraju no Rio Grande e outros líderes ameríndios são símbolos de resistência contra os aventureiros e arrivistas que pretendem tomar de assalto as terras e riquezas do povo brasileiro.

Na quarta-feira (28) o programa produzido pelo NCPAM, com apoio da Pro - Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) suscitou discussão e análise sobre o regime ditatorial no Brasil (1964/88) focando as lentes para o processo de militarização, que a ferro e fogo combateu o movimento social tanto no campo como na cidade, sacrificando centenas de lideranças sociais e políticas em nome da pátria oliva.

Os convidados do NCPAM foram (ver foto) – à esquerda o professor Moisés Nobre Leão e do outro lado, o criminalista Félix Valois, ambos militantes das lutas sociais contra o regime ditatorial. Na oportunidade, o professor Nobre Leão falou de sua prisão e da face de seus torturadores, que hoje exercem, em sua maioria, função nas Procuradorias de Estado, que opera o processo de anistia nos Estados. Nobre Leão é um dos anistiados brasileiros que participa diretamente das Caravanas da Anistia por todo o País, expondo sobre as práticas do regime e conscientizando os jovens para que nunca, jamais, esqueçam dos crimes acometidos pelo Estado brasileiro, que tem uma tamanha dívida com a Sociedade Nacional.

Valois, então militante do partido comunista brasileiro (PCB), além dos relatos das práticas políticas de resistência, falou também das torturas que sofriam porque, explica o interlocutor - a ditadura é o terror personificado na força do Estado, que nos proíbe de pensar e de exercer em sua plenitude a liberdade cidadã.

O Programa foi denso e tenso, tentando compreender a militarização das políticas públicas em diversas frentes – Educação e Cultura (censura e perseguição), Política Partidária (bipartidarismo), Economia (milagre brasileiro e a Zona Franca de Manaus) e o processo de ocupação da Amazônia (transamazônica e a colonização imposta).

Além das quartas ao vivo, Na Terra de Ajuricaba é reprisado na quinta às 17h, na sexta às 13h e no domingo às 22h. O próximo Programa, na quarta-feira (04), tem como pauta a discussão sobre a participação do Amazonas na Conferência Nacional de Comunicação, em discussão a participação da sociedade civil no embate contra o controle do Estado nos meios de comunicação social, visando à formulação de uma política pública nacional.

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