
Na província política dos sertões da Amazônia impera atualmente uma forma dominante do fazer política caracterizada não mais por conceitos ou posicionamento ideológico partidário, mas, por favoritismo, adulação e outros feitos, provocando a volúpia de um batráquio que sonha ser príncipe, centralizando na coroa todo poder de mando político e exploração predadora dos recursos naturais, recorrendo aos instrumentos da mídia para se fazer ver como o bondoso, o eficiente, o ecologicamente correto, o medianeiro entre o sagrado e o profano e, como nos velhos tempos medievais, faz-nos crer também que ele, messianicamente, é a solução de todos os problemas, que tudo começa com ele e a partir dele, matando simbolicamente os precursores da nossa história. Nessa perspectiva, esse batráquio palaciano além de afrontar a história do nosso povo tripudia contra a inteligência e o bom senso do mais simples cidadão da Amazônia.

SER CORNO É...
O folclore político do Amazonas, a partir de hoje, sábado (17), enriqueceu seu acervo anedotário, quando num certo momento em seu programa - “fala governador” -, em cadeia com mais de 70 emissoras de rádio do Estado, o governador Eduardo Braga (PMDB), depois de ter entrevistado a candidata lulista a presidência da república, Dilma Roussef, passou a responder os telefonemas dos ouvintes, ordenando aos seus servidores que buscassem solucionar os problemas levantados. Nessa hora, passou a ler um protesto de uma ouvinte que está com câncer e o hospital público agendou sua consulta daqui a quatro meses... aí o governador virou-se para o Dr. Tancredo e de pronto mandou que o problema fosse resolvido e, como se tivesse descoberto um dos desmandos do seu governo, saiu-se com essa peça de salão - pois é, corno é aquele que não vê. E assim todos riram e o anedotário político local ganhou uma nova tipologia no serviço público do Estado.

MARKETING: DA RAPOSA NO GALINHEIRO
No sábado passado, dia 10, o NCPAM alertava os Amazonenses para o desespero da empresa faz de conta, Lajes Logística S/A, que indevidamente, se apropriou do ícone do Teatro Amazonas para persuadir os lesos quanto à boa intenção da empresa em salvaguardar o patrimônio cultural do povo do Amazonas. De imediato, quando vimos o nome da empresa Lajes agregada ao nosso Teatro pensamos, imediatamente, que os arrivistas estavam pleiteando transformar o majestoso Teatro num supermercado... passado o susto, vimos que a intenção da mídia era justificar a privatização do Encontro das Águas e que possivelmente iria continuar atirando para todos os lados com intenção de convencer os desinformados. No entanto, voltaram atrás e nesse domingo (18)fizeram circular na imprensa de Manaus a sua mídia convencional, fazendo crer que a construção do Terminal Portuário das Lajes, nas imediações do nosso magnífico Encontro das Águas, é tão sustentável e segura quanto à designação da raposa para cuidar do galinheiro. Da mesma forma, quer demonstrar também – acredite se quiser -, que o projeto é tão transparente quanto às águas escuras do nosso rio Negro.
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