
Dessa feita, as Conferências Estaduais, em sua maioria, convocadas pelos governos se transformam em Chapa Branca, o que compromete sensivelmente o resultado da Conferência Nacional. No entendimento da Comissão Nacional Organizadora ao estender o aprazo até 22 de novembro para a realização das etapas estaduais, o calendário em vários estados poderão ser repensado.
Mas, segundo a Comissão, das 27 unidades da federação, seis ainda não confirmaram a data da conferência. Mato Grosso do Sul, Paraíba e Tocantins não fecharam nenhuma data. Veja só, em São Paulo e Rio Grande do Sul, há impasse entre o governo e os movimentos sociais em relação à mudança ou não do calendário. O governo paulista ainda não confirmou se acata o pedido dos movimentos sociais para alterar a data da conferência para os dias 21 e 22 de novembro, enquanto os gaúchos reivindicam que a data original (3 e 4 de novembro) seja mantida.
O estado com o quadro mais preocupante talvez seja Rondônia. A data, em tese é 12 e 13 de novembro, decidida pela comissão organizadora. Mas o Estado não publica a portaria e se nega a participar do processo da conferência até o momento.
Acre, Amapá, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco já confirmaram a data da realização das conferências locais.
A demanda de uma Conferência Nacional de Comunicação justifica-se a partir da análise de que a comunicação precisa estabelecer mecanismos democráticos de formulação, monitoramento e acompanhamento das políticas públicas para o setor. Em um quadro de ausência de um marco regulatório consistente, a construção das poucas políticas de comunicação existentes se dá, atualmente, sem a efetiva participação da sociedade.
No entanto, sob a tutela dos Governos Estaduais os representantes eleitos nas Conferências locais irão a Brasília como “pau mandado” para defender as propostas governamentais e continuarem mamando nas tetas do Estado. Mais uma vez a soberania dos movimentos sociais é golpeada por falta de organização e competência das lideranças sociais que cinicamente manipulam os interesses públicos em favor do pensamento único e do mandonismo dos governantes em conluio com as corporações privadas que controlam os meios de comunicação de massa no Brasil.
Assim, perdemos todos e ficamos mais pobres politicamente, principalmente, nessa hora quando avança na América Latina o poderio do Estado para amordaçar a imprensa livre e os movimentos sociais.
Confira o quadro e identifique os Estados onde os governos interferiram diretamente no processo de convocação, consultando a seguinte página:
http://www.direitoacomunicacao.org.br/content.php?option=com_content&task=view&id=5665
Confira o quadro e identifique os Estados onde os governos interferiram diretamente no processo de convocação, consultando a seguinte página:
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Fonte: http://proconferencia.org.br/
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