sábado, 17 de outubro de 2009

NA TERRA DE AJURICABA


Na província política dos sertões da Amazônia impera atualmente uma forma dominante do fazer política caracterizada não mais por conceitos ou posicionamento ideológico partidário, mas, por favoritismo, adulação e outros feitos, provocando a volúpia de um batráquio que sonha ser príncipe, centralizando na coroa todo poder de mando político e exploração predadora dos recursos naturais, recorrendo aos instrumentos da mídia para se fazer ver como o bondoso, o eficiente, o ecologicamente correto, o medianeiro entre o sagrado e o profano e, como nos velhos tempos medievais, faz-nos crer também que ele, messianicamente, é a solução de todos os problemas, que tudo começa com ele e a partir dele, matando simbolicamente os precursores da nossa história. Nessa perspectiva, esse batráquio palaciano além de afrontar a história do nosso povo tripudia contra a inteligência e o bom senso do mais simples cidadão da Amazônia.

SER CORNO É...
O folclore político do Amazonas, a partir de hoje, sábado (17), enriqueceu seu acervo anedotário, quando num certo momento em seu programa - “fala governador” -, em cadeia com mais de 70 emissoras de rádio do Estado, o governador Eduardo Braga (PMDB), depois de ter entrevistado a candidata lulista a presidência da república, Dilma Roussef, passou a responder os telefonemas dos ouvintes, ordenando aos seus servidores que buscassem solucionar os problemas levantados. Nessa hora, passou a ler um protesto de uma ouvinte que está com câncer e o hospital público agendou sua consulta daqui a quatro meses... aí o governador virou-se para o Dr. Tancredo e de pronto mandou que o problema fosse resolvido e, como se tivesse descoberto um dos desmandos do seu governo, saiu-se com essa peça de salão - pois é, corno é aquele que não vê. E assim todos riram e o anedotário político local ganhou uma nova tipologia no serviço público do Estado.

MARKETING: DA RAPOSA NO GALINHEIRO
No sábado passado, dia 10, o NCPAM alertava os Amazonenses para o desespero da empresa faz de conta, Lajes Logística S/A, que indevidamente, se apropriou do ícone do Teatro Amazonas para persuadir os lesos quanto à boa intenção da empresa em salvaguardar o patrimônio cultural do povo do Amazonas. De imediato, quando vimos o nome da empresa Lajes agregada ao nosso Teatro pensamos, imediatamente, que os arrivistas estavam pleiteando transformar o majestoso Teatro num supermercado... passado o susto, vimos que a intenção da mídia era justificar a privatização do Encontro das Águas e que possivelmente iria continuar atirando para todos os lados com intenção de convencer os desinformados. No entanto, voltaram atrás e nesse domingo (18)fizeram circular na imprensa de Manaus a sua mídia convencional, fazendo crer que a construção do Terminal Portuário das Lajes, nas imediações do nosso magnífico Encontro das Águas, é tão sustentável e segura quanto à designação da raposa para cuidar do galinheiro. Da mesma forma, quer demonstrar também – acredite se quiser -, que o projeto é tão transparente quanto às águas escuras do nosso rio Negro.

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